22/03/2012

DIA MUNDIAL DA ÁGUA....


Sobre o Dia Mundial da Água, que se comemora, hoje, dia 22 de Março, o colega Joaquim Cosme fez-nos chegar este interessante texto sobre a Declaração Universal dos Direitos da ÁGua, bem como o poema de António Gedeão, intitulado "Lição sobre a Água", que a seguir se transcrevem:
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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA
Todos os leitores deste blog sabem da existência da Declaração Universal dos Direitos Humanos adoptada pelas Nações Unidas em 1948. E também sabem da existência da Declaração Universal dos Direitos da Criança ou da Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
O que talvez alguns leitores não saibam ou não se lembrem é que também há a Declaração Universal dos Direitos da Água aprovada e publicada pela Organização das Nações Unidas a 22 de Março de 1992. Foi há 20 anos e a partir daí o dia 22 de Março foi instituído como o Dia Mundial da Água.
Este documento é composto por 10 artigos mas por uma questão de espaço vamos transcrever aqui apenas os 3 primeiros que dizem:
1.- A água faz parte do património do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.
2.- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
3.- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimónia.
Sem água não poderíamos viver. Vamos todos colaborar para tornar o nosso planeta mais saudável. É o nosso dever, é a nossa obrigação.
A água tem sido tema para muitos dos nossos poetas. “Lição sobre a água” foi o título que António Gedeão deu a este seu poema:

Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.



É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.



Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.



(Joaquim Cosme)

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