Sob a direção de Manuel dos Santos Estevens (1913-2001), iniciou - se o processo para a nova Biblioteca Nacional, em 1951, que segundo proposta de Ministro Duarte Pacheco (1900 -1943) devia ficar integrado na Cidade Universitária.
O arquiteto Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957) foi contratado em 1952, para conduzir o projeto, aprovado em 1955 pelo Ministro das Obras Públicas Engenheiro Arantes de Oliveira (1907 -1962).
Em 1957 morreu Porfírio Pardal Monteiro. Em 1967 a obra é entregue aos sobrinhos António Pardal Monteiro (!928 -2011) e seu filho João Pardal Monteiro ((1954). Em 14 de outubro 1968 iniciou –se a transferência do espólio do antigo Convento de São Francisco em Lisboa. Em 10 de abril de 1969, o Presidente do Conselho de Ministros, Prof. Marcelo Caetano (1906 -1980) e o Presidente da República Almirante Américo Tomaz (1894 -1987) inauguraram o edifício, ainda com alguns setores por funcionar.
Em 14 de outubro 1968 iniciou-se a transferência do espólio do antigo convento de São Francisco em Lisboa. Em 10 de abril de 1969, o Presidente do Conselho, Prof. Marcelo Caetano (1906 -1980) e o Presidente da República Almirante Américo Tomaz (1894 -1987) inauguraram o edifício, ainda com alguns sectores por funcionar.
No exterior apresenta um ajardinamento naturalista, concebido para realçar o edifício e uma arborização junto aos limites do terreno, para promover a defesa contra os ventos e fazer integração paisagística com o parque do Campo Grande, hoje , Jardim Mário Soares.
Apesar do vento agreste e frio, olhámos os baixos relevos da Fachada Principal, obra de Leopoldo de Almeida(1898 -1975) . E um pouco mais longe contemplámos as estátuas de: Eça de Queirós de Álvaro Brée; Fernão Lopes de Martins Correia; Gil Vicente de Joaquim Correia; Luís de Camões de Euclides Vaz.
Entrámos no ANFITEATRO, onde fomos recebidos pela Dra. Isabel Évora, que nos explicou como se construiu o edifício e nomeou os setores, que iriamos visitar.
Ao subir as escadas chamou a nossa atenção para a obra de Raul Lino (1874-1976) nas paredes laterais, dedicada aos Descobrimentos.
Daqui dirigimo-nos para ver o DEPÓSITO LEGAL
É obrigatório entregar ao Depósito Legal 15 exemplares de cada obra impressa ou publicada em qualquer ponto do país, seja qual for a sua natureza e o seu sistema de reprodução, e as impressas no estrangeiro por editor domiciliado em Portugal. Duas ficam na Biblioteca Nacional e as restantes são entregues a outras bibliotecas no país. Estão isentos de depósito legal trabalhos de impressão sem valor como publicação bibliográfica, cartões de visita, cartas e sobrescritos timbrados, facturas comerciais, títulos de valores financeiros, etiquetas, rótulos e calendários, álbuns para colorir, cupões e outros equivalentes.
Também no Depósito Legal entra um exemplar de todos os jornais publicados no país, todas as revistas, documentos cartográficos e iconográficos e reimpressões de obras publicadas há menos de um ano. .
No caso dos jornais, o cumprimento da obrigação do Depósito Legal das edições em formato impresso, pode ser substituída pelo auto-depósito em formato digital.
Ali perto fomos ver a SALA DE PREVENÇÂO E CONSERVAÇÃO
Nesta sala desenvolvem-se atividades de expurgação, conservação e restauro. Pudemos ver os técnicos a trabalhar, e foi-nos explicado como executavam a sua tarefa. Gostámos muito de ver como se fazem os diferentes tipos de restauro. Nesta imagem procede-se ao restauro de um documento antigo.
Em seguida fomos à SALA DE LEITURA.
É acessível a maiores de 18 anos ,mas implica a obtenção de Cartão de Leitor (pago), que deve ser solicitado no balcão da Área de Referência Geral.
Tivemos ainda contato com Catálogo Geral e seu funcionamento.
Visitámos a referida sala ,onde contemplámos a tapeçaria de Portalegre “LEITURA NOVA” de Guilherme Camarinha (1912 -1974).
No 4º andar estão cerca de 350 000 livros. Ocupa um espaço que tem 40 metros de comprimento por 15m de largura. A cada seção chama –se comboio de livros (é um comboio parado). Vimos o seu funcionamento com a Sala de Leitura.
Fomos ainda ver a área de LEITURA PARA DEFICIENTES VISUAIS. Integra e produz, desde 1969, obras em Braille e livros sonoros.
Os serviços estão acessíveis a qualquer cidadão deficiente visual, que tem de fazer a sua inscrição. As obras podem ser requisitadas. Também se emprestam obras em Braille, ou o fornecimento de fotocópias.
Para terminar a visita, tirámos uma foto com a Dra. Isabel e agradecemos o seu óptimo trabalho. Fizemos, em seguida um intervalo de 15 minutos.
Em seguida atravessámos o Jardim Mário Soares.
E, dirigimo-nos para a Igreja dos Santos Reis Magos (vulgo do Campo Grande).
IGREJA DOS SANTOS REIS MAGOS
Remonta ao séc. XVI. Foi quase destruída pelo terramoto de 1755. A fachada apresenta novo projeto com um portal rematado por cornija rematado com chaveta , sobrepujado de 3 janelões e um oculo remontado no frontão triangular encimado de cruz, datada do final do séc. XIX.
No interior salientamos o retábulo de talha dourada no altar – mor com cenas figuradas dos Reis Magos, no alçado lateral da Epistola cenas da Natividade e cenas da Circuncisão no alçado lateral do Evangelho.
Maria Rita Sarreira