Alentejo do Palácio e da Quinta da Bacalhôa
Os alunos da AUTITV fizeram, na tarde de ontem, uma visita
de estudo ao Palácio e à Quinta da Bacalhôa, em Azeitão, no Alentejo. Ver,
percorrer e estar num palácio com cerca de sete séculos e que foi casa real à
época de D. João I, faz click sobre o nosso Portugal. Um “Monumento Nacional”
que encerra em si muitas histórias supostamente difíceis de as quantificar e
qualificar. Mas o tempo não apaga a história por muitas alterações e profusão
de acontecimentos que possam ocorrer.
É verdade que o palácio contém algo mais daquilo que nos foi
dado a visitar, como os jardins, o lago dos prazeres, as estátuas, o lugar onde
D. João I guardava as suas armas, as castas seleccionadas, tudo isto vimos mas…
por razões óbvias, gostaríamos de ter tido acesso aos quartos, aos espaços
familiares, aos salões, àqueles “íntimos” por onde terão estado os membros da
nobreza real. Lugares que hoje estão reservados apenas à família Berardo,
proprietária do palácio, desde 1998. Seja como for não deixa de ser um
“Monumento Nacional” a visitar.
Do palácio fomos para a Quinta da Bacalhôa. Com uma área de
cultivo de vinha da ordem dos 4 hectares e uma produção acima dos 20 milhões
de litros, por ano, bem como uma capacidade tecnológica para produzir todo o
tipo de vinhos (excepto os vinhos licorosos do “Porto”), a Quinta da Bacalhôa
tem um inegável peso na vinicultura e na economia portuguesas. A facturação não
é revelada mas os dados indicam ser um investimento rentável e em crescente
volume de vendas no país e para o estrangeiro. Foi-nos dado a “provar” o vinho
branco, tinto e licoroso, com variantes graduações e aromas, que mereceram a
nossa boa nota.
Em síntese, esta primeira visita de alunos da AUTITV ao Alentejo
do Palácio e à Quinta da Bacalhôa correspondeu, no global, ao ensino que tem
sido sabiamente ministrado pela Prof.ª Maria Rita Sarreira. A história de
Portugal é inapagável.
No pátio do Palácio da Bacalhôa. Ao fundo, o edifício onde estão
famosas colecções de azulejos.
Na Quinta da Bacalhôa está patente ao público uma exposição
sobre arte africana, em homenagem a Nelson Mandela.
João Godim