IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTEJO ou IGREJA DO CASTELO (no local onde estaria o Castelo), IGREJA DA MISERICÓRDIA, CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO, CAPELA DE Nª Sª DOS ANJOS E CAPELA DE S. SEBASTIÃO
IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO é um tempo gótico do séc. XIV, cuja fundação tem sido atribuída a D. Lourenço Vicente, arcebispo de Braga.
D. João I doou – a ao Dr. João das Regras, que a entregou a sua a filha pelo seu casamento, tendo passado para a posse dos Castros, condes de Monsanto e, ali permaneceu até à abolição desse regime.
Situada a poente, começámos a visita a observar a paisagem envolvente e, de seguida a fachada principal, que apresenta: um portal de cantaria, de cinco arquivoltas salientes, assente em pares de colunas com capiteis ornados de toscas esculturas (um calvário, figuras humanas, animais e pequenas folhagens). Acima do portal está uma bela rosácea. Duas portas ogivais dão acesso ao templo.
O seu interior é de uma sobriedade que se situa na linha arquitetónica das ordens religiosas mendicantes.
Tem três naves e quatro tramos separados por arcos ogivais chanfrados que assentam em capiteis todos diferentes e esculpidos com motivos vegetalistas.
Ao fundo a abside ou capela-mor é de construção mais antiga que a nave.
Tem planta poligonal, coberta por uma abóbada de grandes nervuras chanfradas, sendo um dos bocetes armoriado.
Nos três panos do fundo rasgam –se grandes frestas e na parede da esquerda está um nicho quadrado manuelino emoldurado com motivo de corda, hoje o local do Sagrado Sacramento.
De seguida fomos visitar, ainda na Zona Antiga, a Igreja da Misericórdia
O interior é de uma só nave, está coberto por um teto de masseira.
O retábulo do altar mor é de talha do séc. XVIII e encontra -se ladeado por 2 quadros antigos: um de Nª Sª da Piedade, final do séc. XVI da oficina de Diogo Teixeira (?) e o outro de Nª Sª da Misericórdia.
É uma pequena capela de finais do século XVI, com características renascentistas, de arquitetura rural típica da zona estremenha.
Foi remodelada em finais do séc. XVIII. O rococó denota-se no uso da talha dourada, com falsos marmoreados, motivos florais e espelhos, que se encontram no interior.
A capela está situada no centro histórico Em 2004 foi descoberto no interior do retábulo da capela-mor a data de 1730 ( data edificação?).
A fachada é barroca. Possui uma porta de verga reta encimada por um janelão. Um friso separa do frontão curvo centrado por um circulo em tímpano com três setas atadas, ladeado por pináculos.
Daqui partimos para visitar a Igreja do Convento de Santo António da Lourinhã, também referido como Igreja Paroquial da Lourinhã e Igreja de Nossa Senhora da Anunciação.
Foi matriz em 1838, tendo recebido ao longo do tempo obras de restauro e modificações.
Apresenta colunas toscanas com decoração azulejar e indica -nos que a igreja pertenceu ao Convento dos Recoletos Franciscanos.
Seguimos para a IGREJA
É de uma só nave ampla, coberta por uma abóbada de berço .
Nela se salienta o púlpito de laje quadrada.
De notar também a Assunção da Virgem, pintura de meados do séc. XVI.
Do lado esquerdo está o altar de Nossa Senhora e S. José com o Menino.
Do lado direito está o altar do Sagrado Coração de Jesus e Nª Sª de Fátima.
A abóbada é de berço a nível inferior ao da nave. Tem um altar novo em mármore rosa de Pero Pinheiro.
Na edícula do lado do Evangelho vemos a imagem de S. Francisco do séc. XVII/XVIII e o mausoléu de D. Brites Brandão. Um painel figurativo de 1760 -70 recorda a Paixão do Senhor Jesus, e está encimado com a figura humanizada do Sol.
Do lado da Epistola está a imagem de Santo António (séc. XVII / XVIII) e painéis de azulejos do séc. XVIII alusivos aos milagres de Santo António (aos peixes e da mula).
Ao fundo da Igreja , junto à porta de entrada, encontra-se a capelinha de Santo António, mandada fazer para jazigo coberta de azulejos datados de 1712 figurando passos da vida do Santo.
As paredes laterais da nave estão forradas de azulejos do séc. XVIII - albarradas.
Maria Rita Sarreira
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