28/05/2023

A GARE


Talvez se lembrem, as menos jovens, da polémica que era entrar no comboio das 5 horas da manhã e no regresso às 20:01 horas, para irmos estudar para Lisboa. Filas enormes de soldados que vinham de Leiria, outros que entravam no apeadeiro de Mafra e os aldeões que movimentavam os seus bens transportando vários cestos com galinhas, coelhos, ovos, etc., malas e outros bens para os venderem na feira da Malveira ou Lisboa.

O teatro apresentado na passada sexta feira, dia 26 do corrente mês, no nosso salão, com o título “A GARE”, sobre a responsabilidade das professoras Manuela Braga e Teresa Sersedas, representou factualmente, tudo o que se passava nessa altura. Uma sátira bem moldada e bem reproduzida por todo o grupo teatral e que passado quase 50 anos retrata, sem dúvida, os dias de hoje.


Para quem é “debutante” na apresentação e na feitura do guião, não se pode exigir mais.

Parabéns.

Dulce Geraldes

27/05/2023

AULA DE PALEOGRAFIA NA MISERICÓRDIA DE TORRES VEDRAS


Mais uma aula fora das instalações da AUTITV, desta vez da disciplina de PALEOGRAFIA ministrada pelo Professor Dr. Zacarias Rito, na Misericórdia de TORRES VEDRAS.

Antecipadamente programada para o tempo lectivo da aula de 25 de maio de 2023, o Professor e alunos da disciplina foram recebidos pelo Sr. Provedor, Eng. Carlos Alberto dos Reis que depois duma forçosamente curta mas interessante visita guiada às instalações da misericórdia, fez questão de connosco assistir à aula.

A razão do local escolhido, deve-se ao facto do Prof. Zacarias estar empenhado num trabalho de organização do vasto espólio documental da Misericórdia da nossa cidade

E por isso ninguém melhor do que ele para falar sobre tudo o que diz respeito aos documentos antigos, alguns com séculos, desde a sua leitura preservação e organização.

O prof. Dr. Zacarias Rito trabalhou no arquivo Nacional da Torre do Tombo. É por isso uma pessoa muito experimentada em lidar com documentos antigos e dá gosto ouvi-lo a ler e a ensinar-nos sobre os “truques e segredos” dos antigos escritos.

Creio que tal como eu, todos os colegas presentes, estamos muito gratos ao Sr. Provedor da Santa Casa pela forma super cortês e gentil com que nos recebeu e naturalmente ao nosso estimado Prof. Zacarias, um grande bem haja, não só por esta aula, mas por toda a competência e paciência com que nos trata durante todo o ano.

Um grande abraço de reconhecimento Prof. Zacarias.

António Lourenço Luís

26/05/2023

Festa anual das Universidades Seniores do Oeste

No passado dia 25, realizou-se a habitual e sempre tão desejada festa anual das UTIS do Oeste, que desta vez esteve a cargo da Universidade Sénior de Pataias.

Estiveram representadas, além da anfitriã, as Universidades de: Alcobaça, Benedita, Marinha Grande, Nazaré, Peniche, Rio Maior e Torres Vedras, tendo o número de participantes ultrapassado as 3 centenas.

A Drª. Fátima Mota e a sua equipa da Direcção da UTI de Pataias, foram incansáveis na organização deste fantástico evento, que aliás, a cada ano que passa, se tem revelado cada vez mais importante para a aproximação e interacção dos seniores que frequentam as referidas instituições.

O evento teve lugar na QUINTA DA VALINHA, um local muito aprazível, com uma envolvência onde a natureza predomina e com uma equipa de profissionais muito competente, que, a todos os participantes, prestou um excelente serviço.

O encontro teve início pelas 10h, com uma recepção aos mais de 300 participantes, seguindo-se uma missa campal celebrada pelo Padre Virgílio, da paróquia de Pataias.

Terminada a cerimónia religiosa foi servido o almoço que decorreu em ambiente de alegre convívio e, posteriormente, após discurso da Drª Fátima Mota e do Senhor Presidente da Junta de Freguesia (que expressaram a enorme importância deste encontro e agradeceram a presença de todos), foram entregues por estes, lembranças aos elementos dos Orgãos Sociais das UTIS ali presentes.

Para continuar a animação deste encontro, não faltou a música ao vivo e antes da festa terminar foi ainda servido um lanche aos convivas.

Pela excelente organização deste evento, a Universidade de Pataias está de parabéns…

Maria Albertina Granja

25/05/2023

Festival de Teatro da RUTIS em Almada


Estamos a terminar o ano letivo 2022/2023 e a disciplina de Teatro, apresentou no passado dia 24 de maio no Festival de Teatro RUTIS em Almada, a peça "ZAPPING", no auditório Fernando Lopes Graça - Fórum Municipal Romeu Correia. 

Ao chegarmos a Almada, fomos colocar todas as roupas e adereços nos camarins, e de seguida, assistimos à exibição dos diversos grupos presentes.

Após o término das exibições, foi-nos servido o almoço, que decorreu num agradável convívio. 

Pelas 15 horas, subimos ao palco para apresentarmos a nossa peça, que como vem sendo apanágio desta disciplina, dada pelas professoras Manuela Braga e Teresa Sarzedas foi um sucesso.

Agradecemos a estas duas grandes senhoras, pela coragem, dedicação e competência, que mais uma vez demonstraram, "que mesmo com POUCO, conseguem fazer MUITO".

A alegria e empenho que se vive nas aulas, é visível no sucesso da apresentação das peças levadas a cena. 

Assim sendo, aqui fica a nossa Gratidão às Professoras e à AUTITV, por mais esta oportunidade de representarmos. 

VIVA O TEATRO!

VIVA A AUTITV!

Ana Maria Pousinho

22/05/2023

Visita à Ponte 25 de Abril


Sobre o tema “
Obras Importantes do Estado Novo” a Doutora Rita Sarreira, professora de História de Portugal, levou um grupo de alunos dia 18 de Maio a visitar o pilar 7 da Ponte Sobre o Tejo.

Foi uma proveitosa visita, os participantes desfrutaram das belas vistas sobre a parte ribeirinha de Lisboa e de muitos pormenores sobre a robustez da infraestrutura que suporta esta grandiosa obra.


Hoje é fácil avaliar o rápido desenvolvimento que esta ponte proporcionou à margem oposta a Lisboa e a todo o sul de Portugal. Na época este prognóstico estava ao alcance de poucas pessoas.

Foi facultada ao grupo informação sobre todo o caminho processual para a execução do projecto desta grande obra, cujo custo não teve derrapagens e os prazos cumpridos.


A travessia desta ponte por automóveis iniciou em 1966 com a portagem de 10 cêntimos nos auto-ligeiros. Para além de ser auto-sustentável, tornou-se uma grande fonte de receita com os preços actualmente praticados.


O primeiro carro civil a atravessar a Ponte 25 de Abril foi um Austin Seven verde com a matrícula DC–72–48. Nas primeiras dez horas, seguiram-se 50 mil automóveis e cerca de 200 mil pessoas a bordo deles. 

Ficamos muito gratos por tudo que a Dr.ª Rita Sarreira nos proporciona, com visitas muito interessantes. Desta vez até nos brindou com uma paragem nos belíssimos jardins de Belém e seu esplendoroso mosteiro, com a oportunidade do grupo se deliciar com os incomparáveis Pasteis.

O nosso Bem Haja,

José Luís de Figueiredo

15/05/2023

Roteiro Fotográfico na SERRA DE MONTEJUNTO

No dia 12 de maio o professor António Luís Lourenço, organizou uma visita de estudo no âmbito da disciplina “Oficina da Fotografia” á serra de Montejunto com passagem pelo Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal.


Às 9 horas partimos em direção á freguesia de Carvalhal, concelho do Bombarral.

Antes de visitarmos a igreja, pudemos percorrer a mata circundante, apreciar os painéis de azulejos que se encontram no adro alusivos aos círios que se realizam anualmente, vindos de diversos locais e das freguesias vizinhas.

Dentro do templo, tivemos oportunidade de apreciar e fotografar a capela-mor com a veneranda imagem do Senhor Jesus, os dois altares laterais e uma capela lateral com a imagem do Senhor dos Passos.

O senhor pároco, esteve presente e fez-nos uma breve e elucidativa explicação sobre a origem e construção do santuário, que, ao longo dos séculos tem sido objeto de peregrinações de círios e feiras.




Daqui seguimos para a aldeia de Pragança, perto do Cadaval para almoço na Quinta do Castro.

Foi-nos servido um delicioso menu composto por sopa, cozido á portuguesa, variadas sobremesas, com bebidas á descrição e café.

Bem retemperados, fomos serra acima, conduzidos pelo motorista sr. Camarate, que demonstrou a sua perícia nas curvas e contracurvas em estradas estreitas e sinuosas até ao cume da serra.

Visitámos primeiro a capela de Nossa Senhora das Neves, que se encontrava aberta para nos receber, edificada no séc .XIII, como agradecimento de um milagre.

Segundo lenda uma criança perdida na serra durante uma noite fria e de nevoeiro, foi encontrada, de boa saúde pelos pais na manhã seguinte, começando assim a devoção e romarias a este local, que a tradição mantém no dia 5 de agosto.

No altar-mor existe uma imagem original de Nossa Senhora das Neves com mais de oitocentos anos.



Com hora marcada para uma visita á fábrica do gelo, descemos para o centro interpretativo da serra de Montejunto. A guia acompanhou-nos na visita, explicando pormenorizadamente o seu funcionamento.

O que hoje vemos na fábrica do gelo, única no país, corresponde a uma parte da sua área inicial. A sua construção é atribuída a frades dominicanos, tendo entrado em funcionamento no final do séc. XVI na época filipina, sendo o seu auge de elaboração no século XVIII no tempo de D. João V.

Existe uma área composta por dois poços, uma casa da nora e um tanque reservatório cuja função era abastecer de água os quarenta e quatro tanques de congelação ou geleiras. O seu enchimento processava-se nos finais de outubro durante a noite quando as temperaturas eram mais frias. Depois da congelação o gelo era transportado para um armazém, onde era cortado e embalado em palha e sarapilheira, seguidamente transportado, serra abaixo por burros, depois em carros de bois até ao rio Tejo, onde prosseguia viagem até Lisboa de barco.

Parte desse gelo era para abastecer a casa real, particulares ricos e cafés, como por exemplo o Martinho na Praça do Comércio.

Este complexo foi objeto de conservação e revalorização por iniciativa da Câmara Municipal de Cadaval e classificado como monumento nacional.



O nosso roteiro prosseguiu novamente até ao cume da serra para se fotografar a paisagem envolvente. O forte vento que se fazia sentir, não nos impediu de fazer algumas fotos.



Para terminar, uma visita á adega Cooperativa da Labrugeira-Alenquer.

Depois de uma pormenorizada explicação do seu funcionamento, foi-nos oferecido um lanche e prova de vinhos e como recordação uma caixa de vinhos a cada um dos visitantes.



Terminado assim o nosso "roteiro fotográfico", regressámos a Torres Vedras, bem dispostos e mais ricos em conhecimentos num alegre dia de convívio.

Maria Margarida Raposo

Ciclo de Cinema Italiano 2023

Com o fim de mais um ano lectivo a aproximar-se, é com grande gratidão que se faz uma breve retrospectiva dos últimos meses na disciplina de Italiano, em que as actividades retomaram um novo fôlego. Gratidão à coragem, dedicação e competência da nossa professora, Maria de Fátima Lopes Avelino, a qual, ultrapassado o complicado problema de saúde que teve de enfrentar, retomou em pleno o ritmo das aulas. Para além de “principiantes” e “avançados”, a grande novidade deste ano foi a criação duma classe de conversação livre, denominada “Chiacchierando” – uma bela onomatopeia italiana evocando um divertido cacarejar... Se bem que não tenhamos ainda atingido a velocidade incrível do palavrear transalpino, não há dúvida que as inibições se vão soltando e a aprendizagem se torna leve!

De ressalvar ainda, na classe dos “avançados”, a continuidade do tema “Giro d’Italia” em que a professora nos tem vindo a familiarizar, região a região, de Norte a Sul do país, com a sua riquíssima história, arquitectura, gastronomia, cultura e tradição rural e citadina e um sem-número de aspectos que nos fazem amar este país e as suas gentes.

Também este ano, prosseguiu o ciclo “Andiamo al Cinema”, integrando cinco filmes de renomados realizadores, desde Mario Mattoli com a divertidíssima comédia “Totó na Volta a Itália” (1948), passando por um ciclo de 3 filmes com o grande actor Vittorio Gassman que, duas vezes pela mão de Dino Risi (“Il Mattatore” e “Profumo di Donna”) e ainda sob a direcção de Ettore Scola (“La Famiglia”), realizados entre 1960 e 1986, revela os seus enormes dotes em todos os registos, da comédia burlesca ao tom mais pungente e dramático. Fechou com o filme “La prima cosa bella”, de Paolo Virzi (2010), que também traça uma viva, e por vezes caótica imagem da agitada vida familiar que caracteriza tantas obras da filmografia italiana.

É um privilégio poder seguir todas estas actividades, os nossos sinceros agradecimentos e votos de felicidades à Dra. Fátima Avelino e à AUTITV !

Christiane Schickert

08/05/2023

VIAGEM CAMILIANA


Integrada na disciplina “LUGAR ONDE – Escritas e Dizeres”, regida pelo professor Joaquim Moedas Duarte ao longo deste ano lectivo, realizou-se, nos dias 5 e 6 de Maio de 2023, uma viagem que teve como principal objectivo visitar alguns lugares que preservam a memória do escritor Camilo Castelo Branco.

Esta visita foi o corolário de três aulas em que foram abordados aspectos essenciais da vida e obra daquele escritor.
Para que se guarde um registo mais pormenorizado do conteúdo desta viagem – na qual participaram 50 pessoas, acompanhadas pelo professor J. Moedas Duarte – optámos por aproveitar o excelente guião que foi distribuído a todos os viajantes. Da autoria da Agência de Viagens INALVA, que há muitos anos colabora com a AUTITV, este texto que teve a colaboração do professor da disciplina, descreve com minúcia as diversas etapas da viagem.

«1º DIA – TORRES VEDRAS – PORTO – S. MIGUEL DE SEIDE - FAMALICÃO

Torres Vedras – saída às 7h00 por autoestrada até ao Porto com paragem para pequeno-almoço livre.

Em Outubro de 1860, Camilo Castelo Branco, sob a acusação de adultério, foi preso na cadeia da Relação, no Porto. O seu estatuto de ilustre e abastado, levou a que a sua detenção acontecesse no piso dos privilegiados, nos quartos da malta. A sua cela, com o nome de S. João, ainda hoje pode ser visitada. A permanência na cadeia foi frutífera, foi lá que escreveu Amor de Perdição e, mais tarde, as Memórias do Cárcere. Com tão grande importância na obra de Camilo, é imperativo visitarmos a Antiga Cadeia da Relação e a cela onde esteve detido.

Segue-se o almoço em Restaurante local. Continuamos, depois, até São Miguel de Seide para visita ao Centro de Estudos Camilianos – instituição que tem como objetivo promover e estudar a pessoa e a obra de Camilo e está instalada num moderno edifício da autoria do Arquiteto Siza Vieira.
    
 
Prof. Moedas Duarte à entrada da
 sala onde esteve preso Camilo

Após a visita continuamos até Vila Nova de Famalicão, check-in no B&B Hotel e resto de tarde livre para explorar esta cidade rica culturalmente. Aqui encontramos o Museu Bernardino Machado e a Fundação Cupertino Miranda.

Pelas 20H, jantar em restaurante local.

2º DIA – FAMALICÃO – S. MIGUEL DE SEIDE – SANTO TIRSO – TORRES VEDRAS

Pequeno-almoço e check-out do Hotel. Pelas 10h retomamos viagem até S. Miguel de Seide, visita guiada à Casa Museu de Camilo, onde o escritor viveu com Ana Plácido e onde veio a falecer.

Grupo junto da Casa Museu de Camilo

O almoço é de inspiração camiliana, com uma ementa descrita por Camilo na sua obra O Santo da Montanha.

Terminado o almoço, seguimos para Santo Tirso – paragem perto do Mosteiro de Santo Tirso, tempo livre para visitas ou provar um jesuíta, especialidade da doçaria de Santo Tirso. Em hora a combinar voltamos ao autocarro para subir ao monte Córdova, que é referenciado na obra A Bruxa do Monte Córdoba, mais uma obra de amores impossíveis, ao jeito de Camilo. No monte Córdova visitamos o Santuário de Nossa Senhora da Assunção.

Em hora a determinar localmente iniciamos a viagem de regresso a Torres Vedras com as paragens necessárias.»

Este programa sofreu algumas alterações de pormenor. Assim, a visita ao Centro de Estudos e à Casa Museu de Camilo acabou por se fazer no primeiro dia, por proposta local que foi aceite por todos.

No segundo dia, de manhã, houve espaço para passear em V. N. de Famalicão. O almoço, de inspiração camiliana (“Galinha Mourisca”), foi um êxito pela qualidade da confecção e a simpatia do serviço, num restaurante situado perto de Landim.

A última parte do programa – visita ao Santuário Mariano, no Monte Córdova – foi inviabilizada devido ao corte de trânsito provocado pela realização de uma prova desportiva.

Foram dois dias de excelente convívio, animado pela evocação de um dos maiores escritores da nossa literatura. Para isso, muito contribuíram os guias da Casa Museu de Camilo, pela competência do seu saber e pela forma tão expressiva como o souberam transmitir.

JMD

05/05/2023

Tertúlia_O Chá das 5

No passado dia 4 de Maio, decorreu nesta Universidade, uma tertúlia intitulada “ O chá das cinco “, apresentada pela professora de História, Drª Rita Sarreira, que nos falou do chá na sua vertente histórica, da sua utilização e evolução ao longo dos séculos e da ligação que a rainha Catarina tinha a este ritual, sendo portuguesa , inspirou o seu consumo e a sua popularidade na Inglaterra.


Falou-nos também do cultivo do chá, nas várias regiões do mundo e principalmente da planta que o produz, a Camellia Sinensis.

Neste chá, apenas as folhas são colhidas, e, consoante o seu estado de maturação e processamento, assim se obtêm as suas variações, o chá verde, branco e preto.

Na nossa ilha se São Miguel, encontramos uma bonita plantação de chá de Camellia Sinesis, que mais parece um jardim, a qual nos oferece os vários tipos de chá, 100% orgânico, com vários aromas, de acordo com a sua transformação, na fábrica Gorreana, a mais antiga da Europa, ainda em funcionamento, vocacionada especialmente para a exportação deste chá com caraterísticas únicas.

Para falar sobre a vertente social do chá e das inúmeras plantas existentes e apropriadas para este fim, a Drª Rita Sarreira convidou a Drª Palmira Lopes, que nos transmitiu algumas regras base de como servir um chá, pois que este deve ser servido com elegância e requinte, quer na decoração da mesa, na escolha da loiça, na primazia de servir os convidados, consoante se trate dum chá com todos os convidados sentados á mesa ou um chá volante, mais informal.

Existe uma grande diversidade de plantas com as quais podemos fazer um chá, ou uma infusão, pois que todo o chá é uma infusão. Contudo, existem algumas diferenças na preparação, caso se trate de plantas verdes e tenras, para que os aromas se mantenham, a água não deve estar a mais de 75º a 80º e deixar repousar cerca de 10 minutos antes de servir.

No chá da Camellia Sinensis, apenas se utilizam as folhas já processadas pelo fabrico, a água não deve estar a mais de 90º e deve repousar cerca de cinco minutos.

Nesta apresentação, não faltou um cestinho de verga com plantas de infusão silvestres, o tomilho e a erva azeitoneira, super aromáticas que perfumaram a sala.


Para experienciarmos ao vivo, finalizamos com a demonstração e degustação do chá preto da Gorreana, onde também não faltaram uns biscoitinhos e compotas caseiras, confecionadas e oferecidas por uma participante neste evento, foi muito agradável a tertúlia, quer na exposição histórica do chá quer na demonstração e degustação do mesmo.

Maria da Conceição Cipriano

Assembleia Geral Extraordinária

Realizou-se no dia 4 de maio de 2023, pelas 14 horas, nas instalações da AUTITV, a Assembleia Geral Extraordinária, que tinha como ponto único – Continuação da Assembleia Geral Ordinária anterior, para debater o problema das instalações da AUTITV.


Estiveram presentes na Assembleia 63 associados.

02/05/2023

"O Chafariz dos Canos" - História e memória

























Na tarde de 28 de abril de 2023, realizou-se uma Homenagem póstuma ao Professor Manuel Novais Granada, Homem Singular que com simplicidade falava e sabiamente comunicava.

Foi uma sessão de emoções várias, de testemunhos de louvor e , em uníssono, foi relevada a genialidade de Quem viveu lutando sempre à margem da vida fácil e em prol da Cultura. Nasceu rico em talentos e morreu pobre este Jornalista e Professor de quem, por aqui e além, se vão recolhendo fragmentos do seu legado intelectual. Ficou expressa a vontade de compilar, o que for possível, e entregar à Autitv um dossier, tornando notório e acessível o que fez por esta universidade e para que não se perca a sua inigualável marca cultural .

Do Homenageado foi divulgado o “Estudo do Chafariz dos Canos”, trabalho único pela originalidade minuciosa como “desmontou” o monumento, no intuito de o tornar importante na cidade, utilidade que teve à época e pela história simbólica que encerra.

De toda a assistência, houve destaque para O AMIGO, O HISTORIADOR, O PROFESSOR em suma, UM SER DE EXCELÊNCIA. Dois poemas de Eugénio de Andrade, adequados ao contexto, foram musicados por colegas da Casa e ainda com poesia do Zeca Afonso se encerrou esta homenagem, momentos musicais a embalar emoções e a enxugar lágrimas de desabafos saudosos.


Foi ainda anunciada uma Romagem ao cemitério de S.Miguel, no dia 3/6/23 (1º sábado de junho), às 11h e missa às 19, na Igreja da Graça, porque “ Aqueles que passam por nós, não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” – Saint Exupéry

Gratidão e Amizade, Odete Bento.

Visita ao Panteão da Família Nobre dos Soares de Alarcão, no Convento do Varatojo


No  nosso estudo sobre História Local dedicou-se  este ano à “Casa de Torres Vedras” a partir do séc. XV – séc. XVIII e,  como complemento visitámos o Convento do Varatojo, fundado por D. Afonso V de Portugal em 1470.

Numa pequena capela do Claustro franciscano, ao estilo de S. Damião,  encontra -se  o  Panteão da Família Nobre dos Soares de Alarcão, Senhores  da alcaidaria de Torres Vedras nos séculos XVI a XVIII.

 Entrando na discreta capela, em letra gótica, pode ler –se:

“Nesta campa repousa o magnífico senhor Gomes Soares foi do conselho d’El –Rei D. Afonso Quinto e d’El - Rei 

D. Manuel muito estimado vassalo d`El - Rei em todos seus serviços. assim nos serviços de  guerra como nos serviços de paz  por não ter filho varão ficou por sua herdeira sua filha D. Margarida Soares e houve para esta a fortaleza de Torres Vedras de juro e herdade  junto com ele jaz D. Filipa de Castro sua mulher e finou –se era de mil e quinhentos e …”

Em campas rasas está escrito:

“Passado o trabalho da vida aqui dormem em sono perpétuo D. João de Alarcão Castelhano, genro de Dom Gomes Soares, dos ilustríssimos senhores de Valverde, duques do Infantado, e com ele seu filho, neto e bisneto D. Martinho, D. João e D. Martinho Soares segundo deste  nome….

Outra inscrição diz:

“Aqui descansam as cristianíssimas senhoras D. Margarida de Castro, filha de Gomes Soares, D. Violante Coutinho, filha do Capitão dos nobres Cavaleiros da Guarda, chamados Ginetes, e D. Isabel de Castro, filha do Barão do Alvito”.

Por fim fomos revisitar:

- a   Sala do Capitulo, onde  está um   conjunto de imagens de figuras ilustres que habitaram o convento com destaque para  Frei António das Chagas;

- a Capela-mor, reconstruída por D. Catarina , mulher de D. João III , de uma só nave com azulejos  com cenas da vida de Santo António  e uma tela que representa a entrega   de Jesus a Santo António por sua Mãe;

- a Capela de Nª Sª do Sobreiro.

Entrando pela Cozinha fomos até à Cerca Conventual.

Maria Rita Sarreira


Encontro de Coros na Marinha Grande


Realizou-se no dia 26 de abril, na Casa da Cultura – TEATRO STEPHENS, na Marinha Grande, um Encontro de Grupos Musicais Séniores do Oeste.

O evento foi organizado pela Universidade Sénior da Marinha Grande, tendo contado ainda com a participação da Universidade Sénior de Alcobaça, Universidade Sénior da Benedita, Universidade Sénior Rainha D. Leonor (Caldas da Rainha), Universidade Sénior da Nazaré, Universidade Sénior de Pataias, Universidade Sénior de Peniche, Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras e da Universidade Sénior de Rio Maior.

A iniciativa foi muito positiva, tendo cumprido o propósito de promover a inclusão e socialização dos participantes. O espetáculo foi diversificado, com temas muitas vezes acompanhados pelo público. Nas interpretações dos grupos, sentiu-se o talento dos participantes e a sua motivação para o desempenho.

A Universidade de Torres Vedras fez-se representar com o grupo de CANTARES TRADICIONAIS.

Já tinha visto atuações deste grupo. Destaco o esforço e brio dos seus elementos, a exigência do seu Maestro. No entanto a sua exibição ultrapassou bastante a minha expectativa. O grupo teve uma atuação coesa, afinada e harmónica. O reportório composto por temas com origem no Minho, Trás os Montes, Beira Alta, Alto Alentejo e Baixo Alentejo, incluiu as seguintes cantigas:

- Os moinhos;

- Bai-te labar morena;

- Segadinhas;

- Gallandum;

- Além daquela janela;

- Que rapariga é esta

A música é reconhecida por muitos como uma atividade que desenvolve a mente, promove o equilíbrio, proporciona um estado agradável de bem-estar, e a viagem de retorno a Torres Vedras foi pautada por esse sentimento de bem-estar e ter estado bem. Os rostos estavam risonhos mas serenos. Cantou-se no regresso. Estou pronta para continuar a acompanhar estas iniciativas da Autitv e o meu muito obrigado por um dia bem passado e Parabéns.

Ana Isabel Ladislau