15/03/2019

PALÁCIO DA INDEPENDÊNCIA (OS DOS CONDERS DE ALMADA)

No dia 14 de março fomos visitar a casa do conjurado D. Antão Vaz de Almada que se situa a norte da Igreja de S. Domingos, à esquina das Portas de Santo Antão.
À nossa chegada esperava-nos a Dra. Ana Prosérpio que nos convidou com a sua voz alegre e cheia de entusiasmo a olharmos este edifício do séc.XVII levantado sobre casas antigas, com remodelações. Na fachada voltada a sul, destaca-se a porta seiscentista, com varandim de balaústres e janela central, sobrepujada pelo brasão dos Almadas e Avranches. 

Entrámos no edifício e pudemos contemplar o que subsiste ainda da construção quinhentista: 

duas chaminés cónicas (semelhantes às do Paço Velho se Sintra) e dois portais que se abrem no patamar da escada. Daqui seguimos para o pátio interior com um jardim de laranjeiras amargas, onde ao fundo se avistam os azulejos do séc. XVIII e uma sala (pequena), onde está representado o grupo de patriotas (os conjurados) que preparou a sublevação do 1º de dezembro, que conduziu à restauração da independência. Subimos, aqueles degraus altos, que nos conduziram até à muralha fernandina. Que maravilha, por momentos contemplámos “a nossa bela capital” banhada por uma luz que provinha do céu azul brilhante e já primaveril. 
Na descida a nossa guia parou frente aos azulejos e fez-nos reviver os momentos ali representados: a reunião dos conjurados e aclamação de D. João IV, em Lisboa, mas numa vivência setecentista. 

Ainda visitámos diversas salas, onde nos foram explicadas as narrativas dos azulejos envolventes. 

Por fim tivemos uma surpresa. Num dos espaços visitámos a exposição de CARYBÊ – Aquarelas de Descobrimento – são 52 obras inspirada na Carta de Pêro Vaz de Caminhas a D. Manuel I -1º registo histórico do Brasil.
(Maria Rita Sarreira)

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