09/06/2025

Concerto performativo de música e poesia


No dia 8 de junho, o Coro da Universidade Sénior de Torres Vedras / CruzaMentes – Companhia de Música Teatral e Performativa realizaram um concerto no Auditório do Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras dirigido pela maestrina Filomena Calado.

Mais Coisa, Menos Coisa

As alunas da disciplina “O Som e as Cores das Palavras” desenvolveram a atividade Mais Coisa, Menos Coisa integrada na Festa das Curtas que este ano se chamou “Histórias Inspiradoras”.


A apresentação coordenada pela professora Ana Meireles, realizou-se no dia 7 de junho, no Teatro Cine de Torres Vedras.

O feedback do público e de outros intervenientes no projeto foi muito positivo.

Ao grupo de alunos e à professora Ana Meireles, os nossos agradecimentos.

02/06/2025

Em 30 de maio de 2025 a AUTITV foi a Castelo Branco


No âmbito de um "Encontro das Universidades Seniores", visitaram a cidade de Castelo Branco dois grupos de pessoas (alunos/as - dirigentes - professores/as) da AUTITV. Um grupo, para participar no referido "Encontro" (22 participantes); e outro grupo (33 participantes), para uma visita de estudo ao Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, ao Museu Cargaleiro, à Sé Catedral de Castelo Branco, ao Museu Francisco Tavares Proença Júnior e ao Jardim do Paço Episcopal.


Ao longo de um dia, um dia com muito calor, a visita à cidade de Castelo Branco permitiu uma aproximação falada à história da região, desde a época medieval até os dias de hoje, quer na visita ao Museu Francisco Tavares Proença Júnior quer ao Jardim Episcopal, e: no Museu Manuel Cargaleiro, a obra de um dos maiores artistas portugueses do século XX não deixou ninguém indiferente, e a importância da arte na sociedade plasmada no Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, pôs a nu a beleza e a delicadeza dos trabalhos realizados pelas bordadeiras locais.

O almoço (um excelente almoço com excelentes sabores, refira-se), no restaurante Kalifa, criou a oportunidade de desembrulhar conversas vadias sobre os mais diversos temas em causa: do calor e do trânsito às artes centenárias, do tempo histórico à comunidade local e à sua qualidade de vida, da geografia regional à vontade de conhecer um ecossistema único, com diversas espécies de plantas e animais que vivem na região de Castelo Branco.


Assim, na parte da manhã, o grupo, constituído por 33 participantes, foi dividido em dois e iniciou a visita ao (*1.) Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco (que visa contribuir para a revalorização, recuperação, inovação e relançamento do Bordado de Castelo Branco - o ex-libris da cidade e do concelho) e ao (*2.) Museu Cargaleiro (cujo objectivo central é a divulgação, o estudo e conservação das peças que integram o acervo da Colecção de Arte da Fundação Manuel Cargaleiro). No Centro de Interprertação do
Bordado de Castelo Branco 
(*1.), o percurso levou-nos pelas origens do Bordado de Castelo Branco, desde a sementeira do linho à tecelagem, passando pela criação do bicho da seda e extração da matéria prima, evolução do Bordado e da técnica (pontos), bem como o enquadramento histórico e a simbologia. No Museu Cargaleiro (*2.), constituído por dois edifícios contíguos - o Solar dos Cavaleiros e um edifício contemporâneo (o Museu Cargaleiro), fomos confrontados com uma exposição, que conta com mais de três centenas de obras, tendo por base a Vida e Obra de Manuel Cargaleiro (artista multifacetado), e repartida por três núcleos: Núcleo Manuel Cargaleiro, com 200 obras do artista, distribuídas por três pisos, evidenciando as diversas fases do artista como 
pintor e como ceramista, numa retrospetiva pelo seu percurso e pelas técnicas utilizadas; Núcleo de Cerâmica (no Solar dos Cavaleiros), onde está patente parte da Colecção de Cerâmica da Fundação, com exposição de Faiança Ratinha e Cerâmica de Triana; Núcleo de

Cerâmica Contemporânea, com exibição de obras distintas e únicas de prestigiados artistas nacionais e estrangeiros.







A parte da tarde, depois do excelente almoço, foi a vez de visitarmos o( *3.)Museu Francisco Tavares Proença Júnior e o (*4.) Jardim do Paço Episcopal . O (*3.) Museu Francisco Tavares Proença Júnior, ocupa um notável edifício barroco. Sendo a sua matriz fundadora a Arqueologia, nele estão expostos importantes conjuntos de epigrafia romana, megalitos da Idade do Bronze, ourivesaria da Idade do Ferro e materiais dos períodos Neolítico e Paleolítico. Fazem parte da coleção peças de arte antiga herdadas do Paço Episcopal: pintura, tapeçaria, escultura e objetos do séc.XVI ao séc.XIX. Um dos núcleos principais do Museu é dedicado aos tecidos bordados: à paramentaria, ao traje e às tradicionais colchas antigas de Castelo Branco (bordadas em linho com fios de seda natural). O Museu, também, inclui obras de artistas contemporâneos e exibe peças de Arte Sacra que refletem a riqueza cultural e religiosa da região. No (*4.) Jardim do Paço Episcopal
(um exemplar do Barroco em Portugal), podemos apreciar , percorrendo o jardim e/ou observando-o a partir do varandim do Museu (*3.), o esplendor da sua composição com vários patamares, onde se destacam: o Jardim do Buxo com os seus cinco lagos, a Escadaria dos Reis de Portugal, a Escadaria dos Apóstolos, a Escadaria de Moisés, etc.. Todo o Jardim do Paço é rico em simbologia e pontuado por estatuária, com a água como elemento central. À entrada do Jardim, delimitando o seu muro frontal, podemos apreciar os painéis de azulejo figurativo, monocromo, azul sobre fundo branco, representando várias vista (antigas) de Castelo Branco.

Pois não, não aconteceu mesmo. Por falta de tempo, não foi possível visitar a Sé Catedral e também a música e a dança não marcaram presença na programação para proporcionarem momentos de alegria e descontração. Aí está algo a não esquecer numa outra próxima visita cultural. Mesmo assim, a visita a Castelo Branco correu bem, foi uma experiência única, de aprendizagem valiosa, que importa preservar e potenciar e divulgar.

Pois sim, é mesmo verdade, há quem garanta que a cidade de Cataleuco é, na tradição albicastrense, a origem da cidade de Castelo Branco. Será?

MCAnes - 03/06/2025

“O Rei Manda Brincar”


No dia 1 de junho, no parque da Várzea, em colaboração com a Câmara Municipal de Torres Vedras no programa mês de junho - mês do Brincar, inserido no projeto "O Rei Manda...Brincar", a AUTITV esteve representada pelo sócio Raul Ribeiro com magias para avós e netos.

26/05/2025

Faleceu Casimiro Cândido Lourenço

 É com enorme pesar que a AUTITV comunica o falecimento do ex professor e sócio da AUTITV, Casimiro Cândido Lourenço.

O Corpo encontra-se em câmara ardente na capela do Barro a partir do dia 27 de maio às 11 horas.

Dia 28 de maio celebra-se a missa de corpo presente às 10h30, seguida de funeral para o cemitério de São João.

A Direção da AUTITV manifesta sentidas condolências à família.

Atuação dos Cantares Tradicionais na comemoração do aniversário da Santa Casa da Misericórdia da Merceana

O grupo de Cantares Tradicionais atuou, no dia 24 de maio, na comemoração do aniversário da Santa Casa da Misericórdia da Merceana para os utentes e colaboradores da instituição.

Foram momentos de convívio e partilha.

Festival de Teatro da RUTIS na Venda do Pinheiro


No dia 23 de maio o grupo de Teatro da AUTITV apresentou na Venda do Pinheiro a pela “O encenador irascível” da autoria do próprio grupo.

Participaram ainda no evento as Universidades da Venda do Pinheiro, Grândola e Vila de Rei.

A diversidade de peças evidenciou bem a criatividade de cada um dos grupos.

Foi um encontro muito agradável de partilha artística e convivial.

Parabéns a todos.

Manuela Braga

Uma bela tarde de música internacional

Quinta-feira, 22 de maio, decorreu nas nossas instalações uma bela tarde de música francesa, inglesa e latino-americana.

O primeiro grupo apresentou canções francesas e inglesas, canções tradicionais mas revisitadas por cantores dos anos 60/70 como Pete Seeger, Joan Baez e Peter, Paul and Mary ou canções de autor como os franceses Serge Reggiani, Georges Moustaki, Georges Brassens e Guy Béart.


Foi escolhido um repertório variado e pouco conhecido aqui em Portugal, que procurou dar a conhecer tanto belas baladas melancólicas e doces de outrora como melodias alegres e vivas.

Quero agradecer aqui à todos os colegas que tornaram este projecto possível e em especial ao Luís Sobreiro e à Manuela Braga cuja colaboração foi preciosa :

O grupo instrumental: O grupo vocal :

Luís Sobreiro                                                       Manuela Braga

Christiane Boeckx                                                Ermelinda Lopes

Fernando Fonseca                                               Lurdes Pereira

Marie Jeanne Schills                                            Miguel Peixoto

Milu Albuquerque                                                 Alice de Graaf

Teresa Sant'Ana Forbes                                      Natália Simões Pimpão

A seguir, o grupo dos 70, já bem conhecido e com provas dadas, apresentou diversas canções latino-americanas de varias origens, sempre com virtuosidade e maestria. Foram melodias bem cadenciadas e alegres, conhecidas em boa parte pelo público que assim pôde participar, o que animou a sala e aqueceu o ambiente.


Foi uma ótima tarde musical!
Christiane Boeckx

22/05/2025

Atuação dos Cantares Tradicionais no I Encontro de Profissionais - Intervir na Demência

A convite da ASCHA - Associação Cultural e Humanitária da Atalaia o grupo de Cantares Tradicionais da AUTITV atuou no, no dia 21 de maio de 2025, no I Encontro de Profissionais - Intervir na Demência.



Este Encontro teve como objetivo abordar o tema da prestação de cuidados na área das demências de um ponto de vista prático e integrado, promovendo a partilha de experiências e a reflexão, para uma prática profissional mais consciente e informada.

Foi gratificante a participação neste evento.

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - Exposição de Artes 5 a 13 de junho de 2025

 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 4 de junho de 2025

 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 5 de junho de 2025

 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 6 de junho de 2025

 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 9 de junho de 2025



 

Atividade Mais Coisa, Menos Coisa_7 de junho

 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 11 de junho de 2025

 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 12 de junho de 2025


 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 13 de junho de 2025


 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 16 de junho de 2025



 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 17 de junho de 2025

 

Comemoração do XXII Aniversário da AUTITV - 18 de junho de 2025






19/05/2025

Encontro de Grupos Musicais das Universidades Seniores do Oeste (US)

Realizou-se, no passado dia 16 de maio, o Encontro de Grupos Musicais das Universidades Seniores do Oeste (US), cabendo à AUTITV a sua organização e acolhimento dos participantes.



As atuações tiveram lugar no Teatro Cine, realizando-se os preparativos e alguns ensaios na parte da manhã e as respetivas apresentações ao longo da tarde.

A AUTITV desde bastante cedo iniciou os contactos com todas as US para planear o evento, de forma a que tudo estivesse a postos no momento exato. Foi com algum esforço e muita insistência que fomos recolhendo as informações necessárias, tais como, número de participantes, reportório musical, contribuições para p lanche, necessidades de mobilidade reduzida, etc.

A receção às diversas US, aquando da sua chegada, era feita pelos respetivos “padrinhos” (alunos voluntários da AUTITV), que acompanharam os participantes durante toda a sua estadia em Torres Vedras. Foi importante esta presença contínua do “padrinho”, pois facilitou a circulação, pela cidade, entre a chegada, o Teatro Cine e o Pavilhão Multiusos.



Foram 10 as US do Oeste que participaram, com os seus talentosos músicos e cantores, neste evento, a saber (por ordem de apresentação): US de Alfeizerão, US de Alcobaça, US da Benedita, US Rainha D. Leonor das Caldas da Rainha, US de Peniche, Us da Marinha Grandes, US da Nazaré, US de Pataias, US de Rio Maior e a US de Torres Vedras.



Cada grupo musical apresentou, em média 4 canções, com os seus Grupos de Cavaquinhos ou Tunas, contribuindo, assim, para uma alegre e divertida tarde musical, plena de alegria e boa disposição.


Honraram-nos com a sua presença o senhor Nelson Aniceto, vereador da Câmara Municipal de Torres Vedras, bem como a senhora secretária da Junta de Freguesia de Santa Maria, S. Pedro e Matacães, D. Filipa Coelho. Numas breves palavras finais, o senhor Vereador enalteceu o evento bem como a importância das US na valorização do conhecimento intelectual, troca de experiências mútuas e ocupação de momentos de eventual isolamento.



O evento terminou, da melhor maneira, com um lanche partilhado, no qual cada US colaborou, trazendo para o grupo as iguarias que melhor caracteriza a sua região. Foi, sem dúvida, um momento de confraternização informal e troca de experiências, ficando, cada um de nós mais rico com a partilha mútua dos conhecimentos e vivências.

Zacarias Dias

17/05/2025

ERASMUS na AUTITV

Por proposta da professora Rita Costa, da Escola Secundária Henriques Nogueira, no período de 12 a 16 de maio, participaram nas atividades da AUTITV um grupo de 10 alunos seniores acompanhados por 2 professores vindos de Barcelona.

Nos dias 12 a 14 assistiram às nossas aulas e, no final dos dias 12 e 13, convivemos com um lanche preparado por nós e outro pelos visitantes. No dia 15 de maio, organizámos com a colaboração da ASSIM e Câmara Municipal uma visita a Lisboa. Para finalizar a nossa colaboração, no dia 16 de maio, o grupo teve a oportunidade de assistir ao Encontro de Grupos Musicais das Universidades Seniores do Oeste que teve lugar o Teatro Cine de Torres Vedras.

Foram dias de partilha de experiências e agradável convívio.

13/05/2025

9 de Maio de 2025

A caminho de Santo Isidro de Pegões

Às 8 horas, prontos para a partida, junto à estação dos caminhos-de-ferro.

Do programa:

Igreja de Santo Isidro de Pegões e conjunto arquitectónico envolvente; visita ao Núcleo de Figueiras; Museu Agrícola da Atalaia; pausa para almoço; Quinta do Saldanha e ermida de Santo António; Pátio d'Água e Ermida de Santo António; Moinho de Maré; chegada a Torres Vedras - 20 h 00.


Antes da partida, digo aos meus botões: «Já vi aquela igreja! Mas, não me lembro de nada. É como se tivesse sonhado.» Chegamos a Santo Isidro de Pegões. Vi? 1 Esta, foi uma ideia que acrescentou magia ao interesse pela visita organizada pela Oficina da Fotografia, disciplina da AUTITV – Universidade Sénior de Torres Vedras. Como de costume, foi-nos distribuído um caderninho que vale a pena de coleccionar e pode ser consultado na biblioteca da AUTITV, com síntese sobre todos os pontos do programa, acompanhada de imagens.

A Colónia Agrícola de Pegões foi constituída a partir da Herdade de Pegões, de 7000 hectares, propriedade de José Rovisco Pais, numa área de 4767,5 hectares, por doação aos Hospitais Civis de Lisboa. José Rovisco Pais tinha feito uma tentativa de colonização, a exemplo da de José Maria Santos na segunda metade do século XIX, na Herdade de Rio Frio, Pinhal Novo, perto de Pegões Velhos.

No caso das Colónias Agrícolas da Junta de Colonização Interna, o Estado poderia ter expropriado parcelas em determinadas situações, e em certos casos promoveu obras de irrigação de terrenos que beneficiaram os proprietários, mas perante as resistências destes, tal nunca chegou a acontecer. Em Pegões o problema não se punha, por as terras pertencerem ao Estado.

A Colónia Agrícola de Santo Isidro de Pegões tinha três núcleos, o de Pegões Velhos, o de Figueiras e o de Faias. A parte que é farol do conjunto é a da igreja e seu entorno. A igreja, com adro sobrelevado, centro de tudo. Da sua porta, olha-se em frente para a Avenida de Santo Isidro; a pouca distância, de um lado e de outro, uma escola primária, as raparigas, para uma parte e os rapazes para a outra, fazendo um ângulo, em relação à artéria, de aproximadamente 30 graus. Há ainda a acrescentar nesta zona as habitações das professoras (duas) e a do padre. As professoras eram nomeadas pelo Ministério da Agricultura.

Situada numa ampla plataforma elevada relativamente às restantes construções que compõem o conjunto, o edifício da igreja representa inequivocamente o momento mais insinuado do desenho de Eugénio Correia. Esta ideia sobranceira demonstra prontamente o seu carácter simbólico de ponto de referência naquele lugar, havendo contudo uma consciência de que a sua elevação espiritual carece da devida ligação ao mundo. Dessa forma a porção de terreno compreendida entre a estrada e a igreja não se assume enquanto um domínio artificializado, sendo antes um modo de efectivar naturalmente a ligação entre esses dois momentos. (Santo Isidro de Pegões: Contrastes de Um Património a Preservar, do capítulo III, O NÚCLEO DE EDIFÍCIOS MODERNOS DE SANTO ISIDRO DE PEGÕES, por Hélder Paiva Coelho, pág. 102.)

A igreja, as escolas e as três habitações são o conjunto inspirado no Movimento Moderno, miscigenado «com as influências brasileiras», contrariando «a arquitectura rectilínea que então predominava», nas palavras de Óscar Niemeyer.

A forma parabolóide (tornada possível pelo uso do betão armado, em que «paredes e cobertura constituem uma superfície contínua»2) e os fusos cerâmicos são marca distintiva no núcleo moderno de S. Isidro de Pegões.

O que torna mais marcantes os edifícios de Pegões é a sua forma parabolóide, que lhes confere um carácter radicalmente moderno, na qual paredes e cobertura constituem uma superfície contínua – em contraste com as formas de construção tradicionais. (Santo Isidro de Pegões: Contrastes de Um Património a Preservar, do capítulo II, CARACTERIZAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES À BASE DE FUSOS CERÂMICOS, por Nuno Teotónio Pereira, pág. 38.)

Os fusos cerâmicos (30 cm de comprimento e 8 cm de diâmetro exterior), na forma de uma garrafa, sem fundo e com gargalo, encaixavam uns nos outros, semelhando caules de bambu. São de barro, flexíveis, resistentes e com propriedades térmicas.

A sua isotermia é considerável. Com efeito, a forma própria o fuso tende a acelerar todo o movimento de fluido que esteja nos eu interior e, como tais movimentos são produzidos sempre pelas diferenças e temperatura nas diversas partes do tubo que forma o conjunto de fusos, o ar que este contém põe-se em movimento impedindo a acumulação de calor em qualquer parte. (… do cap. II, por Nuno Teotónio Pereira…, pág. 48.)

Foram criadas sete colónias agrícolas, a maioria no Norte e Centro do País, sendo a de Pegões, a única ao sul do Tejo, a maior e que mantém um conjunto de estruturas e continuidade de habitações e estrutura viária, aproveitando as linhas de água ou ribeiros, com o essencial de marcas identitárias do passado. Muita coisa mudou. A Junta de Colonização Interna foi extinta em Outubro de 1974; os colonos (marido e mulher), primeiro com contrato de fruição provisória, de 3 a 5 anos, depois, definitiva, passando, por morte, a titularidade para o filho mais velho, conseguiram nos finais dos anos oitenta ter a posse plena das suas casas e terras. Mas, a memória da colónia está viva. Complete com a resenha histórica de Santo Isidro de Pegões: https://www.mun-montijo.pt/municipio/freguesias/uniao-das-freguesias-de-pegoes - faq-0

***

Fizemos o percurso a pé pela Avenida 25 de Abril, mirando tudo, incluindo algumas adaptações nas casas de habitação, até à Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, tendo visitado ali ao lado a Adega de Vinhos, de onde alguns de nós trouxemos uma garrafa para recordação. Uma Avenida perpendicular à de Santo Isidro mantém o nome de Rovisco Pais, onde está situada a delegação da Junta de Freguesia. Passamos, ainda, pelo Núcleo de Figueiras. Segue-se a pausa para almoço nas Lançadas, freguesia de Sarilhos Grandes. Na Casa das Lamejinhas espera-nos o Ensopado de Enguias e mais três pratos, previamente combinados pela organização da visita, conforme escolha de cada um dos visitantes. Momento importante confraternização, bem como o convívio e conhecimento com a companhia que nos vai cabendo no assento do lado, durante a viagem. Tenho sido particularmente feliz nas últimas três ou quatro visitas de estudo.

Da parte da tarde, estivemos no Museu Agrícola da Atalaia, onde além dos objectos e maquinaria agrícola, vemos logo à entrada informação sobre a Festa Grande da Senhora da Atalaia, com círios das localidades vizinhas. O Círio da Alfândega de Lisboa celebrou em 2007 500 anos de peregrinação ao Santuário.

Alguma coisa do programa deixamos de falar, do que fomos sendo informados pela organização da visita. De dentro do autocarro, apreciamos o monumento das Portas da Cidade, a Casa-Museu de Jorge Peixinho…

Finalmente, o Cais do Moinho de Maré ou Cais das Faluas. A Dr.a Fernanda, que nos acompanhou desde a igreja de Santo Isidro, também, aqui, explicou pormenorizadamente o funcionamento do moinho, com histórias sobre o último moleiro. No fim de tudo, um momento de convívio, com oferta de um cálice, bebido em ambiente de alegria, acompanhado de um bolinho e dois exemplares para a biblioteca da AUTITV do livro Santo Isidro de Pegões: Contrastes de Um Património a Preservar, de Nuno Teotónio Pereira, Hélder Paiva Coelho, Isabel Costa Lopes e Irene Buarque, Edições Colibri – Câmara Municipal de Montijo, 2009.

E fotografia de grupo.

P. S. Quero lembrar, também a Senhora Professora D.a Inocência, filha de um dos colonos instalado em 1961 (tinha onze anos nesta data), pelas explicações prestadas na igreja sobre a sua experiência da vida em Santo Isidro de Pegões. Com a família, veio também o tio, Padre Penha, colocado na paróquia pouco antes. D.ª Inocência foi professora numa das escolas de Santo Isidro de Pegões. Jovial… Ambas, Fernanda e Inocência nos receberam com muito carinho.

https://www.rtp.pt/play/p5656/e401418/visita-guiada (Não perca este episódio e venha conhecer a antiga Colónia de Santo Isidro de Pegões, antes e depois do 25 de Abril.)

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1 Não me lembro de ter ido à Colónia Agrícola de Pegões, mas tenho ideia convicta de já ter visto a igreja, situada perto de Vendas Novas. Falo disto à Rosário e diz:

– Nós fomos lá…, levados pelo Domingos, marido da Alda. Fomos recebidos em casa dos pais, que estavam presentes, mais a avó. À noite, depois das aulas… A senhora de idade, devia ser avó. A casa era à beira da estrada, da cozinha dava para o quintal. Tinha um «pinguinhas», um Citröen 2 CV, bege. O Domingos dava aulas na Escola Secundária, como a Alda.

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De memória, lembro que o Domingos Mota disse que o pai explorava dez hectares, possivelmente mais… Tínhamos alunos de Pegões, das Taipadas, de Canha, Cabrela..., além de Vendas Novas.


Os colonos em 80/81, 81/82 ainda não tinham conseguido obter a posse plena das suas fracções, o que só veio a acontecer nos finais dessa década (1988).


Quanto à visita, tive um apagão…, quase total, restando apenas uma nuvem sonhada em forma de igreja.


2 Nuno Teotónio Pereira, no capítulo II de Santo Isidro de Pegões: Contrastes de Um Património a Preservar…, Edições Colibri – Câmara Municipal de Montijo, 2009, p. 38.



Mapa do concelho do Montijo, partes Este e Oeste (exclave)

A Junta de Freguesia de Santo Isidro de Pegões, inaugurada em 1957, e a Junta de Freguesia de Pegões foram agregadas, pela Lei n.º 11-A / 2013, de 28 de Janeiro, passando a formar a União de Freguesias de Pegões, com sede em Pegões. Em Santo Isidro de Pegões há delegação da Junta na Avenida Rovisco Pais.

A igreja de Santo Isidro

À esquerda, vê-se parte do baptistério, à direita, a sacristia

Aqui, predomina a linha curva parabólica, característica, também, das casas das professoras e do padre. À esquerda, vê-se parte do baptistério e, à direita, da sacristia.


A Dr.ª Fernanda acompanhou-nos, até ao fim da visita, no Moinho de Maré, partilhando o seu saber, pormenorizadamente...


«Visitava amiúde as poucas igrejas que Madrid tinha e ao princípio outros camponeses diziam que fazia isto por mandriice em vez de por devoção. Uma vez Vargas saiu a comprovar se isto era assim, e encontrou os anjos lavrando em seu lugar.»


Uma das duas escolas primárias


Uma das duas casas das professoras. Havia, também, uma casa para o padre

 

«(...) solos arenosos em plena mancha pliocénica do sul do Tejo»

Estes solos têm abundância de águas, veios aquíferos.

O pliocénico é a época mais recente do período neogénico, vai só de há cerca de 5,33 a cerca de 2,58 milhões de anos, antes do tempo presente. Vivemos actualmente já noutro período, época pleistocénica, que segundo a etimologia grega significa de génese (ainda) mais recente. Começou há cerca de 2,58 milhões de anos. Coisa pouca, comparando com o período mais antigo, Sideriana (da era paleoproterozóica, do éon proterozóico). O período Sideriana vai de cerca de 2500 a 2300 milhões de anos, antes do tempo presente. De 2500 milhões até ao fundo dos tempos!!!..., mudez, mistério total. (Ver wikipédia, períodos geológicos).



Continuando no caminho, à vista da Cooperativa Agrícola de Pegões e Adega de Vinhos




Painel, como pórtico de entrada no pavilhão grande

Actividades Agrícolas na Quinta Nova da Atalaia.

Entre o último sábado de Agosto e a segunda-feira seguinte, destaque para A Festa Grande da Senhora da Atalaia.



A Festa Grande da Senhora da Atalaia



Esmagador

Aqui chega a presença da Casa Hipólito, grande empresa metalomecânica ligeira de Torres Vedras, criada por António Hipólito (1882-1954), um dos três «latoeiros prodigiosos de Torres Vedras», como lhe chamou Moedas Duarte.



Sala do Lagar de Azeite



Sala do pavilhão grande



Ao longe, o moinho do Cais das Faluas



Junto à janela, o primeiro tegão, de quatro.

tegão (...) Peça do moinho em forma de pirâmide invertida onde se deita o cereal para ser moído. Pl. tegãos. [Dicionário da Academia, ed. Verbo, 2001]



A gente a divertir-se



Fotografia do grupo em confraternização

José Luís Patrício