Inicio esta minha participação falando das actividades na disciplina de Teatro.
Tenho de confessar que ao princípio me deparei com duas graves dificuldades: a falta de disponibilidade de uma sala e a carência de alunos. Assim, e aproveitando a minha experiência nesta área, procurei representações que exigissem um número bastante reduzido de participantes e espaços de ocasião. Neste sentido escolhi a cena "Procissão, Festa na Aldeia", recitação cantada tentando imitar a interpretação do grande Vilaret, complementando com a projecção de imagens alusivas a cada quadra. Neste quadro intervieram como intérpretes Lucinda Nunes, Elisabete Andrade Santos, Ida Côrte-Real, Filomena Serra Santos e Lucília Costa.
Ensaiámos e representámos também " A Agulha e o Dedal", número retirado do filme "A Canção de Lisboa" de Cottineli e Telmo, que foi o primeiro filme sonoro português e do qual se poderá dizer ter sido o iniciador da "comédia portuguesa". Neste número foram intérpretes Lucinda Nunes como Beatriz Costa, Lucília Costa como António Silva, e Filomena Serra Santos e Elisabete Andrade Santos no papel de costureiras.
Fizemos, por fim, uma imitação cómica das "Manas Perliquitetes" figuras típicas e populares da Lisboa antiga, que terão morado para os lados de S. Bento e que se pavoneavam pelas ruas da Baixa. O papel da mana Faustina foi interpretado por Filomena Serra Santos e o da mana Laureana por Elisabete Andrade Santos
A música que apoiava esta cena é de Francisco Patrício, querido amigo residente na Carvoeira. Na reprodução das imagens projectadas no grande ecrã do palco tivemos a preciosa colaboração da nossa jovem Celina professora de História Local e responsável pela Secretaria.
A todos um bem hajam!
Ida Corte-Real