27/02/2018

Museu de Arte Antiga

foto de: António Lourenço Luis

No âmbito da disciplina "História de Portugal", realizou-se, no dia 22 de Fevereiro, uma visita de estudo ao Museu de Arte Antiga, cuja organização esteve a cargo da Professora Rita Sarreira.

O aluno João Gouveia, fez o seguinte relato:

"AÇUCAR DA MADEIRA POR PINTURA DA FLANDRES


Um regresso ao passado (século XV e XVI), quando não havia moeda nem museus. Quando muitos negócios eram viabilizados não em dinheiro (moeda padrão) mas por intermédio da permuta de bens e valores. Foi neste cenário que os seniores da AUTITV - Universidade Sénior foram ver, no Museu de Arte Antiga, algumas espécies de pintura da Flandres e da sua ligação à produção de açúcar na Ilha da Madeira.
Pinturas célebres eternizadas, açúcar que teve o seu ciclo. Escrever no presente vivências do passado implica situar no tempo sem causar desvirtuação. Da nossa juventude temos recordações da apanha e do transporte da cana sacarina, bem como da laboração dos engenhos que produziam o açúcar. Um trabalho árduo.
Anos ricos do denominado "ouro branco" que foi uma das principais riquezas de Portugal de há 600 anos. A apanha da cana sacarina era, à data, um trabalho de "escravatura". Penoso e mal pago. Os dois engenhos que hoje laboram (Calheta e Porto da Cruz) são praticamente ténues referências do passado. Não produzem açúcar mas apenas mel e aguardente.
Nos séculos XV e XVI, a produção do açúcar madeirense atingiu proporções elevadas ao ponto de se tornar numa das principais fontes de receitas do reino. Grande parte da produção era exportada para a Europa. Foi neste âmbito multissecular da economia europeia que, o açúcar produzido na maior ilha atlântica portuguesa, foi comercializado, em parte, por troca com a pintura flamenga, ourivesaria e escultura.  
As oitenta e seis peças expostas no Museu Nacional de Arte Antiga, em permanência temporária, fazem parte do espólio maioritariamente existente no Museu de Arte Sacra do Funchal, onde podemos ver muitas mais obras de pintura, ourivesaria e escultura originárias da Flandres e inclusive do Oriente. Um património histórico-cultural nacional e europeu conotado com o negócio do açúcar."

J.G.

Palestra - A cidade de Torres Vedras e as suas referências toponímicas - 15 de Março


26/02/2018

Frutoeste


A Professora da disciplina "Desenvolvimento Local", Palmira Cipriano Lopes, realizou, no dia 23 de Fevereiro, uma visita de estudo à FRUTOESTE, com o objectivo de conhecer uma empresa cooperativa, a forma de administração associativa no ramo da actividade frutícola e a sua importância para o desenvolvimento sócio/económico da região.

Texto de Maria Manuela Estêvão:

No dia 23 de Fevereiro, a Professora da disciplina Desenvolvimento Local, Palmira Lopes, organizou uma visita de estudo à Frutoeste - Cooperativa Agrícola de Horto Fruticultores do Oeste, situada na freguesia da Azueira, concelho de Mafra. 

A Cooperativa foi criada em 1977 com 19 associados e actualmente conta com cerca de 160. Com a criação da central fruteira, em 1988, os associados aumentaram muito a área de produção.



A turma de seniores foi recebida por uma jovem, mas experiente engenheira que forneceu toda a informação sobre o acompanhamento do pomar durante o ano e lembrou que não se pode descurar os tratamentos e a vigilância da sua evolução, para que o resultado final seja o melhor, em termos de produção e qualidade.
A Frutoeste recebe entre 8 a 10 mil toneladas de pêra rocha por ano e recebe também limão e maçãs.
A pêra rocha é uma fruta competitiva porque tem uma grande capacidade de conservação ao frio e de resistência.

Em Portugal há várias zonas de pera rocha mas as condições climatéricas do Oeste fazem com que aqui seja a maior zona de produção e com qualidades acrescidas, segundo informação do senhor Domingos Santos, Director da Frutoeste.
A região Oeste exportou em 2013 cerca de 52640 toneladas de pera rocha para os seguintes países: Reino Unido, Brasil, França, Irlanda, Rússia, Suiça, Polónia, Países Baixos, Marrocos, Canadá e Espanha.
Numa zona da fábrica assistimos à calibragem e à embalagem da pêra e do limão, através de mecanismos modernos até ao seu acondicionamento acompanhado pelo trabalho atento e hábil dos funcionários.
Foi uma interessante visita que nos deixou a meditar sobre todo o processo de envolvimento da pêra desde o produtor até chegar à nossa mesa. 

M.E.

08/02/2018

Carnaval na AUTITV


No dia 8 de Fevereiro, realizou-se, uma vez mais, a tradicional festa de Carnaval da AUTITV.

Com trajes a rigor e com muita alegria e boa disposição, um grupo de alunos fez a festa, dentro e fora...!!!

O frio que se fazia sentir não os demoveu...
Todos sairam do seu espaço de conforto e deslocaram-se até ao "monumento do carnaval", à Câmara Municipal e ainda desfilaram por diversas artérias da cidade...!!!


























05/02/2018

Fundação Calouste Gulbenkian


A AUTITV realizou uma visita de estudo à Fundação Calouste Gulbenkian, no dia 2 de Fevereiro, cuja organização esteve a cargo do Professor José Travanca.

A aluna da AUTITV, Conceição Pereira, fez o seguinte relato:


"No dia 2 de Fevereiro, o Dr. José Travanca, professor da disciplina "A Memória das Palavras" levou os alunos à Fundação Gulbenkian para visitarem a Exposição de Arte Moderna e assistirem a um Concerto no Grande Auditório.
Falou-se da arte e da relação desta com o observador; o que é a realidade e a sua representação desde o pensamento de Platão, na Antiguidade Clássica e de outros filósofos ao longo dos séculos até aos contemporâneos.
Parámos junto de algumas obras da Exposição. Começámos por observar uma instalação de Almeida Carneiro, o retrato do pintor Mário Eloy, um busto de Victor Hugo da autoria do escultor Rodin; O Homem Vermelho, do escultor/gravador, primeiro hiper-realista português, Sérgio Pombo; fotografias e instalações de Helena Almeida e Túlia Saldanha.
Concluímos que as técnicas e as estéticas de cada obra são linguagens usadas pelos artistas fazendo de cada obra uma narrativa. O que define uma verdadeira obra de arte é quando o autor, nessa obra, consegue sintetizar as linguagens do passado e do presente projectando-se no futuro.
É por isso que a arte, em especial a moderna nos interpela: donde viemos, onde estamos e para onde vamos? É um diálogo entre passado, presente e futuro. Sendo assim, a História de Arte acompanha toda a História da Humanidade.
No Grande Auditório assistimos a um Concerto pelo Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian com dois solistas, o barítono americano Thomas Hampson e a soprano Miah Persson. Do programa faziam parte obras do compositor checo A. Dvorak - Canções Bíblicas e do compositor alemão J. Brahms - Um Requiem Alemão.
Estas duas obras, de grande beleza e sensibilidade musical são dignas de nota e das excelentes execuções do Coro e da Orquestra, destaco ainda as extraordinárias interpretações dos solistas.
Depois deste maravilhoso espectáculo todos ficámos de alma cheia e regressámos felizes a Torres Vedras... com desejo de voltar...
Agradecemos ao nosso professor Dr. Travanca ter escolhido para nós este belíssimo programa. 
Para orgulho de todos os Torrienses recordo que a soprano Susana Duarte e os tenores Jorge Leiria e António Gonçalves (maestro da Camerata Vocal de Torres Vedras) fazem parte do Coro Gulbenkian."
C.P.
            


















Arquivo Nacional da Torre do Tombo - 16 de Março


Comemoração do Dia da Poesia - Domus - 21 de Março


VII Encontro de Poesia das U. S. do Oeste - Nazaré


Assembleia Geral Ordinária - 1 de Março


04/02/2018

Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves


No dia 1 de Fevereiro alunos da disciplina de "História de Portugal" visitaram a Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, no âmbito de uma visita de estudo organizada pela Professora da  referida disciplina, Rita Sarreira.

Trata-se de uma casa situada em Lisboa, na Avenida 5 de Outubro, mandada construir por José Malhoa, em 1904, a qual foi distinguida com o prémio Valmor, em 1905.










Em 1932 foi comprada, em hasta pública, pelo médico oftalmologista e coleccionador de arte Anastácio Gonçalves, que aqui viveu até à sua morte, em 1965.

Cumprindo a vontade do seu proprietário (Dr. Anastácio Gonçalves), o edifício foi legado ao Estado Português para criar um Museu, que abriu ao público no ano de 1980.

Após algumas obras de ampliação realizadas em 1996, a casa-museu reabriu em Dezembro de 1997, onde se encontram cerca de 3000 peças, distribuídas por núcleos de ourivesaria civil e sacra, cerâmica europeia, têxteis, numismática, medalhista, vidros, relógios de bolso de fabrico suíço e francês, desenhos, aguarelas, pinturas e pequenos artefactos que pertenciam ao espólio do pintor Silva Porto e ainda pintura portuguesa de Malhoa, António Ramalho, João Vaz, Domingos Sequeira e Columbano.