25/05/2014

A visita à Assembleia da República.



No passado dia 21 de Abril, foi efectuada a Visita à Assembleia da Republica, no âmbito da disciplina da História de Portugal.
Todos sabemos onde é a Assembleia da República, para que serve, quem a usa e o que lá se decide. Todos sabemos isto.
O que nem todos sabem são os factos históricos a ela associados e que foram criteriosamente  explanados no folheto que nos serviu de apoio, durante a visita que fizemos, elaborado pela prof.  de História de Portugal, Dra. Rita Sarreira.
E diz o referido folheto:
“MOSTEIRO DE SÃO BENTO
Em 1572 foi criado o Mosteiro Beneditino de Nossa Senhora da Estrela, em 1581 foi decidido construir novo mosteiro e para isso foram adquiridas duas Quintas a Antão Martins e aos herdeiros de Luis Atler de Andrade.
A construção de novo mosteiro em estilo maneirista e barroco iniciou-se em 1598, com autorização do Cardeal  D.Henrique, de acordo com o projecto de Baltazar Alvares.
Foi submetido a alterações devido a incêndios e ao terramoto de 1755.
Teve a partir de então ocupação diversa: Torre do Tombo, Prisão, Sede Patriarcal, Academia Militar, etc.
A decadência acentuou-se com as Invasões Francesas e Lutas Liberais; em 1802 tornou-se sede das Cortes Gerais da Nação; em 1834 com o fim das Obras a Ordem é extinta e tornou-se pertença do Estado; 1834 por decreto de D.Pedro IV e aí se instala o Parlamento; em 1895 foi reedificado por Ventura Terra em estilo neoclássico.
Teve várias denominações: Palácio das Cortes (1834-1911); Palácio do Congresso (1911-1933); Palácio da Assembleia Nacional (1933-1974). Em meados do séc. XX passou a utilizar a designação de Palácio de S.Bento, em memória do antigo convento.
Na fachada apresenta; rés do chão e 3 andares, dinamizados por frontões alternadamente triangulares e semicirculares no andar nobre, janelas quadradas simples no 2º. Andar, janelas rectangulares verticais no 1º. Andar e janelas horizontais no rés-do-chão.
Em 1941 é feita a escadaria com quatro estátuas sobre pedestal (Jurisprudência, Força, Justiça e Prudência).
O tímpano foi decorado Adolfo Simões Junior. Ao centro está a PÁTRIA entronizada, identificada com a expressão OMNIA PRO PATRIA (todos pela Pátria), ladeada de 18 figuras representando entre outras a Industria e o Comércio.
Apresenta uma arcada em volta perfeita com dupla inscrição da Palavra LEX – alusão à função da Assembleia, obedecendo à lógica do Estado Novo.
É composta por algumas das seguintes zonas:
ATRIO – Teria sido o local da primitiva Igreja
GALERIA – Destaque para 2 tripticos (quadros pintados em três panos) das Cortes de Leiria e Corporação do século XV.
SALA DOS PASSOS PERDIDOS – Dá acesso à sala de sessões
SALAS DAS SESSÕES DA CÂMARA DE DEPUTADOS (1903) – Onde se efectuam as sessões actuais
SALA DO SENADO (1897) – antiga câmara alta serve hoje para reuniões de grupos parlamentares, conferencias, comissões, etc
SALÃO NOBRE – Decorado com sete frescos sobre os Descobrimentos.
BIBLIOTECA – Especializada no apoio aos funcionários e deputados.
JARDIM – Comunica com o Palácio de S.Bento, hoje residência do primeiro-ministro.

De realçar que em 1937 o palácio foi expropriado pelo Estado e o Dr. Oliveira Salazar, depois de fazer obras, ocupou a casa em Maio de 1938 e inaugurou-a em Abril de 1939, tendo sido feita uma escada de ligação à Assembleia da República…”

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