14/03/2022

Visita à Biblioteca Municipal de Torres Vedras

A 11 de março, Dia da Rede das Bibliotecas Públicas, cerca de 20 alunos da Universidade Sénior de Torres Vedras foram visitar a Biblioteca Municipal de Torres Vedras a convite da sua Diretora Dra. Goretti Cascalheira.
Os objetivos desta iniciativa eram dar a conhecer a missão da biblioteca pública e os serviços que oferece à comunidade.
A Dra. Goretti começou por nos dar a conhecer a sua história.
Esta instituição surge após a compra pela Câmara Municipal da Biblioteca do escritor torriense Júlio Vieira (1880 -1930).
Foi inaugurada no dia 19 de fevereiro de 1934, ficou instalada numa das salas da Escola Secundária Municipal, tendo como diretor Rafael Salinas Calado. Em 1944 os seus serviços mudaram para novas instalações no edifício da Santa Casa da Misericórdia, onde permaneceu até 1933. Neste ano passou para a Escola Secundária Municipal, na Avenida 5 de Outubro onde se manteve até 2016. No dia 25 de abril transitou para o antigo edifício da Moagem Clemente, no Largo Justino Freire.
A Moagem Clemente foi fundada por Manuel do Nascimento Clemente em 1924 e deixou de operar em 1990. A existência da Moagem e da Igreja de Santiago fez com que o largo fosse chamado ou de Largo do Clemente, ou de Largo de Santiago.
A moagem apresenta três pisos e constitui um exemplar do processo de transformação do cereal em farinha. Usou na sua tecnologia, muito difundida na Europa em finais do século XIX, madeira e ferro, o que também se aplicou em Portugal. Estas moagens reduziram a utilização dos moinhos de vento ou de água, até que deixaram de funcionar.
Com a assinatura do contrato-programa, em 1987, entre a Câmara Municipal de Torres Vedras, e o Instituto Português do Livro e da Leitura (IPLL), a Biblioteca Municipal passou a integrar a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas.
O seu principal objetivo é promover e fornecer meios para o auto-desenvolvimento do indivíduo ou do grupo, em que está inserida.
Iniciámos a visita entrando pelo átrio / Recepção. Subimos ao 1º andar e aí visitámos uma pequena sala, onde se encontra uma exposição de ilustração de Olga Neves, a partir do livro “Saudade Desconhecida” de António Baltazar, um aluno de 16 anos.
No 2º andar está o Serviço de Empréstimos (aqui foi explicado aos visitantes, como se poder adquirir o Cartão de Leitor e o processo de aquisição de livros para ler em casa), Sala Infanto – Juvenil, Sala de Expressão Plástica e Bebeteca, Sala de Periódicos e Audio - Visuais, Sala de Exposições.
No 3º andar há Salas para consulta presencial de documentos (livros, revistas, filmes) e acesso à Internet (rede fixa e wi-fi).
Ainda pudemos fazer: o visionamento de filmes e jogos, audição de cd´s, acesso a equipamento informático (computadores, impressora, scanner) para trabalhos de pesquisa.
E, ainda, existe Serviço Educativo - atividades culturais e educativas, para todos os públicos, acesso à Internet (rede fixa e wi-fi), visionamento de filmes e jogos, audição de cd´s, acesso a equipamento informático (computadores, impressora, scanner) para trabalhos de pesquisa e outros, impressão de documentos e venda de publicações do município. .
Possui um fundo documental de 77000 livros. Deste acervo fazem parte algumas bibliotecas particulares doadas à Câmara Municipal de Torres Vedras.
Destacam-se: a biblioteca particular da torriense Ema Quintas Alves (1915-1993), pelo volume de documentos oferecidos e pela qualidade do acervo bibliográco em várias línguas; o espólio de Adão de Carvalho (1921-2001), que contém sobretudo documentação de fundo local; e a biblioteca particular do torriense Hermínio do Nascimento (1890-1972), que em grande maioria é composta por documentos da área da música.
Há ainda os Serviços Internos.

Maria Rita Sarreira

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