20/03/2015

Visita à Quinta das Lapas e Igreja de Monte Redondo

Alameda da entrada da quinta
Quinta das Lapas, surpreendente!
  
Igreja do Monte Redondo e Quinta das Lapas foram centros de visita, na tarde de hoje, pelos alunos da AUTITV, sob a orientação da Prof.ª Rita Sarreira, docente das disciplinas de História Local e de Portugal, na Universidade Sénior de Torres Vedras.
Cada momento leva-nos a conhecer o que a história nos deixa ver e foi o que aconteceu nesta aula-externa que decorreu na igreja do Divino Espírito Santo (Monte Redondo) – “Templo de uma só nave, coberto por um tecto de madeira em caixotões, decorado por pinturas do séc.XVIII: elementos ornamentais e anjos”, refere a Prof.ª Rita Sarreira, acrescentando que “na nave corre um silhar de azulejos setecentistas de tipo albarradas; a pia baptismal deve remontar ao período renascentista e nas paredes da sacristia admiraram-se também azulejos do séc. XVII”.
A aula (visita de estudo) da igreja passou para a Quinta das Lapas, um edifício apalaçado do séc. XVII, com amplos arredores e uma configuração de alguma grandiosidade. “A Quinta das Lapas pertenceu à família Teles da Silva, das Casas Penalva e Alegrete”, refere a Prof.ª Rita Sarreira que, entre outros pormenores, recorda o facto de ali terem estado “D.João VI, Rainha Carlota Joaquina, Princesa Francisca Benedita, Infanta Isabel Maria , Infante D. Pedro, D. Carlos I, Rainha D. Amélia, Infante D. Manuel, Infante D. Afonso.
A Quinta da Lapas registou vários factos ao longo da sua história, já no século XX, pertenceu aos Condes de Tarouca. Como enfatiza a Prof.ª Rita Sarreira é surpreendente a casa solarenga, a mata, onde se encontra a capela de Santo Avelino, o jardim, o lago da sereia, a capela de Nossa Senhora do Rosário, entre outros lugares acolhedores e com “muitas estórias”.
Desde os anos 80, do séc.XX, a Quinta das Lapas passou para a posse da ONG (Organização Não Governamental) Dianova, cuja função incide sobre a recuperação de toxicodependentes e alcoólicos.
Uma aula onde muito se viu e descobriu.
Boas Páscoas


Capela de Santo Avelino, na mata

Solar


Workshop - A escolha certa e ponderada - 10 de Abril


16/03/2015

É dia de aniversário....!!!

Maria José Marcelino faz, hoje, 88 anos de idade. Nasceu a 16 de Março de 1927. É das alunas “mais sénior” da AUTITV. Está há 9 anos na Universidade Sénior (US) e não pensa deixar os “estudos” tão cedo. É um exemplo para os seniores mais novos pela atenção e empenho que tem pelo saber-aprender, alimentando a mente activa, para além de manter, vai para 12 anos, sessões-exercícios de hidroginástica, nas piscinas da Física.

Nasceu em Alpiarça (Ribatejo), no que se poderá dizer “berço d´ oiro”, teve uma infância risonha, os pais eram proprietários de terrenos agrícolas, com produção de vinho e azeite. Teve uma irmã, já falecida. A vida com tudo e tranquila da juventude veio a sofrer revés com a morte dos pais. É o círculo de Kant a ditar andamentos, tudo anda à volta e tudo volta ao princípio. Tinha Maria José 12 anos de idade quando a Alemanha invade a Polónia, dando origem à II guerra mundial.
Durante cerca de seis anos (1939–1945), em plena adolescência, Maria José viveu com a guerra na Europa, ali por perto, com reflexos em Portugal e no mundo. O tempo nunca se imobiliza. Casou e viveu em união conjugal durante 58 anos, o cônjuge faleceu faz 10 anos, a 26 de Abril próximo. Tem 2 filhos, 4 netos e 4 bisnetos. Dos filhos, um é engenheiro agrónomo e outro economista.

Maria José, esteve 20 anos em Angola (Sá da Bandeira, hoje Lubango), entre os 28 e 48 anos de idade, regressando em 1975, por via da “descolonização exemplar” que lançou milhares de portugueses no desespero e na miséria. O passado deixa sempre “marcas” mas renova também esperanças e abre caminhos para um começar de novo. Nos seus risonhos 88 anos de idade, Maria José é uma “força da natureza”, e que tão risonha a soprar as velas do bolo, primorosamente confeccionado pela Prof.ª Palmira. Que a felicidade esteja sempre presente na sua vida, são os nossos votos.

Conversa / debate com a escritora Leonor Xavier - 16 de Abril



14/03/2015

O Palácio Maçónico...!!!


Passar uma tarde (cerca de quatro horas seguidas) no interior de uma instituição maçónica, a ouvir, a ver e a fotografar, sem restrições, terá sido para os seniores da Universidade de Torres Vedras uma experiência nunca vivida.
Maçonaria, organização secreta, poderes ocultos, bem, mal, maçons, maçonas, são mais ou menos o que são consoante a informação que temos. Nada melhor do que ir à fonte e lá desvendar os mistérios.
Aqui chegados, há que agradecer a iniciativa da Drª Rita Sarreira e da AUTITV, pela visão que têm sobre o "saber de descoberta" que move os alunos das universidades seniores.
Estivemos, no dia 13 (sexta-feira), do mês de Março, na sede do Grande Oriente Lusitano, em Lisboa, "uma das mais antigas Obediências Maçónicas Europeias, fundado em 1802.
O palácio maçónico alberga também o Museu Maçónico Português, considerado um dos melhores da Europa, fundado em 1984". Um museu aberto de portas fechadas, mas que pode ser visitado de segunda a sexta feira, entre as 14,30 e as 17,30 horas. Para entrar basta premir a campainha.
O Dr. Fernando Sacramento, director do museu maçónico, tem todo o saber histórico da maçonaria, o que para os visitantes é muito gratificante. O secretismo e as ideias imprecisas sobre a maçonaria são um livro aberto, porque "nós caminhamos sempre aos ombros dos que nos antecederam, a humanidade faz-se a caminhar". Na teoria tudo é simbólico, porém, "a árvore genealógica é a memória do cordão umbilical de quem somos agora".
Toda a atenção dos seniores estava concentrada no director do museu, qual secretismo, qual invenção.
Como podemos ter opinião sobre o que não conhecemos?
Mas é verdade que "os senhores do poder sempre usaram a religião e a maçonaria".
Na loja maçónica todos são tratados por igual, nivelados por cima, em fraternidade e liberdade de consciência, todos são intérpretes da verdade do saber, sem tabus, reconhecendo que o conhecimento pleno é inatingível.
neste momento, há cerca de cinco mil maçons (incluindo maçonas) e, só em Lisboa, há 65 lojas maçónicas.
Uma aula pelo tempo e no templo da maçonaria em Portugal, sem secretismos, uma "viagem" pela história da maçonaria, a ficar na "reserva mental" de cada um.

nota - informam-se as pessoas que ficaram em lista de espera e eventualmente outros interessados, que vai haver uma nova visita, no próximo dia 30 de Abril.



07/03/2015

Assembleia Geral Ordinária


Realizou-se ontem, dia 6 de Março de 2015, na sede da AUTITV - Associação para a Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras, a Assembleia Geral Ordinária, presidida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Alberto Avelino, tendo-se congratulado pela elevação a Cardeal de Dom Manuel Clemente.
Nesta Assembleia Geral foram apresentados e votados, o Relatório e Contas do ano de 2014, tendo o Presidente do Conselho Fiscal, Dr. Celestino Pereira, explicado a evolução das contas da Gerência de 2014, as quais estão espelhadas na documentação distribuída aos presentes.
De seguida debateram-se outros assuntos de interesse para a Associação, tendo o associado e aluno João Augusto, proposto um voto de louvor à Direção não só pela qualidade das obras efectuadas nas novas instalações bem como pela evidente contenção de custos da mesma.
Para finalizar o Dr. Alberto Avelino, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, propôs à assistência a nomeação como SÓCIO HONORÁRIO da Autitv, o Senhor Dom Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa. 
A proposta foi posta à votação e aprovada por unanimidade.
Os trabalhos foram encerrados pelas 17 horas.

05/03/2015

Uma palestra professoral.



O Dr. José Fialho Feliciano foi brilhante na palestra professoral que proferiu no auditório da AUTITV, na tarde de hoje, ante uma plateia de alunos seniores atenta. O tema “Desenvolvimento Sustentável” foi o mote para uma abordagem concisa e transversal à crise que entrou na vida dos portugueses como uma chaga difícil de sarar.    
“Hoje, venho aqui discutir um problema”, começou por sublinhar. Quem somos? Como é que nos tornamos humanos? “São duas questões que temos sempre presente quando queremos sair da crise”. E deu o exemplo da tríade: austeridade, crescimento e desenvolvimento. Sem estes pilares a funcionar em articulação não há desenvolvimento sustentável.
Para o orador, a crise europeia chega após ter rebentado a bolha americana e Portugal não pode evitar. “Quando a bolha rebentou milhares de americanos ficaram sem casa”, os bancos ficaram sem liquidez, a hecatombe financeira deu-se num ápice. Na opinião do docente José Feliciano “sempre que há crise, o dinheiro é deslocado de um mercado para outro mercado”. Os países do sul da Europa foram arrasados, porque mais débeis, e tiveram que recorrer aos bancos do norte da Europa, contraindo empréstimos a juros altíssimos. “90 % do dinheiro que circula no mundo processa-se através de acções financeiras”, observou.
A situação de Portugal está muito para além do desejável. A dívida pública portuguesa está em 128,8 % do PIB (Produto Interno Bruto) enquanto que a dívida das empresas é de 143 %. Cerca de 94,4 % do tecido empresarial português está em microempresas que têm uma dívida da ordem dos 48 %. Tudo somado, “a dívida global de Portugal ascende a mais de 350 % do PIB, sendo a dívida mais alta da Europa e das mais altas do mundo”, revela o Dr. José Feliciano.
Traçando uma imagem mais abrangente, o palestrante considera que “ estamos a viver num contexto muito agreste. A crise em Portugal vai para sete anos e o mundo de hoje é dominado pela lógica financeira”. O Dr. José Feliciano faz o reparo sobre a distribuição da riqueza no mundo: “apenas 1 % da população detém 45 % da riqueza mundial” e que “não há crescimento com salários baixos”, sem deixar de referir que enquanto Portugal tem apenas 18 % de licenciados, a Alemanha tem 28 /%  e os EUA 42 por cento”.
Em suma, por tudo quanto o professor abordou, não se assistiu a uma palestra mais, mas a uma lição com muita e actual informação. 
A sessão foi aberta pela Dra. Palmira Lopes que apresentou o Orador e teceu várias considerações sobre o seu brilhante curriculo académico e profissional, tendo a mesma sido encerrada pela presidente da Autitv, Manuela Estevão, que agradeceu a presença de todos, especialmente da vereadora da Cultura da Camara Municipal de T.Vedras, Dra. Ana Umbelino.
Os nossos agradecimentos. Um até breve.




04/03/2015

Rota das Igrejas - Ramalhal e Maxial



Os alunos da AUTITV, tiveram a oportunidade de fazer a Rota das Igrejas, desta vez ao Ramalhal e Maxial, numa  visita de estudo organizada pela Dra. Rita Sarreira, no âmbito da disciplina de Historia Local.
Foram visitados os seguintes monumentos:

  • Capela Mor da antiga Igreja de Santa Susana do Maxial, localizada no cemitério do Maxial (fundada em 1148 e destruida no terramoto de 1755)
  • Igreja de N.Sra da Piedade, sede da Paróquia do Maxial
  • Igreja de N.Sra da Ajuda, sede da Paróquia do Ramalhal
  • Capela de Sto. António do lugar do Ameal (Ramalhal)
No folheto que foi distribuído aos alunos participantes, foram partilhados dados muito interessantes sobre estas duas Freguesias, que focavam várias informações, a saber:
  • População
  • Áreas e densidades populacionais
  • Agricultura, Floresta, Pastorícia, Industria do Barro vermelho e outras actividades económicas fundamentais para a região.
  • Cursos de água
  • Aldeias circundantes
  • Vestígios arqueológicos e da ocupação Romana com inclusão de estradas militares da época
  • Azulejaria edificada
  • Águas minerais
Foi mais uma visita de estudo muito interessante que entusiasmou os participantes.


Igreja do Maxial

Igreja do Maxial

Igreja do Maxial

Capela Mor da antiga Igreja de Santa Suzana (cemitério do Maxial)

Igreja do Ramalhal

Igreja do Ramalhal

Capela do lugar do Ameal (Ramalhal)