No dia 6 de Dezembro, realizou-se nas instalações da AUTITV, um colóquio promovido pela professora de Ginástica Terapêutica, nesta Universidade, Tânia Andrade Santos, "sobre os quatro pilares da qualidade de vida".
As oradoras convidadas foram: a Nutricionista Drª Catarina Fialho, a Psicóloga Drª Silvia Silva e a Neurologista Drª Ana Rita Peralta.
Abriu a sessão a professora Tânia Andrade Santos que fez a apresentação do "1º Pilar da Qualidade de Vida" (exercício físico), começando por referir alguns aspectos sobre o significado do envelhecimento, concluindo que se trata de um fenómeno natural. Realçou ainda os efeitos fisiológicos do envelhecimento e também do "treino de força e seus benefícios" e do "desenvolvimento do programa de treino", ou seja, das actividades propriamente ditas.
Concluíu referindo-se aos vários benefícios do exercício físico, nomeadamente o controlo das doenças crónicas; a maximização da saúde psicológica; a incrementação da mobilização; a melhoria da qualidade das funções psicológicas, metabólicas, funcionais e sociais, entre outras.
No que se refere ao "2º Pilar da Qualidade de Vida", a Nutricionista Drª Catarina Fialho falou sobre o que é "um bom estado nutricional" e fez algumas recomendações sobre os hábitos alimentares. referindo-se, à necessidade de 5 refeições diárias (com particular atenção para o excesso de sal); à ingestão de 1,5 litros de água ou chás/dia e de alimentos ricos em cálcio; à restrição de bebidas alcoólicas e lacticínios gordos, entre outras, realçando que, para a manutenção de um bom equilíbrio nutricional, a nossa alimentação deverá conter:
50% de produtos hortícolas;
25% de cereais e tubérculos;
25% de carne, peixe, ovos ou leguminosas
Para nos falar sobre o "3º Pilar da Qualidade de Vida" ( o stress), a Psicóloga Drª Sílvia Silva, informou que o stress não tem, necessariamente, de ser "mau", pois trata-se de "uma resposta do nosso organismo a uma situação que não estávamos à espera", disse...
A Psicóloga referiu também que, no caso em apreço, pode até ser benéfico, na medida em que, muitas vezes, isso nos impele, para a resolução rápida de várias situações.
Contudo, torna-se necessário estar alerta para que não se exceda certos limites, a fim de evitar, entre outras doenças, as do foro cardiovascular.
Alguns dos sintomas do stress podem ser: mau humor e irritabilidade, músculos doridos, dores de cabeça/enxaquecas que podem surgir nos períodos de maior stress e alteração no peso (engordar ou emagrecer excessivamente).
O importante, referiu: "é aprender a relaxar e, na medida do possível, levar uma vida tranquila."
Quanto ao "4º Pilar da Qualidade de Vida" (o sono), a Neurologista Drª Ana Rita Peralta falou-nos sobre o "sono saudável" (entre 6,5 a 8,5 horas no adulto), acrescentando contudo que o chamado "sono normal" passa por vários ciclos, sendo que, de entre eles, há necessariamente uma fase/ciclo em que o cérebro não fica desligado.
Referiu ainda que é muito importante dormir bem, porque, durante o sono, tudo melhora:
- a função imunitária;
- a função cognitiva;
- a depuração;
- há uma redução do consumo de energia;
- as reservas energéticas cerebrais são repostas.
De seguida reportou-se às consequências que resultam do facto de dormir pouco ou dormir mal, nomeadamente: a sonolência e acidentes, alterações cognitivas, perturbações de humor, fadiga, perda de energia, maior risco de mortalidade, etc.
Por último referiu que o ideal será dormirmos 7 a 8 h, quando somos mais velhos e que, quando tal não acontece deveremos estar alerta para situações de: insónia crónica, adormecer frequentemente em situações monótonas, ter comportamentos bizarros durante a noite e ressonar ou até mesmo paragem respiratória.
Após estas quatro apresentações seguiu-se um espaço para debate, durante o qual às oradoras foram colocadas várias questões sobre os temas em apreço.
Este colóquio finalizou com um lanche com a participação de todos os presentes (oradores e associados da AUTITV).
(Albertina Granja)