No dia 23 de Novembro, o professor António Lourenço Luís falou numa "Conversa sobre Aviação" para uma plateia interessada no tema.
Numa projecção criteriosamente seleccionada, fez uma retrospectiva da aviação comercial iniciada por hidroavião de 2 lugares e o Sikorsky Ilya Muromets russo que viajou de São Petersburg a Kiev, antes do início da 1ª Guerra Mundial.
No decurso da sua exposição foi apresentando imagens e as inovações de cada avião:
Boeing 247 para 10 passageiros e o 1º primeiro equipado com piloto automático; o Handley Page W, fabricado no Reino Unido para 15 passageiros e o primeiro com casa de banho e serviço de bordo.
Em 1937 surge um avião com cabina pressurizada; em 1943 surge o Lockheed Constellation de quase 9000 Km de autonomia e cerca de 100 lugares. Teve sucesso até final da década de 50 quando surgiram os primeiros jactos.
A Pan American lança em 1939 o Boeing 314 Clipper que faz o voo entre os Estados Unidos e a Europa com escala na Horta nos Açores.
Surgiram o Concorde, o Airbus A300, o Boeing 707, o 747 e o Boeing 777 com uma autonomia de 17.000 Km.
Chegados ao Airbus A 380 que é o maior avião comercial, quadrimotor para transportar cargas e até 800 passageiros, surgiu a pergunta: "como se consegue fazer voar este gigante do ar com 575 toneladas?"
O professor foi respondendo fundamentando-se nas leis da Física, nos princípios de Bernoulli aplicados à aeronáutica, na Lei de Newton, no efeito Coandã aplicado à asa e fala da pressão atmosférica.
Concluíu que podemos afirmar com convicção que qualquer aeronave construída obedecendo aos princípios da Física, levantará voo, voará e pousará em segurança.
A indústria aeronáutica, desde os fabricantes aos operadores, tem grande rigor e policiamento no que se refere a erros e falhas.
Um conjunto de falhas pode levar a um acidente aéreo. O maior problema é sempre o factor humano.
Foi uma conversa interessante que promete voltar para desmistificar tabus.
Obrigado professor Lourenço Luis pela explicação pormenorizada e pela permanente e sábia disponibilidade.
Manuela Estêvão
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