30/05/2022

Caminhada na Natureza

No passado dia 27 de Maio a disciplina de Ginástica Terapêutica orientada pela Professora Tânia Andrade Santos, e no âmbito do término das actividades do presente ano lectivo, conjuntamente com o Professor Jorge da disciplina de Ginástica de Manutenção, realizou uma caminhada na natureza, tendo sido o encontro na nossa universidade e depois deslocamo-nos até ao parque verde da várzea onde realizamos uma aula de aquecimento antes da caminhada e no final desta uma aula de alongamentos.




Seguido da caminhada, realizou-se o almoço convívio no restaurante Páteo do Faustino.

Agradecemos a todos os que tiveram presentes na caminhada e no almoço convívio.

Bem Hajam e até ao próximo ano lectivo!!! Boas Férias!!!

Tânia Andrade Santos
Prof. Ginástica Terapêutica

25/05/2022

Visita à Igreja Matriz da Freiria - 23.05.2022

No âmbito da disciplina de Historia Local e com a coordenação da Professora Rita Sarreira, realizou-se, no dia 23 de Maio, uma visita de estudo à Igreja Matriz da Freiria, dedicada a São Lucas e classificada monumento de interesse publico.

Fundada nos finais do seculo XV, apresenta vestígios arquitetónicos da época Manuelina. Após ter sofrido grande destruição com o terramoto de 1755, foi reconstruída, até que em 1890 sofreu um vasto incendio tendo restado a capela-mor, as capelas laterais e ficado as paredes em pé sem teto.
Nessa altura reuniram-se esforços para a sua reconstrução tendo recebido várias ofertas, não só de particulares como de outras Instituições como: um campanário da Igreja de Santa Engrácia de Lisboa, o retábulo da Capela-Mor de talha dourada seiscentista, proveniente do Convento de S. Bento de Coimbra, os retábulos dos altares laterais, imagens, quadros a óleo, órgão do coro, guarda-vento e relógio da sacristia foram recebidos do extinto Convento de Santo Alberto em Lisboa e a imagem de S. Lucas foi mandada fazer em Coimbra.
Do lado esquerdo da nave central da Igreja, junto à porta da Sacristia, encontra-se a Pia Batismal Manuelina, que inicialmente se encontrava na entrada da Igreja.
Entrando na Sacristia encontramos um arcaz do século XVII com imagens de Santos, sendo dois deles Santos Relicários e que se encontram em destaque, um lavabo manuelino e um armário, tipo contador também do século XVII estando embutido na parede.
Ainda na parede da nave colateral do lado esquerdo encontram-se quatro tábuas pintadas, datadas do século XVII sendo uma delas, a que está no meio, uma tabua que representa Cristo deposto da Cruz, datada de cerca de 1530 e atribuída à oficina de Cristóvão de Figueiredo (séc. XVI). Na nave colateral direita existem duas telas da primeira metade do seculo XVII, de temática mariana.
Nos finais do seculo XX o Pároco João que esteve ao serviço desta Igreja de 1983 a 2012, mandou fazer vitrais que foram colocados nas janelas da Igreja.
A Igreja de S. Lucas da Freiria alia à simplicidade arquitetónica do exterior, um interior rico em obras de arte.


Helena Pina

24/05/2022

Forte de Santo António da Barra

 No dia 21 de maio, a professora Rita Sarreira organizou uma visita de estudo, no âmbito da disciplina "História de Portugal", ao Forte de Santo António da Barra, em Cascais.

Foi Filipe I de Portugal, que em finais de 1589, incumbiu o engenheiro militar italiano Vicenzo Casale a elaborar uma planta de uma fortaleza entre S. Julião da Barra e Cascais, para melhorar o sistema defensivo da barra de Lisboa.

Tinha sido por esta zona que se concretizou a campanha do Duque de Alba para tomar a capital e trono português.

Filipe I pretendia, assim, evitar o acesso a Lisboa pelo rio e eventuais desembarques na linha da costa de corsários ingleses e holandeses. 

A fortificação marítima apresenta uma planta poligonal irregular estrelada, com dois baluartes exteriores ligados por revelins em "V" rasgados por canhoeiras e guaritas cilíndricas com cúpulas nos vértices. 

Pelo lado do mar foi erigida uma construção amuralhada de planta retangular. O forte era envolvido por um fosso exterior com contra-escarpa e estrada coberta. No interior, dois edifícios oblongos separados por um pátio coberto estreito, serviam de quarteis aos soldados, armazéns e outras dependências necessárias à vida no interior. Entre os dois edifícios encontra-se uma pequena Capela dedicada a Santo António, que atualmente não se pode visitar, apenas ver de cima. 

Após a restauração da independência em 1640, a coroa portuguesa iniciou uma ampla reforma das fortificações terrestres e marítimas existentes ao longo da consta atlântica sob a direção de D. António de Meneses, Conde de Cantanhede. Este forte sofreu obras de remodelação e ampliação que alteraram o seu projeto inicial.

Com o terramoto de 1755, ficou altamente danificado e foi objeto de obras de recuperação em 1762/63 no contexto da participação de Portugal na guerra dos sete anos.

Apesar da sua importância, vai perdendo a sua função estratégica. Os efetivos militares foram diminuindo assim como a sua capacidade de fogo, sendo abandonado, degradou-se rapidamente. 

Em finais do século XIX já sem qualquer função foi instalado um posto da Guarda Fiscal.

A partir de 1915, as suas instalações passaram a ser utilizadas como campo de férias do Instituto Feminino de Educação e Trabalho de Odivelas, até 2015.

Em meados do século XX foram executadas obras de remodelação e adaptação para residência de férias do Presidente do Conselho de Ministros Dr. António de Oliveira Salazar.

Os espaços interiores ostentam um importante conjunto de património integrado no período do Estado Novo. Azulejos azuis e brancos ou de padrão policromo dispostos em silhares ou painéis representando monumentos nacionais e momentos heróicos da História de Portugal, que tivemos oportunidade de apreciar e fotografar.

Os aposentos privados do Dr. Oliveira Salazar situavam-se no andar de cima. Também tivemos ocasião para os visitar, em particular o seu escritório onde teria ocorrido, neste ou em outro local, a célebre queda da cadeira entre 1 e 4 de agosto de 1968. Esta situação condicionou a sua saúde física e intelectual e provocou a sua morte dois anos depois.

Embora sem mobiliário, podemos ter uma perspetiva de como seria à época, através de um painel ao fundo da sala representando o seu escritório. 

Em 2018 o forte foi entregue à Câmara Municipal de Cascais, pelo Ministério da Defesa, depois de um período de total abandono, degradação e vandalização, que procedeu à sua total recuperação e a 25 de abril desse mesmo ano foi inaugurado. Aberto ao público aos fins de semana e feriados gratuitamente merece uma visita por todos os que se interessam pela nossa história.

Tivemos a oportunidade de dar uma volta ao forte, observar e entrar nas guaritas, sempre com uma vista deslumbrante para o mar. 

Esta fortaleza foi classificada como Monumento de Interesse Público pelo Dec. Lei 129/77 de 29 de setembro.

Para finalizar a nossa visita a Cascais demos um passeio pelo centro histórico da vila, animado com inúmeros turistas e uma feirinha de artesanato.

Regressamos bem dispostos, mais ricos em conhecimentos com esta visita que a professora Rita nos proporcionou e uma tarde de alegre convívio, a primeira pós pandemia.

Maria Margarida Raposo

13/05/2022

Palestra sobre João de Barros

Realizou-se no dia 12 de Maio de 2022 uma palestra sobre João de Barros proferida pelo professor Moedas Duarte. 

Muitos de nós pouco sabíamos sobre João de Barros.

Ficamos a conhece-lo como poeta e pedagogo que amava Santa Cruz, onde existe um monumento que foi inaugurado a 10 de Março de 1971. João de Barros nasceu em 1881 na Figueira da Foz e faleceu em 25 de Outubro de 1960 em Lisboa.

Amava Santa Cruz e por isso gostava de lá passar as suas férias, gostava de poesia e foi lido um poema por Manuel Ferreira "Uma Gaivota éxul".

João de Barros foi estudante em Coimbra de 1898 a 1904, onde tirou o curso de Direito, durante o qual teve uma intensa atividade intelectual.

Como pedagogo foi um ótimo professor com muito afeto e amor pelas crianças.

Entre os presentes houve duas pessoas que conheceram João de Barros e deram o seu testemunho pessoal de como contataram com ele.


Foi uma bela palestra que a todos nos enriqueceu e agradecemos ao professor Moedas Duarte pela partilha que nos deu a conhecer um homem cujo monumento em Santa Cruz vai perpetuar para sempre a sua passagem por aquela praia.

Maria Cândida Morais     

12/05/2022

Comemoração do XIX Aniversário_Agenda Cultural



Comemoração do XIX Aniversário_Convite



 

Comemoração do XIX Aniversário_6 de Junho - Abertura da exposição e Bolo de Aniversário

 




Comemoração do XIX Aniversário_6 de Junho - Missa

 


Traje do Coro

Indumentária a usar pelos coralistas na festa do dia 6 de Junho.

Senhoras:
Calça preta e blusa branca. Écharpe amarela e sapatos pretos.

Homens:
Fato preto, camisa branca e gravata amarela.

Comemoração do XIX Aniversário_7 a 15 de Junho - Exposição de Artes

 


Comemoração do XIX Aniversário_7 de Junho




Traje do Tuna

Indumentária a usar pela Tuna no dia 7 de Junho.

Senhoras:
Saia preta, blusa branca e sapatos pretos.

Homens:
Calça preta, camisa branca e gravata preta.
 

Comemoração do XIX Aniversário_8 de Junho


CAROS COLEGAS

Como o nome indica, a tertúlia é, na sua essência, uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se reúnem de forma mais ou menos regular, para discutir vários temas e assuntos, especialmente os literários. e neste caso Poemas e Cantigas.

Deste modo, convida-se todos os que têm prazer em e de improviso, preencher o tempo destinado a tal evento. Sendo que, não há entradas pré programadas na actuação, nem pode exceder uma única intervenção.

Bem hajam!
A Presidente

Comemoração do XIX Aniversário_9 de Junho

 


Comemoração do XIX Aniversário_13 de Junho

 




Comemoração do XIX Aniversário_14 de Junho

 


Comemoração do XIX Aniversário_15 de Junho


 

03/05/2022

ECOS de PESSOA s s s s s s s

Na passada quinta-feira, dia 28 de Abril de 2022, às 15 horas, a Professora Odete Bento, conseguiu um feito muito especial. Organizou um encontro na Brasileira, no Chiado, ,entre Fernando Pessoa, Bernardo Soares, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Descemos o eterno Chiado que existe na nossa memória colectiva, quanto mais não seja.
Fernando Pessoa desce o Chiado, do seu tempo e encontra Bernardo Soares, a sua sombra. Nesse encontro somos remetidos para a beleza de Lisboa que ninguém consegue conhecer a menos que a luz de Lisboa se tenha alguma vez inscrito na sua alma. Existe a saudade, o fado e a solidão. Coisas da alma a que Lisboa empresta a sua luz.
A alma tem, de facto, coisas que não se conhecem mas que se sentem e recordam. Bernardo Soares encanta-nos com o seu Desassossego, onde se sonha e nem sempre, se consegue mais do que isso. Soares apresenta-nos o poeta. A música, o fado, a luz, a saudade parecem-nos tangíveis mas depois não o são. Talvez resida aqui a beleza da alma – sentir e não chegar a lado nenhum.
Já na Brasileira, Pessoa desmultiplica-se nos seus heterónimos.
À volta da mesa de café, Alberto Caeiro, invoca a música da alma que é acompanhada pelo vento. O vento só passa da mesma forma e no mesmo lugar, uma vez. Bernardo Soares interpela Alberto Caeiro referindo-se à sua qualidade de “guardador de rebanhos”, sendo o vento que passa, que passou e vai passar oura vez. Esse vento intangível que traz memória e saudade do que nunca foi.
Álvaro de Campos, na sua Ode Marítima refere a música que o embala na viagem e que lhe permite recordar a infância de forma saudosa, onde não se volta, como o vento que passa só uma vez. A infância é um “boneco partido” onde só se volta viajando na memória, enquanto existe memória.
Ricardo Reis responde a Alberto Caeiro, fazendo uso da noção do tempo. O tempo passa e também este, só passa uma vez. Assim, há que aproveitar o momento da sua passagem. Carpe Diem projecta-nos para a vivência do momento presente: o aqui e o agora. Na sua Ode Horaciana diz que o “pouco que nos dado” só se pode viver no momento que é fugaz e constituído por tempo e vento que passam só uma vez.
Bernardo Soares centra-se no acto de escrever, como forma de esquecer. Segundo ele, a literatura permite que ignoremos a vida. O romance, o drama, a história, o poema são formas de simular a vida, de expressar ideias ou sentimentos numa linguagem que ninguém emprega.
Referindo-se aos múltiplos “eus” que vivem em si, Fernando Pessoa afirma que escrever é , de facto forma de esquecer mas que recordar é viver.
Uma Senhora que se encontrava no Público entregou uma carta de admiração a Fernando Pessoa, na qual afirmava que ele afinal não era louco. É muito fácil apelidarmos de “loucos” aqueles que não entendemos, em cujos “mocassins” nunca andamos. A carta expressa o orgulho em Fernando Pessoa que anda pelo mundo, português
Pessoa agradece a carta que lhe foi entregue e afirmou que “o poeta é um fingidor”.
Fernando Pessoa é também interpelado relativamente às suas cartas dirigidas a Ofélia. A questão fá-lo sentir-se envergonhado e diz que todas as cartas de amor são ridículas mas mais ridículas ainda, são as pessoas que nunca as escreveram. Segundo Pessoa, o amor escrito, faz surgir o ridículo nos seres humanos mas isso também é um sentimento delicioso.
Já perto do fim do encontro na Brasileira, Pessoa fala uma vez mais da infância que recorda. O sino da sua aldeia faz com que o passado se esvaneça e surja a saudade desse mesmo passado.
Mais uma vez, Ricardo Reis intervém para dizer que o “destino” é cumprido e desejado, por cada um de forma singular e única, dadas as circunstâncias da vida de cada um. Nem sempre o que se deseja se cumpre, nem o que se cumpre, se deseja. Enfim!

Caeiro põe fim ao encontro afirmando que “pensar incomoda”. Ser poeta não é sua ambição, mas apenas a forma de estar sozinho. Talvez o seu destino…

Foi um momento - de destino, saudade, rio Tejo, Chiado, Brasileira, iluminado pela luz e cheiro de Lisboa, onde a condição humana esteve muito presente.
O mais surpreendente foi que tudo isto aconteceu numa sala de trabalho da AUTITV, em Torres Vedras.
Todos fomos unânimes que nada disto teria acontecido se não fosse o extraordinário emprenho e orientação da Dra. Odete Bento, com quem é um prazer imenso aprender.
Usufruímos, no final, das amáveis palavras de reconhecimento e apreciação da Dra. Dulce Geraldes, na qualidade de Presidente da Direcção da AUTITV.


Assim terminou o início da tarde do dia 28 de Abril de 2022, na AUTITV, em Torres Vedras.
Orientação: Professora ODETE BENTO

Participantes: Por ordem na qual intervieram

Fernando Pessoa – MANUEL RATO

Bernardo Soares – RUI BARATA

Alberto Caeiro – MANUELA BRAGA

Álvaro de Campos – TERESA SARZEDAS

Ricardo Reis – PAULA PAGE

Trovador – MANUEL TEIXEIRA

Senhora do Público – MARIA GRACINDA BARATA

Paula Page