28/02/2019

Museu do Papel, um museu vivo!!!

Implantado em duas antigas fábricas de produção de papel, do início do séc. XIX e inaugurado em 2001, com instalações renovadas, visitá-lo foi fazer uma viagem no tempo. 
Após a nossa chegada, foi-nos exibido um pequeno filme referente à laboração, testemunhos feitos na primeira pessoa. Foram-nos mostradas as instalações e explicado a função de cada objeto que ia surgindo: vimos as máquinas, os utensílios, os trapos (feitos de roupa usada, matéria prima para fabricar papel), os moldes de fabrico folha a folha, os papéis fabricados, os locais onde estas folhas eram secas… 
Edifício construído junto a um curso de água, essencial para o funcionamento das máquinas de então. Produzir papel era um trabalho árduo!!! 
A guia que nos conduziu através do Museu, fê-lo com emoção, de uma forma que nos transportou à época. Foi como se nos cruzássemos com os operários em plena laboração. 
Na nossa aula, valorizamos o papel, reutilizamos, damos-lhe novas formas e novas utilidades. Visitar este Museu, ajuda a valorizá-lo ainda mais, pelo trabalho difícil que os nossos antepassados tiveram na sua produção.Por vezes, tão facilmente é deitado no lixo! 
Foi excelente!!! 
O grupo visitou também o Convento Museu dos Lóios, dedicado à arqueologia e profissões quase extintas. Também uma exposição de pintura. Muito bem organizado e onde fomos muito bem recebidos. 

O Castelo não precisa de apresentações: é lindo, e pronto!!! 
Um agradecimento a todas as alunas da Oficina do Papel pela adesão ao passeio, a todos os restantes elementos que nos acompanharam e à AUTITV, pela ajuda na organização. 

(Maria Cristina Cunha)



Visita de estudo realizada a 22 de Fevereiro de 2019


Opiniões:

Santa Maria da Feira 
Fomos convidados a visitar, 
Em boa hora o fizemos 
Foi um dia espetacular! 


Visitámos o Museu do Papel, 
Onde muita informação nos foi dada,
Tanto em matéria-prima,
Como em máquinas usadas.



Já a hora do almoço
Foi de muita descontração,
Comemos, bebemos e rimos…,

Tudo bom, pois então!!!

Museu Convento dos Lóios,
Espaço dedicado à História e ao Património,
Bastante interessante
Na diversidade cultural e regional

O Castelo, então!!!
Com as suas muralhas em alvenaria e cantarias em pedra,
Ergue-se, em estilo barroco, a Capela de Nª Sr.ª da Encarnação,
Para nossa admiração.

No final desta visita,
Ficou a confirmação:
Como o dia foi produtivo,
Em saber e boa disposição.

E… para quem quer ver
Tudo ao pormenor,
Vejam as fotos dos álbuns,
Ficam com uma ideia muito melhor!!!

(Maria Amália Gomes)

25/02/2019

Fátima e Fado, na história de Portugal


Fátima está ligada ao Fado e… ao Futebol. Lembram-se? Os três efes (FFF) que o Estado Novo terá elevado como bandeiras de Portugal e que muita crítica Salazar recebeu. Pois os três efes nunca foram tão sublimados como agora. N. Sr.ª de Fátima continua a ser o altar do mundo; o Fado passou a Património Imaterial da Humanidade e o Futebol promoveu Portugal a campeão da Europa (feito inédito) e a ver um seu futebolista eleito como o melhor do mundo.
Fomos pelos caminhos da história ao encontro de factos mais relevantes e menos conhecidos. A igreja de N.ª Sr.ª de Fátima, inaugurada em 1938, em Lisboa, com os seus impressionantes vitrais, é um assomo extraordinário. Já o Museu do Fado, fundado há duas décadas, talvez 
ainda não tenha tido tempo para mostrar toda a história fadista, mais que centenária.
Com guias conhecedores das instituições, fomos em “visita de estudo” à igreja de N. Sr.ª de Fátima e ao Museu do Fado. Uma iniciativa oportuna da Prof.ª Maria Rita Sarreira (História Local e História de Portugal), cuja narrativa histórica disponibilizou aos participantes e que a seguir se transcreve:

(João Gouveia)


IGREJA DE N.SR.ª FÁTIMA
“O projecto da igreja de N. Sr.ª de Fátima, foi entregue ao arquiteto Porfírio Pardal Monteiro pelo Cardeal Patriarca. Na época foi muito contestado pelos católicos conservadores. A planta é retangular e estamos perante um edifício de grandes proporções com linhas direitas e formas geométricas, com uma linguagem modernista, na assimetria, na cobertura, uso do betão e influências da art déco.

A fachada principal é retilínea e orientada a nascente. Do lado esquerdo apresenta um cunhal mais alto do que o edifício, onde está a imagem de Nª Sª de Fátima, de António Costa (1889-1970) com uma tocha em cantaria de calcário.

É rasgado por três janelões retangulares com vitrais desenhados por Almada Negreiros (1893-1970). A zona inferior, apresenta um corpo saliente coroado por 13 edículas retangulares com Jesus e os Apóstolo de FranciscoFranco (1885 -1955). A torre sineira assimétrica surge do lado direito com 45 m de altura. Está rematada em coruchéu otogonal com catavento de bronze no topo.

A fachada frontal e a posterior ostentam cruz latina. A capela-mór forma um polígono de cinco faces marcadas por vitrais inscritos em quadros com molduras. Na base da capela-mor estão no 1º piso as 
capelas mortuárias e no 2º andar o cartório e a sacrist Junto aos portais há pias de água benta poligonais sobre mísulas. O arco principal triunfal, lembra a arte bizantina, com pintura de 
Cristo ao centro e a inscrição em latim “Ofereceu-se a si mesmo a Deus, sem mácula”.

Os frescos murais são do pintor Lino António, com representação de figuras da igreja (Arca de Noé, Tabernáculo de Deus, Jerusalém Celeste, Barca de Pedro), tendo no centro a âncora da Esperança com peixes, os Patriarcas e Sacerdotes da Antiga Lei (Abel, Abraão, Melquisedec), veados e anjos.

Na entrada, está um vitral de Almada Negreiro que representa a Santíssima Trindade com a companhia do Calvário, (Maria, Madalena e João) e figuras de guerreiro e da hierarquia, mas também anjos (2 com trombetas). O outro vitral, de Almada Negreiros, o maior na cabeceira da igreja em polígono penta facetado, apresenta os anjos cantores e músicos, em sinfonia, numa mancha azul celeste, cantando os louvores a Deus.

Por detrás do altar–mor está o sacrário num cibório composto por mármores em cantaria, onde surge uma estrutura de 4 pilares que sustentam a cobertura piramidal, forrada a mosaico dourado e com 
símbolos eucarísticos que amparam o trono expositivo de 5 degraus escalonados.
O espaço que comporta o altar é coberto de um teto plano, onde surge a figura do Espírito Santo com um fundo azul.

Ao fundo, vemos as 4 figuras aladas aplicadas aos 4 Evangelistas. O coro-alto tem uma varanda pintada com o Coração da Virgem ao centro, é franqueado por santos portugueses (Teotónio, Bento Nuno Alvares, João de Deus, Gonçalo, António, e João de Brito) e do lado oposto santas portuguesas (Virgens Júlia e Máxima, Beata Teresa, Santa Isabel, Santa Luzia e a Beata Beatriz) frescos de Lino António.

Sobre o coro ergue-se um grande órgão iluminado por vãos protegidos por vitral, compondo uma crucifixão tripartida. As naves laterais estão iluminadas por 2 frestas com vitrais a representar turíbulos. São dedicadas a Santo António, Nossa Senhora do Carmo e Sagrado Coração de Jesus no lado do Evangelho e no lado da Epistola a Santa Teresinha, S. José e Nossa Senhora das Dores.

O batistério é da autoria de José de Almada Negreiros, os vitrais, os mosaicos, as pinturas, o gradeamento de ferro (da autoria de Júlio Ferry Borges) com figurações de água (purificação) peixes (ícone dos cristãos), árvores (árvore da vida) É constituído por um corpo de planta circular, no centro a pia batismal com a estátua de S. João Batista de Leopoldo de Almeida.

No lado esquerdo de quem entra, está um vital que representa a expulsão do Paraíso de Adão e Eva, lembrando-nos que por isso somos batizados. Na abóbada do teto tem pombas (Espírito Santo), ovelhas (os cristãos) em pastagens verdejantes e os veados. Ao entrar a cota é de grande desnível, símbolo da entrada do batizado para a assembleia.

O presépio de Maria Amélia Carvalheira está no último altar, ao fundo, do lado esquerdo da Igreja. É um presépio sóbrio, simples, moderno e sereno”.

MUSEU DO FADO

“O fado nasceu, no séc. XIX, nos contextos populares de convívio e alegria. Manifestava-se nas hortas, nas esperas de touros, nas ruas e vielas, nas tabernas...cantavam-se as narrativas do quotidiano. Está presente no episódio lendário de envolvimento da Severa com o conde Vimioso. Participava nas festas de beneficência, nas cegadas representadas nas ruas, nas verbenas, nas associações e nas coletividades.

Com a censura em 1926, o Fado sofreu profundas mutações, passa a ser regulado por licenças e empresas suas promotoras e exige-se carteira profissional e contratos. Vai-se afastando do improviso, obriga à especialização dos intérpretes, autores e músicos, marca presença na rádio, na sétima arte e na televisão”.

(Prof.ª Maria Rita Sarreira)

18/02/2019

Museu Nacional de Arte Antiga

Visita à exposição "Terra Adentro", do pintor espanhol Joaquín Sorolla, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, no dia 14 de Fevereiro 2019, pelos alunos da Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras


Um grupo de 44 alunos desta Universidade, maioritariamente das disciplinas de Artes, deslocou-se a Lisboa para uma visita à exposição “Terra Adentro”, do pintor espanhol Joaquín Sorolla y Bastida (1863-1923), o mestre nascido em Valência, conhecido em Espanha como "o grande pintor da luz".
A exposição reúne mais de uma centena de quadros daquele pintor, provenientes do Museu Sorolla, de Madrid e de coleções particulares de Espanha, predominando as paisagens que o mestre espanhol do `ar livre` e da `luz intensa` executou nas suas viagens pela Espanha da viragem do século XIX para o século XX, desde a sua Valência natal até ao País Basco e à Andaluzia.
Durante toda a visita, acompanhada por profissionais guias técnicos do museu, os alunos foram unânimes em concordar que se tratava de uma mostra essencial não só no plano cultural, mas preenchendo também uma função pedagógica durante a análise das várias obras, dominadas por contrastes de luz e sombra, cores brilhantes e pinceladas vigorosas, que marcam o movimento, a textura dos tecidos e dos materiais retratados, e a transparência da água do mar.
A primeira exposição individual de Sorolla, fora de Espanha, teve lugar nos Estados Unidos da América, em 1909, na Hispanic Society de Nova Iorque. O sucesso da crítica abriu outros palcos internacionais ao pintor e fez com que o Presidente norte-americano William Taft o escolhesse para fazer o seu retrato oficial.
A exposição no MNAA, em Lisboa, tem data de fecho marcada para 31 de março de 2019, seguindo-se uma grande exposição antológica que a National Gallery de Londres prepara para a primavera de 2019, dedicada ao pintor espanhol.

* * *

Aproveitando esta visita, alguns colegas não quiseram perder a oportunidade de se deslocar à sala onde se encontra temporariamente a famosa tela “Maria Madalena Penitente” do conhecido pintor renascentista, Ticiano (1488 – Veneza 1576), emprestada pelo Museu Hermitage de S. Petersburg.
Ainda houve tempo para apreciar o nosso Domingos Sequeira (1768/1837), na sua relevante obra “Adoração dos Magos”, adquirida em leilão internacional pelo MNAA em 2016, através de pedido de contribuição online de mecenas, passando pelos “Painéis de S. Vicente” de Nuno Gonçalves, na mesma sala e espreitando uma vez mais o Ieronymus Bosch com “As Tentações de S. Antão”.

Ficamos a aguardar nova exposição de arte, para breve.

(Julieta Abano)

16/02/2019

Visita à Casa Fernando Pessoa, Percurso Pessoano e Martinho da Arcada


Sexta-feira, 15 de fevereiro/19 levou os alunos de Literatura até Lisboa, na "rota de Pessoa".

Começámos a visita pela casa onde o Poeta viveu os últimos anos de vida, a designada "Casa de Fernando Pessoa"; recebemos informações diversas sobre o Homem, a Obra e a sua envolvência familiar, social, literária, política...

Percorremos animadamente os caminhos de Pessoa, do Largo de S. Carlos o "Largo da sua aldeia" (ler poema), até ao Martinho da Arcada onde, em tertúlia, saboreámos o estaladiço pastel de nata. As diversas paragens deste agradável dia literário foram ilustradas com a declamação de poemas alusivos (acessíveis na Autitv, bem como outros materiais).
  
À laia de agradecimento a quem, como eu, se cultivou e divertiu, este pensamento:

                           Chamava-se Fernando em pessoa
        
        Pessoas mil em Fernando                   Pessoas...pessoas vivia
          
                                   Esse Pessoa ao comando

Odete Bento
Professora organizadora da visita


Apreciação dos participantes:

Carta a Pessoa

Caro Pessoa,

Afinal não és louco, és um génio! Já suspeitava! É sempre fácil chamarmos loucos aos que não entendemos.

É verdade que não te entendo, mas admiro-te. Tudo tocaste, tudo criticaste; em tudo meteste a mão, ou a pena, melhor dizendo, em tudo te embrenhaste com grande curiosidade, grande sabedoria, engenho e arte.

Mas ó Pessoa... ó Pessoas quanto do vosso saber, dos vossos versos, dos vossos escritos são cabelos brancos no meu pensar, finas persianas no meu olhar! Abro os olhos para logo os semicerrar na busca, inconstante, incessante, do procurar! Procurar, o quê?

Aquilo que não percebo arrasta-me solenemente na melodia do teu cantar; aquilo que bem no fundo não vejo, traz-me a luz de um quadro imaginado... não igual ao teu, bem sei... mas alimentado pela tua verve, pelo movimento, pela luz, pelo espaço, pela forma descritiva, sentida, pela arquitectura do teu falar.

Despeço-me com o orgulho de seres um português no mundo.

Bebo-te inspiradamente...com açucar.


A tua Bica


(Maria Manuela Braga)



11/02/2019

Os monumentos classificados do Concelho de Torres Vedras

Joaquim Moedas Duarte, membro da direção da Associação de Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras, bem conhecedor dos Monumentos da cidade e concelho de Torres Vedras, proferiu no passado dia 8 de Fevereiro, na Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras, uma palestra sobre o assunto. Qual o processo de classificação dos monumentos? Quem decide sobre isso? - foram algumas das questões iniciais que colocou. Começou por citar Pierre Nora, historiador francês nosso contemporâneo, que definiu o conceito de “monumento” como sendo “toda a unidade significativa, de ordem material ou ideal, que a vontade dos homens ou o trabalho do tempo converteu em elemento simbólico de património memorial de uma comunidade qualquer”. 
Recorreu, depois, a alguns escritores portugueses do século XIX que se referiram ao vandalismo e abandono dos vestígios do nosso património, referindo Almeida Garret (Viagens na Minha Terra), Alexandre Herculano (Monumentos Pátrios) e Ramalho Ortigão (O culto da Arte em Portugal). Recordou que em 1881 o arquiteto Joaquim Possidónio da Silva criou a Real Associação dos Arquitetos Civis e Arqueólogos Portugueses, a qual foi encarregada pelo Ministério das Obras Públicas de elaborar um relatório e mapa de edifícios que deveriam ser classificados como monumentos nacionais.
No fim da Monarquia, em Junho de 1911, foi publicada a primeira lista com os Monumentos Nacionais, em que se incluíam o Convento do Varatojo, a Igreja de São Pedro e a Ermida de Nossa Senhora do Amial. 
Entrando mais concretamente no tema da palestra, sublinhou a importância da Lei de Bases do Património Cultural, - Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro, a qual define como “património cultural” “ todos os bens que, sendo testemunhos com valor da civilização ou de cultura portadores de interesse cultural relevante, devem ser objeto de especial proteção e valorização”. Uma das formas de o fazer é classificar o património edificado, quer seja monumento, conjunto ou sítio – e é o Decreto-Lei nº. 309/2009,de 23 de Setembro, que define os procedimentos para classificação dos bens imóveis.
Prosseguindo, o palestrante fez uma abordagem sistematizada de todos os monumentos torrienses que foram objeto de classificação, enumerando-os de acordo com o grau de importância.
Primeiro, os Monumentos Nacionais de Torres Vedras. Com características religiosas: Igreja de São Pedro, Trechos românicos da Igreja de Santa Maria do Castelo, Ermida de Nossa Senhora do Amial e Convento de Varatojo; património de arquitetura Civil: Aqueduto (seculo XVI), Chafariz dos Canos, Castro do Zambujal Tholos do Barro e Gruta da Ermegeira. Depois, os Imóveis de Interesse público: Grutas da Maceira, Castro da Fórnea, Ruinas do Convento de Penafirme, Ermida do Sirol, Igreja de Dois Portos, Igreja de Matacães, Santuário do Senhor do Calvário, Quinta das Lapas, Asilo dos Inválidos Militares de Runa, Castelo de Torres, Capela e Forte de São Vicente, Igreja e Convento da Graça, Igreja de Santiago, Igreja do Turcifal, Igreja da Freiria, Povoado e Capela da Serra do Socorro, Estancia Termal dos Cucos e Azenha de Santa Cruz. Finalmente, os Imóveis de Interesse Concelhio: Casa solarenga da Quinta do Juncal e Casa da Quinta Nova, ambos em Matacães.
Moedas Duarte terminou a sua palestra com este conselho: “A melhor forma de defender o nosso património cultural é conhece-lo melhor”.
Já no final, o autor referiu-nos que se encontram em fase de apreciação para possível classificação, o Solar da Quinta Velha do Espanhol e o conjunto das fortificações das Linhas de Torres Vedras. 

(Joaquim Cosme)



04/02/2019

O Albinismo (Ação de informação)


No dia 1 de fevereiro, a Associação Kanimambo, Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, através dos seus membros Gonçalo Oliveira e Leonor Ferreira realizou uma ação de informação na AUTITV, sobre a temática do Albinismo.
Através da exposição de ambos, para além de conhecermos mais sobre as caraterísticas do albinismo, ficámos a saber qual a ação da instituição desenvolvida em Moçambique e a problemática social que envolve os indivíduos que nascem com estas caraterísticas nos países em desenvolvimento.
Os ataques a pessoas com albinismo estão associados a um contexto de discriminação e a mitos. Em Moçambique, no contexto cultural e religioso, existem crenças que estas pessoas, devido à “ausência” de cor na pele, olhos e cabelo, são por um lado, uma maldição para a família e comunidade, “são fantasmas” e por outro têm poder, as partes do seu corpo dão saúde e sorte, quando usadas em poções e amuletos.
Este mito torna a diferença extremamente perigosa para quem é portador de albinismo. São pessoas perseguidas, sujeitas a mutilações e à morte.
A Kanimambo promove e apoia a integração social das pessoas com albinismo, nos países lusófonos, em especial em Moçambique, através da informação, educação e angariação de produtos de proteção solar (protetores solares, cicatrizantes, óculos graduados e óculos de sol com proteção UV, chapéus) e de inserção social (roupa, material, escolar e brinquedos).
Os sócios da AUTITV presentes, fizeram várias intervenções (colocaram dúvidas, pedidos de esclarecimentos, apresentação de exemplos, etc.) durante a exposição contribuindo desta forma para a dinamização da ação.
No final da exposição, a AUTITV, através de dois elementos da direção, presenteou os oradores com duas lembranças, em cerâmica, executadas e doadas pelo aluno José Neves Andrade.
Foi visível o interesse da temática por parte dos participantes. Após a intervenção a maioria dos presentes ficou a conversar com os oradores sobre o assunto e a equacionar potenciais ações a desenvolver para colaborarem com a ONG.


(Isabel Bernardo)