30/03/2009

Florença

Florença desenvolveu uma actividade comercial intensa nos secúlos XIV e XV, tendo surgido uma pleiade de mercadores e banqueiros que se interessaram vivamente pela Cultura. Pode pois dizer-se que Florença foi o novo berço da cultura Italiana e Europeia.
Passear pelas suas ruas é um prazer tão intenso que se chega a ter a sensação que os nossos sentidos são insuficientes para absorver tanta beleza!
Depois há um número enorme de Galerias e Museus, temos que seleccionar, o que é uma dor de alma...
Neste conjunto de fotos que aqui publico( slideshow) pode ver-se o Duomo(Catedral)a Cúpula de Brunelleshi e o Campanil de Gioto ,o Baptistério, com a sua porta do Paraíso, a piazza de la Segnoria.
Florença é atravessada pelo rio Arno e tem um grande numero de belas pontes de que se destaca a Ponte Vecchia.
A Galeria degli Ufizzi encerra um verdadeiro tesouro artístico! Aí podemos ver, entre outros, as salas de Boticelli, que nos deixam impressionadas!
Enfim passear em Florença é um privilégio que eu espero renovar para o ano com os meus colegas e professor de História de Arte!
Alcinda Sá Leal

Florença

PORTUGAL NO MUNDO... pelo nosso amigo Joaquim Cosme

foto de Colónia do Sacramento, fundada pelos Portugueses

Ahora vamos hablar de recuerdos de un viaje.
Perdão, que me desculpem, mas quando se está um mês num país onde não se fala a nossa língua temos, como costumamos cá dizer, de nos “desenrascar”. Foi o que eu fiz e depois dá estes resultados, misturar a nossa língua com a espanhola. Mas vamos ao que importa.
Fiz uma viagem ao Uruguai em Janeiro/Fevereiro. Foi principalmente em Montevideu onde mais me detive. Apesar da distância que nos separa havia sempre um ou outro motivo que me fazia recordar Portugal. Logo no primeiro dia vi um vendedor ambulante que vestia a camisola da nossa selecção. A cena repetiu-se dias depois mas desta vez era uma menina de 12, 13 anos que vestia a camisola das quinas.
Na praia, onde fui várias vezes, pois lá vivia-se em pleno verão, jogavam um jogo de atirar malhas a que davam o nome de Tejo.
Visitei vários museus. No do Azulejo, logo à entrada havia uma vitrina com azulejos de Lisboa. No museu Naval estavam expostos restos de um navio português. No estádio onde se disputou pela primeira vez um campeonato mundial de futebol (1930), está instalado o museu de Futebol e aqui o que me fez recordar Portugal foi algo de negativo. Havia um escaparate com apitos dourados. Estão a perceber a relação com Portugal?
Na catedral de Montevideu havia um altar dedicado a Santo António. Uma tabuleta dizia que era de Pádua, mas eu conheço-o bem e sei que era o de Lisboa.
Mas, surpresa das surpresas, numa das praças de Montevideu, na Praça de Portugal, deparei com a estátua de Camões. Que me perdoem os Deuses mas aqui quase me apetecia ajoelhar.
Visitei Colónia do Sacramento, cidade fundada pelos portugueses e hoje considerada pela UNESCO património da humanidade. Na porta da cidade ainda lá estão as armas portuguesas. Dos cinco museus existentes, todos com alusões a Portugal, um tem o nome de “museu português” instalado numa antiga casa portuguesa recentemente restaurada pela Fundação Gulbenkian. À porta tem a bandeira de Portugal e um busto de Camões. No interior li numa placa alusiva ao governador António Pedro de Vasconcelos “escudo usado por este governador se debio a su talento como militar y politico como também por su trato hunanitário com oficiais, soldados, esclavos, índios y negros” Quando se está longe de Portugal são reconfortantes estas referências aos nossos antepassados.
O arruamento que fica em frente da Basílica do Santíssimo Sacramento tem o nome de rua de Portugal e as imagens colocadas nos altares são, segundo se lê “talha em madeira portuguesa”. Por todo o lado encontrei alusões a Portugal.
Também andei por terras de Argentina. Até dei um pezinho de tango. Relatarei noutra oportunidade.

Joaquim Cosme
Março/2009