21/06/2024

De Chaves a Abrantes, pela Estrada Nacional 2

No passado, entre os dias 17 e 20 de junho, um grupo de “bravos” alunos(as) da AUTITV desafiaram-se a realizar a árdua viagem da Nacional 2 entre Chaves e Abrantes (ficou o desafio e a vontade para o sul numa próxima oportunidade). Sob sugestão da Universidade, a Inalva elaborou um programa, que, apesar de cansativo era desafiante e bastante apelativo.

Depois de uma paragem para retemperar forças da viagem, desde Torres Vedras, nada melhor que o restaurante “A Quelha” com a sua saborosíssima vitela e mais iguarias que nos ofereceram. Após uma breve visita pela ponte, ruelas e igreja de S. Gonçalo partimos em direção a Chaves.


À chegada a Chaves os mais ansiosos não tardaram a entrar na pastelaria para provar o tradicional “Pastel de Chaves”, tão fofinho e quentinho (oferta da Inalva).



Ainda tivemos tempo para fazer algumas visitas monumentais como o castelo, com a sua imponente torre de menagem, o belo jardim florido que a circunda e algumas ruas históricas com o seu casario bem conservado.

Aqui, ao Km 0 (se o conseguirem descobrir) iniciámos, a pé, um percurso muito regado, pois o S. Pedro brindou-nos com uma “carga de água” que tivemos que nos abrigar por uns longos minutos (convém dizer que o S. Pedro esteve connosco durante toda a viagem).

Havia, no entanto um longo caminho a percorrer e, como o tempo chuvoso assim o convidava, rapidamente nos pusemos a caminho (de autocarro) até às belas termas de Pedras Salgadas, onde visitamos o magnifico jardim e provamos as suas águas naturalmente gaseificadas.

Mas como o caminho se faz andando e a fome apertava, lá continuámos a nossa jornada em busca do almoço, não sem antes pararmos em Vila Real para fazer uma visita panorâmica e algumas fotos (como esta, que só se descobria a identidade do personagem através da máquina fotográfica ou do telemóvel).


O restaurante “Varanda da Régua” esperava-nos, após uma sucessão de curvas intermináveis, não apenas para nos presentear com um magnífico almoço, mas também com a sua fantástica vista sobre o vale da Régua e o Douro.



Bem retemperados, descemos à cidade da Régua e aqui visitámos, com uma profusa
explicação, o “Museu do Douro”, fundado por um conjunto de benfeitores (produtores de vinho do Porto), que nos permitiu conhecer melhor a história, por vezes atribulada, do vinho do Porto, dos seus produtores, do transporte para o litoral e das grandes transformações que esta região teve ao longo dos tempos.

Ainda passámos por Lamego para fazer algumas fotos, no entanto, havia que atravessar as serras da Meada e de Montemuro para chegarmos a Viseu, onde nos aguardava um reconfortante jantar no hotel Grão Vasco. Em Viseu não podíamos deixar de visitar a magnífica Sé e o seu bem conservado Museu do Tesouro.
Impunha-se a fotografia do grupo, em frente à Igreja da Misericórdia, para mais tarde recordar.


Retomando a “N2” espreitámos uma olaria em Molelos, que se dedica ao tradicional fabrico de peças em barro preto. Bendita paragem (para os proprietários da olaria) pois muitos “alargaram os cordões às bolsas” e adquiriram magnificas peças decorativas e outros para futuros assados.

Retomando a estrada, porque a hora do almoço se aproximava, continuámos até Pena Cova, onde o restaurante a “Côta d’Azenha”, ao Km 238 nos esperava. No final ainda podemos admirar o magnífico panorama, a partir do Miradouro de Pena Cova.
Continuámos a viagem e fomos admirando a bela paisagem das serras do Açor e da Lousã, até chegarmos a Góis, com as suas magníficas parias fluviais, seguindo em direção a Pedrogão Pequeno, onde ficámos alojados no muito simpático “Hotel da Montanha”.



De Pedrogão Pequeno seguimos para Pedrogão Grande, aí, como em tantas outras localidades parámos para carimbar o “passaporte”. Aqui, o local escolhido foi no quartel dos bombeiros (a quem ajudámos com a compra de alguns hímens).




De Pedrogão seguimos para Vila de Rei. Aqui visitámos, com uma simpática apresentação o pequeno museu e o Centro Geodésico de Portugal, que marca o Km 366 da N2. Também aqui, para os mais adeptos, foi possível degustarem o famoso “bolo de chocolate mais feio de Vila de Rei”.

Com Vila de Rei para trás, seguimos para o Sardoal, onde almoçámos no restaurante “Dom Vinho”. A viagem não ficaria completa sem, depois de termos chegado a Abrantes não fossemos provar e comprar a famosa “Palha de Abrantes” e colocar o respetivo e último carimbo no passaporte. Feitas as compras e após uma visita sobre a parte antiga e central da cidade, regressámos a Torres Vedras, talvez cansados, mas satisfeitos pelo cumprimento da proposta inicial: Nacional 2/Norte, até Abrantes.


Texto e foto: Zacarias Dias

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