23/03/2015
20/03/2015
Visita à Quinta das Lapas e Igreja de Monte Redondo
Alameda da entrada da quinta |
Quinta das Lapas, surpreendente!
Igreja do Monte Redondo e Quinta das Lapas foram centros de
visita, na tarde de hoje, pelos alunos da AUTITV, sob a orientação da Prof.ª
Rita Sarreira, docente das disciplinas de História Local e de Portugal, na
Universidade Sénior de Torres Vedras.
Cada momento leva-nos a conhecer o que a história nos deixa
ver e foi o que aconteceu nesta aula-externa que decorreu na igreja do Divino
Espírito Santo (Monte Redondo) – “Templo de uma só nave, coberto por um tecto
de madeira em caixotões, decorado por pinturas do séc.XVIII: elementos
ornamentais e anjos”, refere a Prof.ª Rita Sarreira, acrescentando que “na nave
corre um silhar de azulejos setecentistas de tipo albarradas; a pia baptismal
deve remontar ao período renascentista e nas paredes da sacristia admiraram-se
também azulejos do séc. XVII”.
A aula (visita de estudo) da igreja passou para a Quinta das
Lapas, um edifício apalaçado do séc. XVII, com amplos arredores e uma
configuração de alguma grandiosidade. “A Quinta das Lapas pertenceu à família
Teles da Silva, das Casas Penalva e Alegrete”, refere a Prof.ª Rita Sarreira
que, entre outros pormenores, recorda o facto de ali terem estado “D.João VI,
Rainha Carlota Joaquina, Princesa Francisca Benedita, Infanta Isabel Maria ,
Infante D. Pedro, D. Carlos I, Rainha D. Amélia, Infante D. Manuel, Infante D.
Afonso.
A Quinta da Lapas registou vários factos ao longo da sua
história, já no século XX, pertenceu aos Condes de Tarouca. Como enfatiza a
Prof.ª Rita Sarreira é surpreendente a casa solarenga, a mata, onde se encontra
a capela de Santo Avelino, o jardim, o lago da sereia, a capela de Nossa
Senhora do Rosário, entre outros lugares acolhedores e com “muitas estórias”.
Desde os anos 80, do séc.XX, a Quinta das Lapas passou para
a posse da ONG (Organização Não Governamental) Dianova, cuja função incide
sobre a recuperação de toxicodependentes e alcoólicos.
Uma aula onde muito se viu e descobriu.
Boas Páscoas
Capela de Santo Avelino, na mata |
Solar |
17/03/2015
16/03/2015
É dia de aniversário....!!!
Maria José Marcelino faz, hoje, 88 anos de idade.
Nasceu a 16 de Março de 1927. É das alunas “mais sénior” da AUTITV. Está há 9
anos na Universidade Sénior (US) e não pensa deixar os “estudos” tão cedo. É um
exemplo para os seniores mais novos pela atenção e empenho que tem pelo
saber-aprender, alimentando a mente activa, para além de manter, vai para 12
anos, sessões-exercícios de hidroginástica, nas piscinas da Física.
Nasceu em Alpiarça (Ribatejo), no que se poderá dizer “berço d´ oiro”, teve uma infância risonha, os pais eram proprietários de terrenos
agrícolas, com produção de vinho e azeite. Teve uma irmã, já falecida. A vida
com tudo e tranquila da juventude veio a sofrer revés com a morte dos pais. É o
círculo de Kant a ditar andamentos, tudo anda à volta e tudo volta ao
princípio. Tinha Maria José 12 anos de idade quando a Alemanha invade a
Polónia, dando origem à II guerra mundial.
Durante cerca de seis anos (1939–1945), em plena
adolescência, Maria José viveu com a guerra na Europa, ali por perto, com
reflexos em Portugal e no mundo. O tempo nunca se imobiliza. Casou e viveu em
união conjugal durante 58 anos, o cônjuge faleceu faz 10 anos, a 26 de Abril
próximo. Tem 2 filhos, 4 netos e 4 bisnetos. Dos filhos, um é engenheiro
agrónomo e outro economista.
Maria José, esteve 20 anos em Angola (Sá da Bandeira, hoje
Lubango), entre os 28 e 48 anos de idade, regressando em 1975, por via da
“descolonização exemplar” que lançou milhares de portugueses no desespero e na
miséria. O passado deixa sempre “marcas” mas renova também esperanças e abre
caminhos para um começar de novo. Nos seus risonhos 88 anos de idade, Maria
José é uma “força da natureza”, e que tão risonha a soprar as velas do bolo,
primorosamente confeccionado pela Prof.ª Palmira. Que a felicidade esteja
sempre presente na sua vida, são os nossos votos.
14/03/2015
O Palácio Maçónico...!!!
Passar uma tarde (cerca de quatro horas seguidas) no interior de uma instituição maçónica, a ouvir, a ver e a fotografar, sem restrições, terá sido para os seniores da Universidade de Torres Vedras uma experiência nunca vivida.
Maçonaria, organização secreta, poderes ocultos, bem, mal, maçons, maçonas, são mais ou menos o que são consoante a informação que temos. Nada melhor do que ir à fonte e lá desvendar os mistérios.
Aqui chegados, há que agradecer a iniciativa da Drª Rita Sarreira e da AUTITV, pela visão que têm sobre o "saber de descoberta" que move os alunos das universidades seniores.
Estivemos, no dia 13 (sexta-feira), do mês de Março, na sede do Grande Oriente Lusitano, em Lisboa, "uma das mais antigas Obediências Maçónicas Europeias, fundado em 1802.
O palácio maçónico alberga também o Museu Maçónico Português, considerado um dos melhores da Europa, fundado em 1984". Um museu aberto de portas fechadas, mas que pode ser visitado de segunda a sexta feira, entre as 14,30 e as 17,30 horas. Para entrar basta premir a campainha.
O Dr. Fernando Sacramento, director do museu maçónico, tem todo o saber histórico da maçonaria, o que para os visitantes é muito gratificante. O secretismo e as ideias imprecisas sobre a maçonaria são um livro aberto, porque "nós caminhamos sempre aos ombros dos que nos antecederam, a humanidade faz-se a caminhar". Na teoria tudo é simbólico, porém, "a árvore genealógica é a memória do cordão umbilical de quem somos agora".
Toda a atenção dos seniores estava concentrada no director do museu, qual secretismo, qual invenção.
Como podemos ter opinião sobre o que não conhecemos?
Mas é verdade que "os senhores do poder sempre usaram a religião e a maçonaria".
Na loja maçónica todos são tratados por igual, nivelados por cima, em fraternidade e liberdade de consciência, todos são intérpretes da verdade do saber, sem tabus, reconhecendo que o conhecimento pleno é inatingível.
neste momento, há cerca de cinco mil maçons (incluindo maçonas) e, só em Lisboa, há 65 lojas maçónicas.
Uma aula pelo tempo e no templo da maçonaria em Portugal, sem secretismos, uma "viagem" pela história da maçonaria, a ficar na "reserva mental" de cada um.
nota - informam-se as pessoas que ficaram em lista de espera e eventualmente outros interessados, que vai haver uma nova visita, no próximo dia 30 de Abril.
nota - informam-se as pessoas que ficaram em lista de espera e eventualmente outros interessados, que vai haver uma nova visita, no próximo dia 30 de Abril.
10/03/2015
07/03/2015
Assembleia Geral Ordinária
Realizou-se ontem, dia 6 de Março de 2015, na sede da AUTITV -
Associação para a Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras, a Assembleia
Geral Ordinária, presidida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Alberto Avelino, tendo-se congratulado pela elevação a Cardeal de Dom Manuel Clemente.
Nesta Assembleia Geral foram apresentados e votados, o Relatório e Contas do
ano de 2014, tendo o Presidente do Conselho Fiscal, Dr. Celestino Pereira, explicado a evolução das contas da Gerência de 2014, as quais estão espelhadas na documentação distribuída aos presentes.
De seguida debateram-se outros assuntos de interesse para a Associação, tendo o associado e aluno João Augusto, proposto um voto de louvor à Direção não só pela qualidade das obras efectuadas nas novas instalações bem como pela evidente contenção de custos da mesma.
Para finalizar o Dr. Alberto Avelino, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, propôs à assistência a nomeação como SÓCIO HONORÁRIO da Autitv, o Senhor Dom Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa.
A proposta foi posta à votação e aprovada por unanimidade.
Os trabalhos foram encerrados pelas 17 horas.
05/03/2015
Uma palestra professoral.
O Dr. José Fialho Feliciano foi brilhante na palestra professoral que proferiu no auditório da AUTITV, na tarde de hoje, ante uma plateia de alunos seniores atenta. O tema “Desenvolvimento Sustentável” foi o mote para uma abordagem concisa e transversal à crise que entrou na vida dos portugueses como uma chaga difícil de sarar.
“Hoje, venho aqui discutir um problema”, começou por
sublinhar. Quem somos? Como é que nos tornamos humanos? “São duas questões que
temos sempre presente quando queremos sair da crise”. E deu o exemplo da
tríade: austeridade, crescimento e desenvolvimento. Sem estes pilares a
funcionar em articulação não há desenvolvimento sustentável.
Para o orador, a crise europeia chega após ter rebentado a
bolha americana e Portugal não pode evitar. “Quando a bolha rebentou milhares
de americanos ficaram sem casa”, os bancos ficaram sem liquidez, a hecatombe
financeira deu-se num ápice. Na opinião do docente José Feliciano “sempre que
há crise, o dinheiro é deslocado de um mercado para outro mercado”. Os países
do sul da Europa foram arrasados, porque mais débeis, e tiveram que recorrer
aos bancos do norte da Europa, contraindo empréstimos a juros altíssimos. “90 %
do dinheiro que circula no mundo processa-se através de acções financeiras”,
observou.
A situação de Portugal está muito para além do desejável. A
dívida pública portuguesa está em 128,8 % do PIB (Produto Interno Bruto)
enquanto que a dívida das empresas é de 143 %. Cerca de 94,4 % do tecido
empresarial português está em microempresas que têm uma dívida da ordem dos 48
%. Tudo somado, “a dívida global de Portugal ascende a mais de 350 % do PIB, sendo
a dívida mais alta da Europa e das mais altas do mundo”, revela o Dr. José
Feliciano.
Traçando uma imagem mais abrangente, o palestrante considera
que “ estamos a viver num contexto muito agreste. A crise em Portugal vai para
sete anos e o mundo de hoje é dominado pela lógica financeira”. O Dr. José
Feliciano faz o reparo sobre a distribuição da riqueza no mundo: “apenas 1 % da
população detém 45 % da riqueza mundial” e que “não há crescimento com salários
baixos”, sem deixar de referir que enquanto Portugal tem apenas 18 % de
licenciados, a Alemanha tem 28 /% e os
EUA 42 por cento”.
Em suma, por tudo quanto o professor abordou, não se
assistiu a uma palestra mais, mas a uma lição com muita e actual informação.
A sessão foi aberta pela Dra. Palmira Lopes que apresentou o Orador e teceu várias considerações sobre o seu brilhante curriculo académico e
profissional, tendo a mesma sido encerrada pela presidente da Autitv, Manuela Estevão, que
agradeceu a presença de todos, especialmente da vereadora da Cultura da
Camara Municipal de T.Vedras, Dra. Ana Umbelino.
Os
nossos agradecimentos. Um até breve.04/03/2015
Rota das Igrejas - Ramalhal e Maxial
Os alunos da AUTITV, tiveram a oportunidade de fazer a Rota das Igrejas, desta vez ao Ramalhal e Maxial, numa visita de estudo organizada pela Dra. Rita Sarreira, no âmbito da disciplina de Historia Local.
Foram visitados os seguintes monumentos:
- Capela Mor da antiga Igreja de Santa Susana do Maxial, localizada no cemitério do Maxial (fundada em 1148 e destruida no terramoto de 1755)
- Igreja de N.Sra da Piedade, sede da Paróquia do Maxial
- Igreja de N.Sra da Ajuda, sede da Paróquia do Ramalhal
- Capela de Sto. António do lugar do Ameal (Ramalhal)
No folheto que foi distribuído aos alunos participantes, foram partilhados dados muito interessantes sobre estas duas Freguesias, que focavam várias informações, a saber:
- População
- Áreas e densidades populacionais
- Agricultura, Floresta, Pastorícia, Industria do Barro vermelho e outras actividades económicas fundamentais para a região.
- Cursos de água
- Aldeias circundantes
- Vestígios arqueológicos e da ocupação Romana com inclusão de estradas militares da época
- Azulejaria edificada
- Águas minerais
Foi mais uma visita de estudo muito interessante que entusiasmou os participantes.
Igreja do Maxial |
Igreja do Maxial |
Igreja do Maxial |
Capela Mor da antiga Igreja de Santa Suzana (cemitério do Maxial) |
Igreja do Ramalhal |
Igreja do Ramalhal |
Capela do lugar do Ameal (Ramalhal) |
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