10/12/2024

08/12/2024

Andiamo al Cinema!_Matrimónio à Italiana


Na tarde de 6 de dezembro, um grupo de sócios da AUTITV assistiu ao filme Matrimónio à Italiana.

Baseado na comédia teatral, Filumena Marturano, de Eduardo De Filippo, o filme tem por cenário a cidade de Nápoles.

Domenico Soriano, um bem sucedido empresário napolitano, tem uma tumultuosa relação, há mais de vinte anos, com uma antiga prostituta de nome Filumena Marturano.

Um dia, ao receber a noticia de que Domenico pensa casar-se com uma jovem empregada, Filumena finge estar à beira da morte.

Realização: Vittorio De Sica

Interpretação: Sofia Loren e Marcello Mastroianni

06/12/2024

Assembleia Geral Ordinária_05.12.2024


Realizou-se no passado dia 5 de dezembro de 2024, pelas 14h30, nas instalações da AUTITV, a Assembleia Geral Ordinária onde foram aprovados por unanimidade a proposta de aumento da propina de aluno e Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2025.

05/12/2024

QUANDO A HISTÓRIA GANHA VIDA


Vivemos num tempo saturado de imagens. Então, como se explica que as iluminuras medievais continuem a fascinar o nosso olhar? A professora Manuela Catarino veio à nossa Universidade desvendar a razão. “À descoberta das iluminuras medievais” foi o tema que nos propôs para a palestra realizada em 28 de Novembro passado. Quem lá esteve maravilhou-se com as imagens projectadas e as explicações que delas foram ouvindo. O tempo evocado foi o da baixa Idade Média, séculos XIV e primeira metade do XV, quando ainda não tinha sido inventada a impressão de letras através de caracteres móveis. Era o tempo dos manuscritos, laboriosamente produzidos nos “scriptoria”, sobre “pergaminhos”. A palestrante explicou todo esse processo, ilustrando com imagens retiradas de livros antigos. Como eram preparadas as peles dos animais – bezerros, ovelhas ou cabras –, processo moroso, a exigir técnicas apuradas. Ou o fabrico de tintas, que usavam os mais variados ingredientes, desde minerais, sangue de animais, insectos esmagados, noz de galha mais vinho branco, pigmentos feitos a partir da clara e gema do ovo ou da cera de abelha. Como eram feitos os acabamentos. As iluminuras surgiam depois, ilustrando as letras capitulares, as margens dos livros manuscritos ou páginas inteiras, em desenhos esplendorosamente pintados que trazem até nós o quotidiano dessas épocas: as caçadas dos nobres, as guerras da cavalaria, o trabalho dos camponeses, dos mesteirais, dos pescadores. Outras vezes tais iluminuras são inspiradas por uma criatividade que não recua perante as conveniências sociais, invertendo a ordem natural das coisas, mostrando cenas de pessoas em “atitudes baixas”, imagens carregadas de irónica visualização da vida.


A perfeição de tais fabricos é atestada pela longevidade dos produtos. Muitos dos antigos códices manuscritos e iluminados estão hoje nos museus ou disponíveis através da internet. Muitos são portugueses, muitos mais estão em França, na Inglaterra, nos territórios das actuais nações como a Itália, a Alemanha ou a Áustria, onde existiam as grandes abadias, as catedrais com seus numerosos eclesiásticos, os palácios…
Sim, o nosso fascínio perante as iluminuras tem várias razões, como bem mostrou a professora Manuela Catarino. Não apenas a sua qualidade técnica e artística mas, sobretudo, o facto de cada uma ser única e irrepetível – exactamente o contrário das imagens actuais que saturam o nosso quotidiano.

Joaquim Moedas Duarte