29/10/2024

VIAGEM ÀS TERRAS QUE INSPIRARAM EÇA DE QUEIROZ

O grupo viajante (faltam dois...)

No ano lectivo passado, um dos autores estudados na disciplina LUGAR ONDE – Temas de Literatura, História e Património foi Eça de Queiroz. Ficou combinado fazer uma viagem cultural em Outubro, dedicada àquele autor. O professor Joaquim Moedas Duarte idealizou o percurso, a partir da colaboração com a INALVA, empresa com quem a AUTITV tem excelente cooperação. O resultado foi a viagem à Rota Queiroziana, a partir dos romances A Cidade e as Serras e A Ilustre Casa de Ramires.


Santa Maria de Cárquere
Igreja de Santa Maria de Cárquere          










        Figura I Panteão dos Resendes

Fresta românica em 
St.ª Mª de Cárquere

Dia 25, de manhã, visitámos o espaço onde existiu o Mosteiro de Santa Maria de Cárquere, no concelho de Resende, de que resta a igreja e o panteão dos Resendes. É um lugar referenciado no romance A Ilustre Casa de Ramires, com a designação literária de Craquede. A descrição que lemos no romance não é um guia turístico do que visitámos, é antes uma recriação a partir do que resta do primitivo cenóbio, fundado na transição do século XII para o XIII. Cárquere, classificado como Monumento Nacional, faz parte da Rota do Românico, um conjunto de 58 monumentos situados nas duas margens do baixo Douro, que podemos estudar e visitar virtualmente através do respectivo site. Com o passar dos séculos, outros estilos se foram sobrepondo, nomeadamente o gótico / manuelino, cujos vestígios observámos. Da época medieval é o panteão dos Resendes, com os seus vetustos túmulos góticos e as imagens da Virgem de Cárquere e da Virgem do Leite. O professor José Augusto, da Rota do Românico, foi o excelente guia desta visita, dispondo-se, de seguida, a orientar-nos no trajecto para a Casa do Lavrador, onde íamos almoçar, já muito perto do local a visitar da parte da tarde.

O almoço decorreu num espaço etnograficamente preparado como reconstituição de uma antiga casa rural, com seus comeres próprios, servidos por moças trajando à moda das antigas camponesas. Como prato principal, o arroz de forno com frango assado e batatas assadas.




Na Casa do Lavrador

Belo almoço! – após o qual fomos até à Casa de Tormes, sede da Fundação Eça de Queiroz, “instituição de utilidade pública administrativa, sem fins lucrativos, que tem como cais de partida a divulgação e promoção nacional e internacional da obra do maior nome do romance português” (site da Fundação). A Casa foi herança da mulher do escritor, D. Emília de Castro Pamplona, mas a família nunca chegou a viver nela, apenas alguns dos seus descendentes. Eça visitou-a quando era apenas um casarão ocupado como celeiro pelos rendeiros e sonhou, talvez, com a sua recuperação. Não conseguiu concretizar o sonho, mas inspirou-se na casa e naquele espaço de grande beleza natural para escrever o seu romance A Cidade e as Serras, no qual os descreveu como contraste com o luxo monótono e entediante do palacete parisiense do protagonista, Jacinto.

Casa de Tormes

Fundação Eça de Queiroz - Casa de Tormes

A guia Sandra levou-nos a visitar a Casa, onde se guarda grande parte do espólio do escritor. Um espaço de grande evocação de Eça de Queiroz, cujos restos mortais repousam no cemitério de Santa Cruz do Douro, ali bem perto, onde aguardam trasladação para o Panteão Nacional.

No final da tarde, rumámos a Vila Real. Jantar e dormição no Hotel Mira Corgo.

O dia 26 foi destinado a visitar Lamego. Eça de Queiroz não nomeia esta cidade, mas situa nela algumas das cenas de A Ilustre Casa de Ramires. Estudiosos da obra identificaram diversos locais, que são referidos com outros nomes. De manhã visitámos o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e as Caves Raposeira, lugares de degustação espiritual e corporal. Em reforço desta, seguiu-se o almoço, num restaurante mesmo em frente da Sé de Lamego. De tarde, cada um passeou por onde quis e comprou o que apeteceu. A meio da tarde, iniciámos a viagem de regresso.

Vem a propósito uma referência elogiosa ao motorista Quaresma. Na véspera enfrentara com eficácia profissional as curvas das apertadas estradas da serra de Montemuro, caminho de Cárquere. Os trezentos quilómetros de auto estrada no regresso foram mais repousantes. Para ele o nosso grato reconhecimento.

Não foi um mero passeio, esta viagem. Foi uma visita cultural e de fraterno convívio. E outras ficaram combinadas para o futuro.

Joaquim Moedas Duarte

28/10/2024

Palestra: Psicossociologia da Música


No dia 24 de Outubro veio à AUTITV o Dr Luís Cara d´Anjo que foi orador da primeira Palestra a que deu o nome de “A Humanidade das Artes”

Neste dia falou sobre a MUSICA

Começou por nos provar como o ouvir musica desperta os sentidos e as emoções

Divulgou e analisou os vários benefícios através de terapias que estão comprovadas nos vários campos desde o psico-fisiológico, a neuro-plasticidade, a musicoterapia e outros

O tema foi bem entendido e interessante dado que foram levantadas vários questões que ainda estão pouco divulgadas.

Helena Pina

22/10/2024

Visita à "Fábrica de Porcelana da Vista Alegre"

Pelas 08.15 horas do dia 18 de Outubro de 2024, um grupo de 40 associados (alunos e professores) desta Universidade - AUTITV, em autocarro, saíram de Torres Vedras em direção a Ílhavo, para aí visitarem a “Fábrica de Porcelana da Vista Alegre”.*


*Localizada no centro de Portugal continental, em Ílhavo - Aveiro, a "Fábrica de Porcelana da Vista Alegre" é uma renomada fábrica portuguesa de porcelana, com uma história rica e, atualmente, comemora o seu 200º aniversário. Foi a primeira unidade industrial dedicada à produção de porcelana em Portugal, fundada em 1824 por José Ferreira Pinto Basto (figura de destaque na sociedade portuguesa do século XIX), tendo-se tornado "o primeiro exemplo de livre iniciativa em Portugal. José Ferreira Pinto Basto, entre 1812 e 1816, adquiriu a (i) "Quinta da Ermida" (perto de Ílhavo e à beira da Ria de Aveiro) e (ii) a "Capela da Vista Alegre" e terrenos envolventes, tendo aí instalado a "Fábrica da Vista Alegre", que se destinava à fabricação de louça, porcelana, vidraria e processos químicos (petição feita ao Rei D. João II, em 1824). Cinco anos após a sua fundação, como reconhecimento pela sua arte e sucesso industrial, recebeu o título de "Real Fábrica", o que intensificou o seu trabalho de aperfeiçoamento com as porcelanas e, também, passou a fazer peças para a Monarquia. A partir de 1924, houve um grande crescimento e renovação na área industrial com uma forte revitalização a nível criativo. Acompanhando as mudanças sociais e estéticas do início do século, foram introduzidos estilos modernistas como a "Art Deco" ou o "Funcionalismo". A "Fábrica..." tornou-se mais eficaz na sua capacidade de resposta face ao aumento do consumo e globalização dos mercados. A manutenção de uma área de manufactura altamente especializada permitiu à "Fábrica..." ocupar um lugar de primazia entre as grandes manufacturas europeias. Foi instaurada a tradição de peças únicas (como o serviço produzido para a Rainha Isabel II de Inglaterra) e as séries limitadas e numeradas, chamada de "séries especiais e peças comemorativas" (1983). Em Maio de 2001 dá-se a fusão do "Grupo Vista Alegre" com o "Grupo Atlantis".

A visita à “Fábrica da Vista Alegre” foi guiada por um elemento (Naty) da direção da universidade Sénior da Gafanha da Nazaré, que nos levou a conhecer a fábrica e o seu percurso histórico
. Iniciamos com a visita à Capela da Vista Alegre - "Capela de Nossa Senhora de Penha de França". Esta, foi construída no século XVII a pedido do Bispo D. Manuel de Moura Manuel, cujo túmulo barroco (da autoria do escultor francês Claude Laprade) se encontra dentro da capela. No nicho da fachada da capela encontra-se uma escultura da padroeira da "Vista Alegre"- Nossa Senhora da Penha de França-. No interior da capela, destacam-se os tetos pintados (um intenso conjunto de frescos com iconografia* mariana), os azulejos figurativos, a azul e branco, dos finais do século XVII, o retábulo em mármore e talha dourada, bem como o imponente túmulo episcopal (renascentista) de D. Manuel Moura Manuel.

Em seguida, a visita centrou-se na parte museológica da fábrica.

O Museu, inaugurado em 1944, expõe ao público as peças representativas do longo e rico caminho percorrido, dando a conhecer a história da fábrica, a evolução estética da produção da porcelana e a sua importância na sociedade portuguesa - nos séculos XIX e XX - através do seu espólio que conta com mais de 30 000 peças.

No grande átrio do museu, deparámo-nos com um dos enormes e antigos fornos de cozedura de porcelana, onde entrámos e podemos observar toda a sua grandiosidade e a forma como as peças de porcelana eram colocadas para serem cozidas. Em frente a este forno, podemos admirar a primeira peça comemorativa -um magnífico prato - do 200º aniversário da fábrica (1824-2024). Seguimos pelas várias salas do museu observando peças que retratam todo o percurso desta unidade industrial desde os seus primórdios - da fabricação de peças em vidro ( com relevo e ornatos lapidados e gravados) e louças de pó de pedra, à descoberta da fórmula para a fabricação de peças de “porcelana perfeita”(1830) - até aos dias de hoje. Expostas estão, também, várias peças de colaboradores artistas (nacionais e estrangeiros) desta fábrica, tais como: Raul Lino, Júlio Pomar, Armanda Passos, Joana Vasconcelos, Claudia Schiffer, Manuel Cargaleiro, Álvaro Siza Vieira, entre outros Não faltou, também, a visita à sala da pintura (onde vários profissionais, altamente especializados, executavam a sua arte com mestria) e às três lojas de venda ao público.

Após o almoço no “Restaurante Abílio Marques”, na localidade de Aradas - Aveiro, fomos visitar (a convite da Naty- membro da direção da USG), a Universidade Sénior de Gafanha da Nazaré, localizada numa antiga “Colónia Agrícola” do tempo do Estado Novo. Neste espaço, fomos recebidos pela Tuna da USG, que nos agraciou com duas canções do seu reportório. A visita continuou com uma breve passagem pelo centro de Aveiro -a Veneza portuguesa-, (onde apreciámos a Ria com os seus moliceiros transportando turistas), e com uma paragem breve na Costa Nova, para fotografar os icónicos palheiros e comprar os tradicionais doces “ovos moles de Aveiro”.


O regresso a Torres Vedras deu-se pelas 17.30 horas, com chegada às 20.00 horas.

Os responsáveis por esta visita, professores da AUTITV:
António Lourenço - professor de Fotografia
Conceição Anes - professora de Cerâmica                                            

21/10/2024

Torneio de abertura Walking Football 2024-2025


No dia 18 de outubro, o Estádio Municipal de Almeirim foi palco do Torneio de Abertura da época 2024/2025 de Walking Football.
O torneio foi organizado pela RUTIS – Rede de Universidades Seniores e Associação Walking Football Portugal e contou com a participação de 15 equipas provenientes de várias regiões do país. Torres Vedras esteve presente.

18/10/2024

Reunião Magna da RUTIS em Almeirim


No dia 16 de Outubro a AUTITV esteve presente, em Almeirim, na reunião Magna das Universidades e Academias Seniores.





08/10/2024

Receção aos Novos Alunos 2024/2025


No dia 7 de Outubro a AUTITV deu as boas vindas aos 41 novos alunos que este ano letivo 2024/2025 se inscreveram para frequentar a Universidade Sénior. Participaram nesta tarde de convívio, além dos novos alunos, Direção, professores, sócios e alunos.

No final, um "porto de honra" possibilitou uma maior aproximação entre todos.

No dia seguinte, dia 8 de outubro, tiveram início as aulas do ano letivo 2024/2025.

06/10/2024

Reunião de Professores

Realizou-se, no dia 4 de outubro, a reunião de professores para preparação do ano letivo 2024/2025 e outros assuntos de interesse para a Associação.

Estiveram presentes na reunião 33 professores.