22/04/2024

Visita à Fábrica de Azulejos de Sant`Anna e exposição de Cerâmica - Sementes - patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência


No âmbito das disciplinas de “Pintura de Azulejo”, “Cerâmica” e de “Decoração Cerâmica”, no passado dia 19 de Abril, um grupo de 16 seniores da AUTITV, deslocaram-se a Lisboa, a fim de visitar a Fábrica de Azulejos de Sant`Anna e apreciar uma exposição de Cerâmica - Sementes -, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência.

I

A parte da manhã
foi dedicada a visitar a Fábrica de Sant`Anna (uma empresa portuguesa que produz faianças e azulejos), actualmente instalada na Calçada da Boa Hora: aí, uma guia (funcionária da loja da fábrica) acompanhou o grupo dentro do espaço fabril e explicou todo o processo de fabricação artesanal de azulejos e de faianças, desde a sua modelação em crú até à queima nos grandes fornos elétricos aí instalados.
Ainda e também : (i) foram mostrados alguns moldes de fabricação de faiança e azulejos, que a fábrica mantém desde o século XVIII (cerca de 8000 moldes), (ii) foi possível observar um dos antigos e enormes fornos alimentados, continuamente, a lenha, durante 48 horas e que, por uma questão de segurança, foram substituídos pelos actuais fornos elétricos, (iii) e também aconteceu a oportunidade de visitar várias salas de exposição com variados painéis de azulejos, com figuras de “etiqueta” e outras figuras do povo, assim como faiança decorativa. Foi possível ver de perto o trabalho dos pintores artistas de azulejos que trabalham há décadas naquela fábrica tradicional. No final da visita, foi feita uma pequena pausa apreciando as diversas peças (azulejos e faianças) na “Loja da Fábrica”.


Nota - A fábrica de Sant`Anna é uma empresa portuguesa de cerâmica que produz faiança e azulejos por métodos inteiramente artesanais, desde a preparação do barro até à vidração e pintura manual. Mantém os mesmos processos de fabricação artesanal desde 1741, data da sua fundação. É o último reduto/fábrica do mundo a produzir faianças e azulejos segundo a arte tradicional artesanal portuguesa e teve a sua origem numa pequena olaria de produção de louça utilitária (de barro vermelho não vidrado), situada perto da Basílica da Estrela em Lisboa.

II


A parte da tarde
foi dedicada a apreciar a exposição temporária de escultura “Sementes”, de Maya Fernandes Kompe, uma artista alemã a viver e trabalhar, como escultora cerâmica, em Portugal.

A metodologia de trabalho da artista consiste em “observar, fotografar, recolher e ampliar sementes”, neste caso, na sua maioria autóctones da região do Alentejo. Para a interpretação artística das sementes utiliza microscópios e instalações técnicas para obter imagens aumentadas das sementes. As cores utilizadas nas esculturas são as cores das plantas que as sementes representam, não se pretendendo uma representação 100% naturalista.

Fazendo parte da exposição e em seu complemento existe uma caixa com sementes e com luz e com lupa (para observação das sementes), um livro de informação científica das plantas e ainda um vídeo onde se podia visualizar o processo artístico da artista.

Todo o trabalho artístico desta exposição liga-se com a temática do “Museu de História Natural e Ciência”, no Programa “Arte, Natureza e Ciência”. Neste âmbito, o resto da tarde foi dedicado a visitar algumas coleções do referido museu. O destaque vai para as coleções de mineralogia (um encanto!), zoologia e botânica.

Nota - O museu faz parte do património cultural da “Universidade de Lisboa” e está instalado no edifício da Escola Politécnica, tendo tido a sua origem no “Real Museu de História Natural e Jardim Botânico” criado na segunda metade do século XVIII.

                                                                                                                 Conceição Anes
                                                                                                                Patrícia Ballu
                                                                                                                    Salvador Ferreira

1 comentário:

Ana Marcelino disse...

Uma experiência muito interessante, regressei um pouco mais “rica”, bem hajam professores