Neste encontro, em que participaram duas dezenas de alunos, Moedas Duarte deu início à sua apresentação fazendo várias considerações sobre a época e contexto histórico do aparecimento deste "movimento", bem como dos diferentes sinais artísticos que foram surgindo.
Para um melhor e preciso entendimento da situação, era inevitável uma abordagem à evolução histórica desde a fundação de Portugal à quarta Dinastia, o que permitiu situarmo-nos na época em que, efectivamente, surge o Barroco em Portugal (Dinastia de Bragança)...
Na continuação da sua dissertação, Moedas Duarte fez referência ao facto de o Barroco ter:
- nascido no contexto da Contra Reforma;
- só poder ser entendido à luz do Concílio de Trento;
- e de ter começado em Itália, no século XVI.
Mais referiu Moedas Duarte que, em
Portugal, o Barroco desenvolveu-se e começou a ganhar maior expressão no Reinado de D. João V, pelo facto de este Rei ter beneficiado das reservas de ouro vindas do Brasil.
No que respeita às Igrejas do Concelho de Torres Vedras, Moedas Duarte salientou que, não obstante o seu exterior ser de uma enorme simplicidade, a grande maioria apresenta, no seu interior, exuberantes expressões do Barroco, como é o caso das Igrejas de: A-dos-Cunhados, S. Pedro da Cadeira, Capela Mor do Convento de Varatojo, Igreja Nossa Senhora da Oliveira-Matacães e Igreja da Misericórdia, entre outras, referindo-se a esta última como a Jóia do Barroco Torriense.
A finalizar a sua palestra Moedas Duarte referiu-se à representatividade do Mestre PMP em Torres Vedras designadamente na já referida Igreja de Matacães, na Quinta da Bugalheira (azulejos sobre a vida de S. José), Capela de Nossa Senhora da Pena na Serra da Vila, Hospital José Maria Antunes no Barro e no Convento da Graça (com os painéis da vida de S. Gonçalo).
Albertina Granja
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