Teve lugar no passado dia 25 de Novembro, nas instalações da AUTITV, uma tertúlia subordinada ao tema dos JOGOS.
Ao entrar na sala, um jogo da macaca desenhado no chão, o jogo da Glória em cima da mesa, cartas espalhadas e outros objectos remetiam imediatamente para o tema e para a nossa infância/adolescência.
A Presidente (Dulce Geraldes) deu as boas vindas a todos mas não deixou de manifestar a sua opinião sobre o facto de haver uma tão reduzida afluência a estes eventos que são organizados com o intuito de promover maior convívio.
A Secretária (Maria Parreirinha), depois de saudar os presentes e de informar que a escolha do tema teve a ver com a possibilidade de, passadas que estão as restrições impostas pela pandemia, a disciplina “Jogos de Cartas” poder voltar a ser leccionada, fez um enquadramento histórico dos jogos, desde a sua remota origem, focando a importância que os mesmos sempre tiveram no desenvolvimento social e cultural da humanidade. Falou nos diferentes tipos de jogos, no prazer a eles associado e na forma como eles estão universalmente ligados ao homem, como se fossem parte da sua componente genética.
jogos físicos e atléticos, dando como exemplo os Jogos Olímpicos, cuja origem e evolução abordou. Falou ainda sobre alguns jogos que se podem tornar viciantes, tendo salientado o Tetris (um dos primeiros a ser jogado em consola/computador/telemóvel) e a Raspadinha em relação à qual teceu comentários que motivaram troca da ideias e experiências, ou seja, o verdadeiro objectivo duma tertúlia. Relembrou ainda vários jogos populares tais como o chinquilho, a macaca, o lenço, o eixo, a bilharda e tantos outros tendo, uma vez mais, promovido conversas entre os presentes.
Foi depois a vez da professora Concha Sousa Martins falar na componente social dos jogos, focando a sua importância para a população mais idosa, já que foi essa a experiência que teve ao leccionar na AUTITV, durante alguns anos, a disciplina já atrás referida. Salientou os benefícios que os jogos podem dar pelo prazer que proporcionam, pelo convívio que promovem e pelo contributo para estimular a memória, o raciocínio, tomadas de decisão e outras habilidades.
Também falou dos diferentes tipos de jogos, dando exemplos de muitos deles, alguns dos quais, por terem sido jogados nas aulas e/ou por serem do conhecimento de parte dos presentes, mereceram comentários e as conversas que se pretendiam nesta tertúlia.
Concluiu a sua apresentação chamando a atenção para a importância da conduta dos jogadores que se pretende que seja SEMPRE correcta: ganhar e perder com o mesmo “fair-play”.
A Presidente (Dulce Geraldes) brindou a assistência cantando o fado “Triste Sina” que
introduziu a surpresa final: Tarot e Cartomância.
introduziu a surpresa final: Tarot e Cartomância.
Dissertou sobre o Tarot, começando por fazer uma abordagem histórica do mesmo. Contou a sua aprendizagem com um familiar, o seu interesse e, consequentemente, a sua experiência neste jogo esotérico que apenas pratica em ambientes familiares ou restritos. Falou sobre o significado da maioria das cartas, tendo mesmo exemplificado, deitando as cartas a uma das alunas presentes que o solicitou. Referiu ainda outras formas de adivinhar o passado e prever o futuro de entre as quais salientou a leitura de borras de café e lançamento de búzios.
Finalmente a Vice-Presidente (Conceição Calhamar) falou sobre a leitura das mãos e o seu contexto histórico, sobre o significado das 4 linhas (coração, cabeça, vida e destino) e outros aspectos relevantes; falou ainda da sua experiência, tendo relatado casos particulares.
Tal como a Presidente, também alertou para os cuidados a ter nestas abordagens que poderão, quando demasiado objectivas, perturbar e causar problemas de ansiedade e outros naqueles que as solicitam.
Concluiu a sua intervenção com 3 máximas (aquilo a que resistes, persiste; o que enfrentas, desaparece e tudo o que fizeres pelos outros fá-lo também por ti) e com uma citação do realizador Manoel de Oliveira: “a inveja dos portugueses é diferente das outras – temos dificuldade em crescer porque a nossa inveja é castradora”
A tertúlia foi animada com a colaboração de todos o que em muito concorreu para que o tempo de duração previsto de 1 hora tenha duplicado.
Concha Sousa Martins
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