Pelas 08.15 horas do dia 18 de Outubro de 2024, um grupo de 40 associados (alunos e professores) desta Universidade - AUTITV, em autocarro, saíram de Torres Vedras em direção a Ílhavo, para aí visitarem a “Fábrica de Porcelana da Vista Alegre”.*
*Localizada no centro de Portugal continental, em Ílhavo - Aveiro, a "Fábrica de Porcelana da Vista Alegre" é uma renomada fábrica portuguesa de porcelana, com uma história rica e, atualmente, comemora o seu 200º aniversário. Foi a primeira unidade industrial dedicada à produção de porcelana em Portugal, fundada em 1824 por José Ferreira Pinto Basto (figura de destaque na sociedade portuguesa do século XIX), tendo-se tornado "o primeiro exemplo de livre iniciativa em Portugal. José Ferreira Pinto Basto, entre 1812 e 1816, adquiriu a (i) "Quinta da Ermida" (perto de Ílhavo e à beira da Ria de Aveiro) e (ii) a "Capela da Vista Alegre" e terrenos envolventes, tendo aí instalado a "Fábrica da Vista Alegre", que se destinava à fabricação de louça, porcelana, vidraria e processos químicos (petição feita ao Rei D. João II, em 1824). Cinco anos após a sua fundação, como reconhecimento pela sua arte e sucesso industrial, recebeu o título de "Real Fábrica", o que intensificou o seu trabalho de aperfeiçoamento com as porcelanas e, também, passou a fazer peças para a Monarquia. A partir de 1924, houve um grande crescimento e renovação na área industrial com uma forte revitalização a nível criativo. Acompanhando as mudanças sociais e estéticas do início do século, foram introduzidos estilos modernistas como a "Art Deco" ou o "Funcionalismo". A "Fábrica..." tornou-se mais eficaz na sua capacidade de resposta face ao aumento do consumo e globalização dos mercados. A manutenção de uma área de manufactura altamente especializada permitiu à "Fábrica..." ocupar um lugar de primazia entre as grandes manufacturas europeias. Foi instaurada a tradição de peças únicas (como o serviço produzido para a Rainha Isabel II de Inglaterra) e as séries limitadas e numeradas, chamada de "séries especiais e peças comemorativas" (1983). Em Maio de 2001 dá-se a fusão do "Grupo Vista Alegre" com o "Grupo Atlantis".
A visita à “Fábrica da Vista Alegre” foi guiada por um elemento (Naty) da direção da universidade Sénior da Gafanha da Nazaré, que nos levou a conhecer a fábrica e o seu percurso histórico
. Iniciamos com a visita à Capela da Vista Alegre - "Capela de Nossa Senhora de Penha de França". Esta, foi construída no século XVII a pedido do Bispo D. Manuel de Moura Manuel, cujo túmulo barroco (da autoria do escultor francês Claude Laprade) se encontra dentro da capela. No nicho da fachada da capela encontra-se uma escultura da padroeira da "Vista Alegre"- Nossa Senhora da Penha de França-. No interior da capela, destacam-se os tetos pintados (um intenso conjunto de frescos com iconografia* mariana), os azulejos figurativos, a azul e branco, dos finais do século XVII, o retábulo em mármore e talha dourada, bem como o imponente túmulo episcopal (renascentista) de D. Manuel Moura Manuel.
. Iniciamos com a visita à Capela da Vista Alegre - "Capela de Nossa Senhora de Penha de França". Esta, foi construída no século XVII a pedido do Bispo D. Manuel de Moura Manuel, cujo túmulo barroco (da autoria do escultor francês Claude Laprade) se encontra dentro da capela. No nicho da fachada da capela encontra-se uma escultura da padroeira da "Vista Alegre"- Nossa Senhora da Penha de França-. No interior da capela, destacam-se os tetos pintados (um intenso conjunto de frescos com iconografia* mariana), os azulejos figurativos, a azul e branco, dos finais do século XVII, o retábulo em mármore e talha dourada, bem como o imponente túmulo episcopal (renascentista) de D. Manuel Moura Manuel.
Em seguida, a visita centrou-se na parte museológica da fábrica.
O Museu, inaugurado em 1944, expõe ao público as peças representativas do longo e rico caminho percorrido, dando a conhecer a história da fábrica, a evolução estética da produção da porcelana e a sua importância na sociedade portuguesa - nos séculos XIX e XX - através do seu espólio que conta com mais de 30 000 peças.
No grande átrio do museu, deparámo-nos com um dos enormes e antigos fornos de cozedura de porcelana, onde entrámos e podemos observar toda a sua grandiosidade e a forma como as peças de porcelana eram colocadas para serem cozidas. Em frente a este forno, podemos admirar a primeira peça comemorativa -um magnífico prato - do 200º aniversário da fábrica (1824-2024). Seguimos pelas várias salas do museu observando peças que retratam todo o percurso desta unidade industrial desde os seus primórdios - da fabricação de peças em vidro ( com relevo e ornatos lapidados e gravados) e louças de pó de pedra, à descoberta da fórmula para a fabricação de peças de “porcelana perfeita”(1830) - até aos dias de hoje. Expostas estão, também, várias peças de colaboradores artistas (nacionais e estrangeiros) desta fábrica, tais como: Raul Lino, Júlio Pomar, Armanda Passos, Joana Vasconcelos, Claudia Schiffer, Manuel Cargaleiro, Álvaro Siza Vieira, entre outros Não faltou, também, a visita à sala da pintura (onde vários profissionais, altamente especializados, executavam a sua arte com mestria) e às três lojas de venda ao público.
Após o almoço no “Restaurante Abílio Marques”, na localidade de Aradas - Aveiro, fomos visitar (a convite da Naty- membro da direção da USG), a Universidade Sénior de Gafanha da Nazaré, localizada numa antiga “Colónia Agrícola” do tempo do Estado Novo. Neste espaço, fomos recebidos pela Tuna da USG, que nos agraciou com duas canções do seu reportório. A visita continuou com uma breve passagem pelo centro de Aveiro -a Veneza portuguesa-, (onde apreciámos a Ria com os seus moliceiros transportando turistas), e com uma paragem breve na Costa Nova, para fotografar os icónicos palheiros e comprar os tradicionais doces “ovos moles de Aveiro”.
O regresso a Torres Vedras deu-se pelas 17.30 horas, com chegada às 20.00 horas.
Os responsáveis por esta visita, professores da AUTITV:
António Lourenço - professor de Fotografia
Conceição Anes - professora de Cerâmica
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