No passado dia 29 de Fevereiro, a professora da disciplina, “Texto/Contexto”, Odete Bento, organizou uma visita de estudo à QUINTA DA FIDALGA, no concelho do Seixal.
Esta Quinta, também designada por “Quinta de Vasco da Gama (por estar historicamente associada a Paulo da Gama), é um monumento histórico e a sua construção/fundação remonta ao século XV.
O seu nome original era “Quinta do Vale do Grou”, até que, por tradição popular, passou a designar-se por “QUINTA DA FIDALGA”, pelo facto de, no século XIX ali ter estado em clausura a fidalga Maria Bernardina da Gama Lobo de Saldanha e Sousa, impedida de casar com um oficial de uma família com tendências políticas contrárias à sua.
Ate à sua venda à Câmara Municipal do Seixal ( que ocorreu em2001), esta Quinta foi propriedade da Família Gama Lobo Salema (morgados de Alverca e escrivães da Fazenda), sendo por isso muitas vezes denominada como “Solar de Veraneio dos Gamas”.
Esta visita de estudo teve duas vertentes:
A primeira delas relativa à função agrícola e de lazer, desde a sua construção (tendo durante o século XVIII alcançado um patamar de elevado reconhecimento, pelos seus importantes pomares de citrinos, sendo de realçar algumas das infraestruturas ali existentes, que na época foram de grande importância para o desenvolvimento de todas as atividades da quinta, nomeadamente um sistema de rega sofisticado e um Lago de Maré).
Também impressionante foi a visita pelos jardins, repletos de fontes e de azulejos, na sua maioria hispano-árabes, onde encontrámos várias fontes e esculturas, verdadeiras maravilhas arquitectónicas do século XVII, de entre elas uma capela revestida a conchas e seixos.
A segunda reporta-se aos interessantes museus ali existentes, nomeadamente o “Centro Internacional de Medalha Contemporânea” que nos deliciou com uma exposição de 70 Medalhas de criadores Japoneses e Portugueses e a “Oficina de Artes Manuel Cargaleiro”, cujo edifício é um projeto do arquiteto Siza Vieira, a qual temo como objectivo promover a Arte Contemporânea, em particular a obra de Manuel Cargaleiro.