05/05/2023

Tertúlia_O Chá das 5

No passado dia 4 de Maio, decorreu nesta Universidade, uma tertúlia intitulada “ O chá das cinco “, apresentada pela professora de História, Drª Rita Sarreira, que nos falou do chá na sua vertente histórica, da sua utilização e evolução ao longo dos séculos e da ligação que a rainha Catarina tinha a este ritual, sendo portuguesa , inspirou o seu consumo e a sua popularidade na Inglaterra.


Falou-nos também do cultivo do chá, nas várias regiões do mundo e principalmente da planta que o produz, a Camellia Sinensis.

Neste chá, apenas as folhas são colhidas, e, consoante o seu estado de maturação e processamento, assim se obtêm as suas variações, o chá verde, branco e preto.

Na nossa ilha se São Miguel, encontramos uma bonita plantação de chá de Camellia Sinesis, que mais parece um jardim, a qual nos oferece os vários tipos de chá, 100% orgânico, com vários aromas, de acordo com a sua transformação, na fábrica Gorreana, a mais antiga da Europa, ainda em funcionamento, vocacionada especialmente para a exportação deste chá com caraterísticas únicas.

Para falar sobre a vertente social do chá e das inúmeras plantas existentes e apropriadas para este fim, a Drª Rita Sarreira convidou a Drª Palmira Lopes, que nos transmitiu algumas regras base de como servir um chá, pois que este deve ser servido com elegância e requinte, quer na decoração da mesa, na escolha da loiça, na primazia de servir os convidados, consoante se trate dum chá com todos os convidados sentados á mesa ou um chá volante, mais informal.

Existe uma grande diversidade de plantas com as quais podemos fazer um chá, ou uma infusão, pois que todo o chá é uma infusão. Contudo, existem algumas diferenças na preparação, caso se trate de plantas verdes e tenras, para que os aromas se mantenham, a água não deve estar a mais de 75º a 80º e deixar repousar cerca de 10 minutos antes de servir.

No chá da Camellia Sinensis, apenas se utilizam as folhas já processadas pelo fabrico, a água não deve estar a mais de 90º e deve repousar cerca de cinco minutos.

Nesta apresentação, não faltou um cestinho de verga com plantas de infusão silvestres, o tomilho e a erva azeitoneira, super aromáticas que perfumaram a sala.


Para experienciarmos ao vivo, finalizamos com a demonstração e degustação do chá preto da Gorreana, onde também não faltaram uns biscoitinhos e compotas caseiras, confecionadas e oferecidas por uma participante neste evento, foi muito agradável a tertúlia, quer na exposição histórica do chá quer na demonstração e degustação do mesmo.

Maria da Conceição Cipriano

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