28/04/2012

FÁBRICA DA PÓLVORA DE BARCARENA.....


A AUTITV visitou a "FÁBRICA DA PÓLVORA DE BARCARENA"

Numa visita de estudo organizada pela Drª Rita Sarreira, professora da disciplina de "História de Portugal", da Universidade para a Terceira Idade de Torres Vedras, um grupo de alunos deslocou-se ao concelho de Oeiras, na passada quinta-feira, dia 26 de Abril de 2012, para conhecer a Fábrica da Pólvora de Barcarena.

Trata-se de um histórico complexo industrial que, inicialmente, (desde o reinado de D. Joião II, quando ali foram instituídas umas ferrarias para o fabrico de armas e mais tarde no reinado de D. Manuel I, também ele fundador de várias fábricas de armas em Portugal), era designado por "FERRARIAS D'EL-REI".

Mais tarde esta unidade fabril foi sendo aumentada e a sua principal actividade passou a ser o fabrico de pólvora, tendo ao longo dos tempos, constituído um significativo polo de desenvolvimento, quer para a região, quer para o país, dado que chegou a empregar cerca de 500 trabalhadores.

Ao longo dos séculos a Fábrica da Pólvora de Barcarena acompanhou a evolução dos tempos (tecnológica, política, económica) e foi alargando as suas instalções e investindo em maquinarias e equipamentos que lhe proporcionassem, cada vez mais, uma capacidade de resposta face às exigências de mercado, contudo, foram também grandes as vicissitudes que teve de enfrentar, pelo que, em 1988, paralisou definitivamente a sua actividade.

A partir de 1995, este complexo industrial composto por diversos edifícios dispersos por uma área de cerca de 40 hectares, passou a ser propriedade da Câmara Municipal de Oeiras, que o transformou num grande centro de cultura e lazer, onde podemos encontrar, não só o "Museu da Pólvora Negra" (que nos proporciona um conhecimento de toda a história da fábrica, desde os primórdios), mas também muitos outros espaços de interesses variados, nomeadamente uma galeria de arte, restaurantes, bares, jardins e locais adequados a espectáculos ao ar livre.

Após a visita a este grandioso espaço, fica-se de facto com a certeza de que a Fábrica da Pólvora de Barcarena representa uma peça de extrema importância do património industrial português.


Fábrica da Pólvora de Barcarena Slideshow: AUTITV’s trip to Oeiras, Estremadura, Portugal was created by TripAdvisor. See another Oeiras slideshow. Create a free slideshow with music from your travel photos.

06/04/2012

DIA NACIONAL DOS MOINHOS - 7 DE ABRIL




Moinho de vento
Eu no vale,
Tu, ao longe, na colina
Mas meu olhar de menina
Perdia-se no teu girar
E enquanto moías trigo
O meu olhar de menina
Moía sempre contigo.

 E se os acordes do vento
opravam breves do mar
O meu olhar de menina
Parava com o teu parar.

 Mas eu tinha um lenço branco
Branco como as tuas velas
Que eu julgava caravelas.
E quando o vento parava,
O meu lenço, eu agitava
E tu sobre o mar profundo
Já não moías o trigo
Ias descobrir o mundo.

 Ó meu moinho de vento
Hoje só móis a saudade
E os teus búzios parados
São como olhos cansados
De olhar ao longe a idade

 (Maria do Espírito Santo Miranda).


Este poema faz parte do livro “Tonalidades” editado em Abril de 2005, com poemas de Maria do Espírito Santo Miranda e pinturas de Maria Manuela Duarte Estêvão, ambas sócias fundadoras da AUTITV, exercendo actualmente, as funções de Secretária da Assembleia Geral e de Presidente da Direcção, respectivamente.
Quanto ao Dia dos Moinhos é interessante que sejam recordados pois além de fazerem parte da paisagem, “matavam a fome” a muita gente. Era neles (e também nas azenhas) que se depositava o trigo ou milho para que as pessoas pudessem ter pão. Na zona de Torres Vedras existiam centenas e eram um símbolo para a nossa região.
Hoje já não se recorre a estes meios para se ter farinha e a maioria dos moinhos foram demolidos ou estão em ruínas. Alguns sofreram adaptações e servem de residências. Agora o que se vê com abundância são os moinhos ditos “eólicos”. Também terão as suas virtudes pois destinam-se a produzir energia, mas há quem goste e há quem não goste de os ver. Gostos não se discutem, diz o povo.
(Joaquim Cosme)

01/04/2012

"DIA DAS MENTIRAS"

1 DE ABRIL – DIA DAS MENTIRAS

O dia 1 de Abril apelidado de dia das mentiras não é referenciado como tal com a intenção de prestar homenagem a quem mente. Longe disso. É apenas uma brincadeira festejada em muitos países.
Há jornais, rádios e televisões que no dia 1 de Abril “pregam” uma “peta” que depois no dia seguinte desmentem. E às vezes até dão vontade de rir.
Há quem diga que a voz do povo é a voz de Deus. Pois bem, o povo diz que “quem conta um conto aumenta-lhe um ponto”. É verdade e muitas vezes sem intenção de estar a mentir. Também se diz que quem mente lhe cresce o nariz. Aqui é apenas uma brincadeira que se conta às crianças. Se o nariz crescesse a quem mente havia por aí narizes de palmo e meio.
A mentira tem sido tema para poetas e para frases de grandes figuras da humanidade. Vejamos alguns exemplos:

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

(Fernando Pessoa)


Mentiu com habilidade,
Fez quantas mentiras quis;
Agora fala verdade,
Ninguém crê no que ele diz.

(António Aleixo)


O castigo do embusteiro é ninguém acreditar nele mesmo quando diz a verdade.

(Aristóteles)


Um hipócrita é um paciente no duplo sentido da palavra:
Calcula o triunfo e sofre um suplicio.

(Vctor Hugo)


Ninguém tem memória suficiente para mentir sempre com êxito.

(Abraham Lincoln)


Não há mentira tão hábil que não se venha a saber

(Lope de Vega)


O mal da calúnia é semelhante às nódoas de azeite:
Deixa sempre vestígios.

(Napoleão)