Este é mais um interessante tema que aqui nos é trazido pelo colega Joaquim Cosme e que nos faz reflectir sobre esta arte, bem portuguesa e já tão antiga, mas que por ser tão bela ainda hoje a podemos encontrar por esse mundo fora, como um sinal da passagem e presença dos portugueses pelos quatro cantos do mundo.....
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Lisboa tem a fama (e o proveito também, diga-se em abono da verdade) de possuir na pavimentação dos seus espaços públicos os mais bonitos desenhos de calçada portuguesa. Na realidade quem passear na Avenida da Liberdade não ficará insensível aos contrastes de pedras brancas com pretas que formam desenhos que se assemelham a canteiros de flores. Estes trabalhos são conhecidos e já executados além fronteiras daí a designação de “calçada à portuguesa”.
E para que se atinja maior perfeição a Câmara Municipal de Lisboa criou em 1986 a Escola de Calceteiros. E em finais de 2006 erigiu na Rua da Vitória (entre as ruas da Prata e Fanqueiros) o monumento em homenagem ao calceteiro. É bonito de se ver.
O poeta Cesário Verde (1855-1886) nas suas “Cristalizações” escreveu:
Faz frio. Mas, depois duns dias de aguaceiros,
Vibra uma imensa claridade crua.
De cócoras, em linha os calceteiros,
Com lentidão, terrosos e grosseiros,
Calçam de lado a lado a longa rua.
Vibra uma imensa claridade crua.
De cócoras, em linha os calceteiros,
Com lentidão, terrosos e grosseiros,
Calçam de lado a lado a longa rua.
E agora falemos de Torres Vedras. Não terá trabalhos de calçada à portuguesa com a grandiosidade da capital, mas, principalmente nas ruas fechadas ao trânsito automóvel, nas ditas vias pedonais, também tem trabalhos na calçada dos quais nos podemos orgulhar.
Vejam aqui as fotos e quando passarem nas tais ruas (Serpa Pinto, 9 de Abril, 1º. De Dezembro e outras) percam uns minutos e admirem.
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